“SEGURANÇA”
(“SECURITY”),
2021, Itália, 1h58m, produção original Netflix, direção do cineasta inglês
Peter Chelsom, que também assina o roteiro com a colaboração de Tinker Lindsay.
Trata-se de uma adaptação do livro de 2009 do escritor norte-americano Stephen Amidon.
No livro, a história é ambientada numa pequena cidade de Massachusetss (EUA).
Na adaptação para o cinema italiano, a trama tem como cenário a cidade de
Forte Dei Marmi, um pequeno balneário no litoral. A história começa quando uma
jovem é encontrada à noite toda machucada e com marcas de violência física e
abuso sexual. Ela também parecia estar bêbada ou drogada. Embora a moça negue, o seu próprio pai é o
principal suspeito. Quem descobrirá toda a verdade será o proprietário de uma
empresa de vigilância, utilizando as imagens de dezenas de câmeras instaladas
nas casas e nas ruas da pequena cidade. Embora o pano de fundo seja a
violência contra a jovem, há vários subtramas para sustentar e reforçar a
história. Roberto Santini (Marco D’Amore), o dono da firma de segurança, é
casado com Claudia (Maya Sansa), candidata a prefeita do balneário. Eles são pais
de uma adolescente (Ludovica Martino) que transa com seu professor Stefano.
Santini é amante de Elena (Valeria Bilelo), cujo filho é um adolescente
problemático. Uma figura importante na história é o poderoso empresário Curzio
Pilati (Fabrizio Bentivoglio), principal financiador da campanha de Claudia.
Como dá pra perceber, tudo junto e misturado constrói um enredo bem novelesco e
até certo ponto complexo, mas não tão complicado a ponto de prejudicar o
entendimento do espectador. O que fica evidente é o poder da vigilância por
câmeras, tanto nas ruas como no interior das casas. Pois é um desses
equipamentos que ajudará a desvendar os verdadeiros responsáveis pelas
agressões à moça. Trocando em miúdos, “Segurança” é um filme bastante interessante
e merece ser conferido.