“MÃE”
(“MOTHER”),
2017, Estados Unidos, 2h02m, roteiro e direção de Darren Aronofsky (“Cisne Negro”),
disponível na plataforma Netflix. É um misto de suspense e terror psicológico,
com direito a alguns sustos. Um poeta (o ator espanhol Javier Bardem) e sua
mulher Veronica (Jennifer Lawrence) resolvem mudar para um casarão isolado na
zona rural. Em crise criativa, ele precisa de paz para escrever, enquanto ela
se dedica a fazer reformas na casa. Tudo vai bem até a chegada de um sujeito
misterioso (Ed Harris), que se diz médico e fã da obra do poeta, e sua esposa
esquisita (Michelle Pfeiffer). Para desespero de Verônica, o estranho casal é
convidado pelo poeta a ocupar um dos aposentos da casa, o que será motivo de
uma grande dor de cabeça para os anfitriões. O pior estava por vir. Os dois
filhos do casal visitante aparecem de repente e arrumam uma grande confusão por
causa do testamento do pai. O conflito terminará com uma tragédia: a morte de
um dos filhos do casal visitante. Para desespero ainda maior de Veronica, começa
a chegar um monte de gente estranha para o velório na sua casa. Enquanto isso,
o poeta faz de conta que nada está acontecendo, ou seja, assume o comportamento de um
verdadeiro idiota. As homenagens ao defunto terminam e todo mundo vai embora.
Finalmente teremos paz, imagina Veronica. Ledo engano. Depois que um poema de
seu marido é divulgado, dezenas de pessoas invadem a casa como uma horda de
vândalos, destruindo tudo à frente, não respeitando nem mesmo a gravidez de Veronica,
que até o desfecho viverá um verdadeiro inferno. Também estão no elenco os
irmãos Domhnall e Brian Gleeson, Jovan Adepo, Kristen Wiig, Emily Hampshire e
Steven McHattie. O filme é sufocante e perturbador, com certeza fruto de um
delírio momentâneo do roteirista e diretor Aronofsky, quem sabe motivado por
alguma substância alucinógena. E não convence muito menos a explicação de que a
história utiliza simbolismos que se referem a fatos e personagens da Bíblia.
Por exemplo, os anfitriões são Deus e a Mãe Natureza e o casal visitante Adão e
Eva, e seus filhos Abel e Caim. E por aí vai essa história mirabolante e totalmente
inverossímil. Citando a Bíblia, o “Mãe” é um verdadeiro pecado cinematográfico.
VADE RETRO!
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