sexta-feira, 9 de outubro de 2015

As belas paisagens do Alasca servem de cenário para o drama “WILDLIKE” (ainda sem tradução por aqui), EUA, 2014, roteiro e direção de Frank Hall Green. Quem pensa que o estado americano é só gelo vai se surpreender com a quantidade de verde, muita floresta e vegetação. A história: a jovem Mackenzie (Ella Purnell), de 14 anos, fica órfã de pai e sua mãe, com a desculpa de fazer um tratamento de saúde, a envia para morar um tempo com o tio (Brian Geraghty), irmão do falecido, lá nos confins do Alasca. Sem respeitar o parentesco nem a idade da sobrinha, o tio acaba partindo para o ataque sexual. Cansada e de certa forma enojada, Mackenzie foge e se embrenha sozinha pelo interior do Alasca. Ela quer voltar com urgência para Seattle, onde mora com a mãe. Só que no meio do caminho ela conhece Rene Bart (Bruce Grenwood), um homem de meia idade que está em busca de sossego e de um tempo para se recuperar da recente viuvez. Mackenzie e Bart começam então uma viagem pelo interior do Alasca, num road movie que vai agradar o espectador que curte a Natureza e belas paisagens. A jovem atriz inglesa Ella Purnell é uma espécie de Angelina Jolie teen, ou seja, uma “Lolita” de primeira, embora na vida real tenha 19 anos. Pode ser que eu me engane, mas acho que está nascendo uma nova estrela. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A comédia francesa “O QUE AS MULHERES QUEREM” (“SOUS LES JUPES DES FILLES”), 2014, tem um time de atrizes de tirar o chapéu – ou as calças, já que sexo é o tema predominante. Só para citar algumas: Laetitia Casta, Alice Taglione, Isabelle Adjani, Marina Hands, Alice Blaïdi, Audrey Fleurot e Audrey Dana, esta última estreando também como diretora. Em termos de beleza, destoa do grupo a atriz Vanessa Paradis, que, com seus dentes da frente separados, parece irmã do Alfred E. Neuman, personagem símbolo da revista Mad. Isabelle Adjani, que já foi considerada uma diva do cinema francês, está gorducha, mas não perdeu o charme. De qualquer forma, são todas ótimas atrizes e estão bem à vontade fazendo comédia. A história reúne 11 personagens mulheres, cada qual com seus problemas sentimentais. Uma delas é casada e tem quatro filhos, o que não a impede de ter um caso fora do casamento. Pior, com uma mulher. Outra descobre que o marido a trai e resolve se vingar dos dois. Tem aquela que não consegue atingir o orgasmo e ainda outra que tem sérios tiques nervosos, que só desaparecem quando o assunto é sexo. E assim transcorre o filme, com muitas situações engraçadas, diálogos espertos e algumas cenas bastante hilariantes. Na França, a comédia foi um sucesso de público, levando 1,4 milhão de espectadores aos cinemas. Sem dúvida, um programa bastante agradável.         

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O que os soldados norte-americanos fizeram com os prisioneiros de Abu Ghraib, no Iraque, é conto infantil comparado ao que é mostrado no drama inglês “OPERAÇÃO IRAQUE LIVRE” (“The Mark of Cain”), 2007, dirigido por Marc Munden. No primeiro caso, os fatos foram reais e revelados para o mundo inteiro. No caso dos ingleses do filme, não há referência de que os fatos tenham sido baseados na realidade. Mas mesmo assim chocam bastante. Em patrulha numa cidade do Iraque, um pelotão do exército inglês é alvo de uma emboscada, que resulta na morte do capitão Godber. Os ingleses prendem vários suspeitos e os levam presos. Como forma de se vingar do que aconteceu ao seu comandante, os soldados ingleses promovem inúmeras sessões de torturas brutais e constrangedoras. Tudo filmado e fotografado por celulares. Pano rápido e os soldados voltam para a Inglaterra. Um deles, porém, mostra as fotos para a namorada. Erro fatal. O material acaba nos jornais e abre caminho para o maior escândalo. Apenas dois soldados, Mark (Gerard Kedarnes) e Shane Gulliver (Matthew McNulty), são acusados de crimes de guerra, sofrendo uma grande pressão para não entregar os companheiros. Um filme sério, levado o tempo todo num crescente clima de tensão e de muito impacto. Vale a pena!
O elenco feminino é ótimo (Elizabeth Banks, Diane Lane, Dakota Fanning e Danielle MacDonald, esta última uma jovem e surpreendente atriz australiana). O filme, nem tanto. “EVERY SECRET THING” (ainda sem tradução por aqui), 2014, EUA, é um drama policial bem pesado, inspirado no livro “Cada Segredo”, de Laura Lippman. A história: a detetive Nancy Porter (Banks) está às voltas com um mistério: o desaparecimento de uma menina – morta ou sequestrada? No decorrer das investigações, as principais suspeitas recaem sobre Ronnie (Dakota) e Alice (Danielle), recém-saídas de um centro de detenção juvenil, onde cumpriram pena de 7 anos pelo assassinato de uma criança. A policial Porter passa a exercer marcação cerrada sobre a dupla, além de pressionar Helen Manning (Diane), mãe de Alice. É claro que a revelação surgirá somente no final do filme. Trata-se da estreia em longas da diretora Amy Berg, mais conhecida pela realização de documentários. O clima de suspense até que consegue prender a atenção, mas o filme, como um todo, está longe de uma indicação entusiasmada.

domingo, 4 de outubro de 2015

“MISSÃO IMPOSSÍVEL: NAÇÃO SECRETA” (“Mission Impossible: Rogue Nation”), 2015. Para o espectador, missão impossível mesmo é não se divertir com tantas cenas de ação “impossíveis”, mentirosas e deliciosas como aquelas que tanto nos divertiram nos melhores filmes do James Bond – aliás, neste há até uma menção àquela famosa saída do mar de Ursulla Andress em “Satânico Dr. No”, só que numa piscina e com a atriz Rebecca Ferguson.  Dizem até que Tom Cruise não quis dublê nas cenas perigosas, incluindo aquela em que o agente Ethan Hunt (Cruise) aparece agarrado, pelo lado de fora, num avião em plena decolagem. A cena é, sem dúvida, espetacular, mas duvido que o próprio Cruise estivesse ali pendurado. Acho que é mais uma jogada de marketing para divulgar o filme. Este é o quinto filme da série “Missão Impossível”, iniciada em 1996, com a participação de Cruise em todos. O filme é dirigido pelo especialista em filmes de ação Christopher McQuarrie (do ótimo “Jack Reacher – O Último Tiro”, também com Cruise). “Em “Nação Secreta”, o agente especial Ethan Hunt é encarregado de desvendar quem está por trás de uma organização secreta chamada “O Sindicato”. Só que a agência (IMF) à qual pertence o agente Hunt é desativada pela CIA. Dessa forma, Hunt passa a trabalhar clandestinamente e acaba sendo perseguido pela própria CIA. A maioria dos críticos profissionais elegeu o filme como o melhor dos cinco. Tenho minhas dúvidas, mas, de qualquer forma, o filme é muito bom, garantia de um ótimo entretenimento. E tem Cruise em plena forma.