“O MASSACRE DE VOLÍNIA” (“WOLYN”), Polônia, 2016, roteiro e direção de Wojtka Smarzowskiego.
Drama histórico que relembra um dos maiores massacres ocorridos na Polônia
durante a Segunda Grande Guerra. Como se sabe, a Polônia foi invadida pelos alemães
em setembro de 1939, dando início àquele que é considerado o maior conflito
mundial do Século XX. Enquanto as tropas nazistas entravam pelo oeste, para
onde foi mobilizado praticamente todo o exército polonês, alguns dias depois os
russos invadiam o país pelo leste sem encontrar praticamente nenhuma
resistência. A região de Voivodia, especialmente o vilarejo de Volínia, povoada
por poloneses, ucranianos e judeus, foi a primeira a enfrentar o terror infligido
pelos russos e depois pelos alemães. Além de russos e alemães, os habitantes de
Volínia ainda sofreram uma limpeza étnica por parte dos ucranianos – chamados de
“bandeiristas” - que mataram milhares de poloneses. O filme, em duas horas e
meia, mostra de forma bastante realista o sofrimento dos habitantes de Volínia,
incluindo cenas que certamente não farão nada bem ao estômago do espectador
mais sensível. Paralelamente a toda essa tragédia, o diretor Wojtka conta a
história de amor entre dois jovens habitantes de Volínia, a bela polonesa Zosia
Glowacka (Michalina Labacz) e o ucraniano Petro (Wasyl Wasylik). Zosia é
obrigada pelo pai a casar com um comerciante rico, em troca de alguns acres de terra,
algumas galinhas e um cavalo. De qualquer forma, o cenário trágico da guerra e
do massacre de Volínia é que prevalece neste excelente drama polonês. Vale a
pena conhecer – pelo lado histórico - mais esse fato triste e lamentável
ocorrido durante a Segunda Guerra. Sofrimento e maldade na sua mais pura
essência. Apesar de tudo, imperdível!