sábado, 13 de maio de 2023

 

“A MÃE” (“THE MOTHER”), 2023, Estados Unidos, 1h55m, produção original e distribuição Netflix, direção da neozelandesa Niki Caro (“O Zoológico de Varsóvia”, “Encantadora de Baleias”), seguindo roteiro assinado por Misha Green, Andrea Berloff e Peter Craig. Não sei se foi essa a intenção, mas o filme foi lançado em 12 de maio, antevéspera do Dia das Mães. Intencional ou não, ficou com cara de homenagem, o que por si só é um fato bastante positivo. Trata-se de um filme de ação, com a diva Jennifer Lopez interpretando a tal mãe do título (seu personagem não tem nome). Ex-atiradora de elite (sniper) do exército, ela se consagrou em missões no Afeganistão. Ao abandonar o exército, ela se envolveu com dois ex-colegas de farda, Hector Alvarez (Gael Garcia Bernal) e Adrian Lovell (Joseph Fiennes), no contrabando de armas. Ela era uma assassina de aluguel que matava a mando dos dois parceiros, um dos quais a engravidaria. Depois de um tempo, ao descobrir que Alvarez e Adrian também faziam contrabando de pessoas, ela resolve fazer uma delação entregando os parceiros para o FBI e é colocada no programa de proteção a testemunhas, indo morar no Alasca. A história dá um salto de 12 anos, quando ela é informada de que a filha Zoe (Lucy Paez) havia sido sequestrada. Daí para a frente, a mãe enfurecida parte para a briga, sabendo que os responsáveis são seus dois ex-parceiros. As cenas de ação são muito bem feitas e Jennifer Lopez mostra que, aos 54 anos, ainda está em grande forma física. E continua bonita. Trocando em miúdos, “A Mãe” é um ótimo programa para uma sessão da tarde com pipoca.       

sexta-feira, 12 de maio de 2023

 

“QUERIDA ALICE” (“ALICE, DARLING”), 2022, coprodução Canadá/EUA, em cartaz na Amazon Prime Video, 1h28m, direção da cineasta inglesa Mary Nighy (filha do ator Bill Nighy e da atriz Diana Quick), seguindo roteiro assinado por Alanna Francis e Mark Van De Ven. Quando inaugurei meu blog, há cerca de 12 anos, prometi comentar e indicar os melhores filmes e, ao mesmo tempo, alertar sobre filmes medíocres, dispensando os fãs de cinema de assistirem a verdadeiros abacaxis. Desta vez, meu veneno vai para este drama insosso à beira do patético. Três amigas de infância, agora adultas na faixa dos quarenta, mal amadas e mal resolvidas, resolvem passar alguns dias na casa de campo de uma delas, Sophie (Wunmi Mosaku). As outras duas são Alice (Anna Kendrick) e Tess (Kaniehtiio Horn). As conversas, recheadas de papo furado e de diálogos com a profundidade de uma poça d’água, giram em torno da antiga amizade e, principalmente, da situação amorosa de Alice, que se relaciona há tempos com Simon (Charlie Carrick) e que não está nada feliz. Mesmo com a presença da raquítica e feiosa Anna Kendrick, que já teve alguns bons momentos como atriz (em 2010 chegou a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Amor Sem Escalas”, quando contracenou com George Clooney e Vera Farmiga), “Querida Alice” não oferece um atrativo sequer atrativo que faça merecer uma indicação. Pelo contrário, merece a condição de um dos piores lançamentos do ano, chato ao extremo, entediante e irritante. Fuja a galope!!!  

 

quinta-feira, 11 de maio de 2023

 

“22 MILHAS” (“MILE 22”), 2018, Estados Unidos, 1h38m, em cartaz na Amazon Prime, direção de Peter Berg e roteiro assinado por Graham Roland e Lea Carpenter. Embora tenha sido produzido há cerca de 5 anos, somente agora é lançado pela Amazon Prime. Trata-se de um filme de ação que marca mais uma parceria entre o ator Mark Wahlberg e o cineasta Peter Berg, que já haviam trabalhado juntos em “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo”, “O Dia do Atentado” e “O Grande Herói”, este último um excelente filme de ação. Em “22 Milhas”, Wahlberg é James Silva, um oficial da Divisão de Atividades Especiais, uma força-tarefa de elite ultrassecreta que sai pelo mundo afora se envolvendo em crises internacionais depois que a diplomacia não funcionou. Ou seja, soldados fantasmas. O cenário é algum país fictício da Indonésia, onde foi verificado o roubo de uma grande quantidade de césio, que seria destinada a algum grupo terrorista. Li Noor (Iko Uwais), um policial local, se entrega à embaixada norte-americana dizendo saber onde está a carga de césio, mas, em troca, pede exílio nos Estados Unidos. James Silva e sua equipe ficam encarregados de tirar Li Noor do país e levá-lo a um aeroporto localizado a 22 milhas da embaixada, ou seja, a 35 quilômetros. Só que muita gente quer a cabeça de Li Noor, o que garante muita ação até o desfecho. Também estão no elenco a bela Lauren Cohan, o intragável John Malkovich e Ronda Rousex, esta última lutadora profissional de MMA. O roteiro é um tanto complicado, principalmente com relação à participação de uma unidade russa, mas as cenas de ação são espetaculares. O ritmo é alucinante, o que garante um ótimo entretenimento, embora a câmera nervosa e trepidante possa incomodar os espectadores menos histéricos. Resumindo, um filme com ação frenética e com pouco conteúdo. Para os fãs do gênero, um tiro certo. Ah, a cena final dá a ideia de que haveria uma sequência, o que não aconteceu até agora.           

segunda-feira, 8 de maio de 2023

 

“MEU PAI” (“THE FATHER”), 2020, Inglaterra, 1h38m, em cartaz na Netflix, direção do cineasta francês Florian Zeller (sua estreia em longas), que também assina o roteiro juntamente com Christopher Hampton. Esse drama inglês teve o roteiro adaptado da peça teatral “Le Père”, escrita pelo próprio diretor francês e que ganhou o Prêmio Molière em 2014. O filme foi indicado em seis categorias para o Oscar 2021, vencendo duas delas: o de Melhor Ator para Anthony Hopkins e de Melhor Roteiro Adaptado. Premiações à parte, ambas muito justas, “Meu Pai” é todo centrado em Anthony (Hopkins), um engenheiro aposentado que sofre de Alzheimer em estágio avançado. Em quase sua totalidade, o filme destaca o relacionamento de Anthony com a filha Anne (Olivia Colman, indicada para Melhor Atriz Coadjuvante), suas alucinações, perdas de memória e confusão mental. A surpreendente revelação no desfecho explica todas as situações vividas por Anthony durante a história, numa cena bastante sensível e emocionante, durante a qual Hopkins mostra porque é um dos maiores atores da atualidade. Uma atuação primorosa. Além dele e de Olivia Colman, também estão no elenco Imogen Poots, Olivia Williams, Rufus Sewell, Mark Gatiss, Evie Wray, Ayesha Dharker, Roman Zeller, Ray Burnet, Mark Williams e David Hunt. Assistir “Meu Pai” pode significar uma experiência bastante dolorosa, principalmente para quem tem um ente querido na mesma situação. Mas é um filme muito especial, poderoso e ao mesmo tempo sensível. Imperdível!