sábado, 21 de junho de 2025

“O ÚLTIMO RESPIRO” (“LAST BREATH”), 2025, coprodução Estados Unidos/Inglaterra/Irlanda do Norte, 1h33m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Alex Parkinson (“Lucy, O Chimpanzé Humano”, A Vida dos Leopardos”), que também assina o roteiro ao lado de Mitchel LaFortune e David Brooks. O filme conta uma história incrível de sobrevivência ocorrida em setembro de 2012. Uma equipe de mergulhadores profissionais sai do porto da cidade de Aberdeen, na Escócia, a bordo do navio “Bibby Topaz”, para realizar uma manutenção periódica de equipamentos localizados em águas profundas do Mar do Norte. Enquanto dois mergulhadores descem numa “gaiola” para fazer o serviço, a embarcação, devido ao mau tempo e mar agitado, sofre problemas no sistema de posicionamento dinâmico, ficando praticamente à deriva. Nessa hora, o cordão de sustentação de um dos mergulhadores se parte e ele fica praticamente isolado nas profundezas, preso num equipamento a cerca de 100 metros de profundidade e restando apenas 10 minutos de oxigênio. Pouco tempo para que o seu resgate seja possível. Somente 29 minutos depois que o seu oxigênio terminou é que um outro mergulhador consegue puxá-lo de volta à gaiola. Dado inicialmente como morto, o mergulhador consegue literalmente ressuscitar, um verdadeiro milagre que nem a ciência e os especialistas conseguem explicar. “O Último Respiro” conta toda essa história com muita competência, destacando as primorosas imagens submarinas e uma tensão que leva o espectador a eriçar os pelos da nuca. O elenco conta com Finn Cole, Woody Harrelson, Simu Liou, Cliff Curtis, Myanna Buring, Bobby Raisnbury, Djimon Hounsou e Mark Bonnar. A ideia do filme surgiu depois que o próprio diretor Alex Parkinson realizou o documentário “Last Breath”, em 2019, contando a história sob o ponto de vista jornalístico, provando que o mergulhador profissional é uma das profissões mais perigosas do mundo. Trocando em miúdos, “O Último Respiro” é um filmaço! Para encerrar, lembro que após o desfecho aparecem imagens de alguns dos personagens reais que viveram aquela grande aventura.                 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

“MIKAELA”, 2025, Espanha, 1h30m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Daniel Calparsoro (“O Aviso”, “O Engregador”, “Até o Céu”) e roteiro direção de Arturo Ruiz. A tal “Mikaela” do título é o nome que as autoridades espanholas deram à violenta nevasca sem precedentes que atingiu e paralisou as estradas na região entre Madrid e Segóvia no feriado religioso do Dia dos Reis, no dia 6 de janeiro. Ou seja, em pleno inverno. Impedidos de circular, os veículos ficaram parados à noite nas estradas. Numa delas, três assaltantes se aproveitam do caos e roubam um carro-forte, matando seus seguranças e fugindo com o dinheiro. O alarme é acionado e chega ao conhecimento do policial veterano Leo (Antonio Resines), que também está preso no enorme congestionamento. Com a ajuda de uma policial novata (Natalia Azahara), Leo parte para a ação contra os assaltantes, que na fuga ainda sequestram um pai de família. Toda a ação é acompanhada pela central de monitoramento da polícia, que orienta a dupla de policiais na perseguição aos assaltantes debaixo de muita neve. A tensão não para até o desfecho, o que torna “Mikaela” um ótimo entretenimento, dosado com algumas boas cenas de ação e humor. Completam o elenco Roger Casamajor, Adriana Torrebejano, Antón Pavel, Cristina Kovani, Patricia Vico, Rocio Muñoz, Bernabé Fernández e Javier Albalá.             

segunda-feira, 16 de junho de 2025

 

“TEMPO DE GUERRA” (“WARFARE”), 2025, Estados Unidos, 1h35m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Ray Mendoza e Alex Garland (“Guerra Civil”). É um filme para espectadores de estômago forte, ainda mais por ser baseado em fatos reais. O ano é 2006 durante a Guerra do Iraque e o cenário é a cidade de Ramadi,  ocupada por militantes ligados à Al Qaeda. Um pelotão de fuzileiros navais do exército dos Estados Unidos ocupa uma casa estrategicamente localizada para vigiar os movimentos dos guerrilheiros. Só que o tirou saiu pela culatra, pois foram os inimigos que localizaram a casa, colocando-a sob fogo intenso. Uma granada é jogada pela janela e fere gravemente dois soldados. Pelo rádio, os norte-americanos pedem socorro médico e, minutos depois, chega um tanque para resgatar os feridos. Durante o procedimento, uma bomba explode o veículo, matando e ferindo gravemente mais outros soldados. Enfim, uma carnificina, que depois acabou sendo chamada de “a batalha de Ramadi”. O episódio foi vivido pelo co-diretor Ray Mendonza, ex-fuzileiro naval que estava naquele pelotão. Dessa forma, o filme foi realizado de acordo com o relato de Mendonza, mostrando a tensão dos soldados diante da possível invasão da casa pelos terroristas, gerando cenas intensas de violência e suspense. Não tenho dúvida em afirmar que “Tempo de Guerra” é um dos retratos mais viscerais sobre os horrores de uma guerra. Lembrei de um filme bastante semelhante, “Falcão Negro em Perigo”, de 2001, dirigido por Ridley Scott. “Tempo de Guerra” não é melhor, mas é tão bom quanto. É igualmente perturbador, realista e claustrofóbico, com alto nível de tensão. Quanto ao elenco, é formado por atores jovens que dão conta do recado. IMPERDÍVEL!, assim mesmo, em letras maiúsculas.           

domingo, 15 de junho de 2025

 

“UM ÁLIBI” (“AN ALIBI”), 2022, França, 1h30m, em cartaz na Prime  Vídeo, direção de Orso Miret, seguindo roteiro assinado por Emmanuel Mauro e Laurente Roggero. Quem assistir a este suspense vai lembrar na hora do velho ditado popular “Mentira tem Perna Curta”. A história é bem legal, prende atenção até o desfecho, graças a um primoroso roteiro e um ótimo elenco. Quando um grupo de amigos chega à casa da amiga aniversariante Lucie (Sara Martins), o cenário é trágico: ela está morta nos braços do marido Max (Pascal Demolon). Eles chamam a polícia e, percebendo que Max, todo cheio de sangue, poderá ser considerado suspeito, inventam um álibi. Interrogados pela inspetora Garnier (Aurélia Petit), os amigos mantêm o álibi, mas a policial, experiente, não cai na história. Sobra para o marido, que, embora negue ser o culpado, é detido por ser o principal suspeito. O mistério sobre o assassinato só será revelado perto do desfecho, numa reviravolta surpreendente. Completam o elenco Annelise Hesme, Michaël Cohen, Yannick Choirat, Grégori Derangère e Saverio Maligno. Sem dúvida, um filme bastante interessante e agradável de assistir. Um suspense de primeira.