sexta-feira, 7 de dezembro de 2018


“SHIVÁ – UMA SEMANA E UM DIA” (“Shavua ue Yom”), 2016, Israel, 1h38, primeiro longa-metragem escrito e dirigido pelo jovem diretor Asaph Polonsky, de 35 anos, mais conhecido por curta-metragens e produções televisivas. Trata-se de uma comédia, embora o pano de fundo envolva uma família enlutada. Eyal Spivak (Shai Avivi) e sua esposa Vicky (Evgenia Dodina) acabam de sair do período de Shivá, o que na religião judaica significa uma semana de luto, quando os familiares permanecem em casa reverenciando a memória do ente falecido. No caso, o filho de Eyal e Vicky. O filme é todo ambientado no dia seguinte ao Shivá. O casal tenta retomar sua rotina habitual, sair do período de luto. Mas só Vicky consegue. Ela é professora e vai ao colégio reiniciar suas aulas, só que já colocaram uma substituta em seu lugar. Ao voltar para casa, surpreende Eyal fumando maconha com o jovem Zooler (Tomer Kapon), seu vizinho e amigo de infância do filho falecido. O diretor Asaph consegue tratar da temática do luto com extrema leveza e bom humor. Algumas cenas são realmente hilariantes, como aquela em que Eyal tenta enrolar um baseado ou outra quando Zooler “toca” uma guitarra imaginária ao som de um rock pesado. “Shivá” foi exibido pela primeira vez no Festival de Cannes 2016, conquistando o Prêmio Gan Fundation de Distribuição na 55ª Semaine de La Critique. Também foi sucesso em outros festivais, conquistando 8 prêmios e mais 14 indicações internacionais. Realmente, um filme bastante interessante por sair da mesmice habitual. Por isso, merece ser conferido por quem gosta de curtir novidades.    

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018


“A ESPOSA” (“THE WIFE”), 2017, Suécia/EUA, direção de Björn Runge e roteiro de Jane Anderson, responsável pela adaptação do romance “The Wife”, da escritora norte-americana Meg Wolitzer. A trama é sobre uma mulher que sempre viveu à sombra da fama do marido escritor e que um dia se cansa do seu papel secundário. A história é centralizada no casal Joseph Castleman (Jonathan Price) e Joan (Glenn Close). Eles estão casados há mais de 40 anos, ele um escritor famoso e ela uma esposa e mãe exemplar. Eles têm um filho, David (Max Irons), que pretende ser escritor, mas vive em conflito pessoal por não mostrar muito talento. Joseph é escolhido para receber o Prêmio Nobel de Literatura e os três vão a Estocolmo participar da solenidade de premiação. Pouco antes do evento, uma revelação surpreendente e inesperada ligada ao passado irá causar desavenças entre o casal. O elenco conta ainda com Elizabeth McGovern (uma das minhas antigas musas da tela, agora, infelizmente, bastante envelhecida), Annie Starke (Joan jovem), Harry Lloyd (Joseph jovem) e Christian Slater como um escritor de biografias sem escrúpulos. O filme é muito bom, com diálogos inteligentes e uma história bastante interessante. Os veteranos Glenn Close e Janathan Price dão um verdadeiro show de interpretação. Gleen, inclusive, é cotada para uma indicação ao Oscar/2019 de Melhor Atriz. Ela está realmente sensacional. Imperdível!   

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018


“EUFORIA” (“EUPHORIA”), 2017, Inglaterra, 1h44, escrito e dirigido por Lisa Langseth. Drama destinado a um final "chororô" cujo pano de fundo é a eutanásia. Duas irmãs se reencontram após vários anos de separação e combinam viajar juntas. Emille (Eva Green) cuida do roteiro, cujo destino é uma casa de campo para hospedar doentes terminais. Começa o filme e a gente logo percebe que Ines (Alicia Vikander) não está muito à vontade com Emille. Ou seja, não se davam muito bem. Ines não sabe o motivo pelo qual Emille escolheu aquele local para passar alguns dias, mas logo fica sabendo. Durante os dias em que ficarão juntas, as irmãs recordarão alguns episódios da infância e o relacionamento com os pais. Sobre os motivos que levaram as duas irmãs a se distanciarem, o filme deixa a resposta no ar. Como é previsível desde o início, o filme caminha para um desfecho de lágrimas. Destaque para a participação da veterana atriz Charlotte Rampling como a gerente do estabelecimento, situado num belo cenário dos Alpes Suíços. “Euforia” foi o primeiro filme falado em inglês da diretora sueca Lisa Langseth, que já havia dirigido a também sueca Alicia Vikander em “Pure” e “Hotel Terapêutico”. O veterano ator inglês Charles Dance também está no elenco.   

domingo, 2 de dezembro de 2018


Suspense, tensão de arrepiar os pelos da nuca e muitos sustos são alguns dos ingredientes que fazem um bom filme de terror. Eles estão em profusão no terror “A FREIRA” (“The Nun”), 2018, EUA, segundo longa-metragem dirigido por Corin Hardy (“A Maldição da Floresta” foi o primeiro), com roteiro de James Wan e Gary Dauberman. A história é ambientada em 1952 num convento isolado na Romênia e, segundo o material de divulgação, inspirada em fatos reais. Claro que os roteiristas acrescentaram muita coisa. Nesse tal convento, uma freira se suicida e a notícia chega ao Vaticano, que convoca o padre Burke (o ator mexicano Demian Buchir) e a Irmã Irene (Taissa Farmiga), prestes a se tornar freira, para investigarem os motivos que levaram a freira a cometer suicídio. Com a ajuda de um rapaz (Jonas Bloquet) habitante de uma aldeia próxima, padre Burke e a Irmã Irene chegam ao convento e logo se darão conta de que a situação é grave, que o mal está instalado por lá e não vai dar trégua. E dá-lhe sustos, um atrás do outro. O filme faz parte da saga “Invocação do Mal”, que teve duas versões, a primeira em 2013 e a mais recente em 2016, ambas dirigidos pelo malasiano James Wan, um dos roteiristas de “A Freira”. Aliás, Taissa Farmiga é a irmã mais nova da também atriz Vera Farmiga, que atuou nos dois “Invocação do Mal”. Para quem gosta do gênero terror – e mesmo quem não gosta – vai adorar “A Freira”. Tensão garantida na frente da telinha.