“SHIVÁ
– UMA SEMANA E UM DIA” (“Shavua ue Yom”), 2016, Israel, 1h38,
primeiro longa-metragem escrito e dirigido pelo jovem diretor Asaph Polonsky,
de 35 anos, mais conhecido por curta-metragens e produções televisivas.
Trata-se de uma comédia, embora o pano de fundo envolva uma família enlutada. Eyal
Spivak (Shai Avivi) e sua esposa Vicky (Evgenia Dodina) acabam de sair do
período de Shivá, o que na religião judaica significa uma semana de luto,
quando os familiares permanecem em casa reverenciando a memória do ente
falecido. No caso, o filho de Eyal e Vicky. O filme é todo ambientado no dia
seguinte ao Shivá. O casal tenta retomar sua rotina habitual, sair do período
de luto. Mas só Vicky consegue. Ela é professora e vai ao colégio reiniciar
suas aulas, só que já colocaram uma substituta em seu lugar. Ao voltar para
casa, surpreende Eyal fumando maconha com o jovem Zooler (Tomer Kapon), seu
vizinho e amigo de infância do filho falecido. O diretor Asaph consegue tratar
da temática do luto com extrema leveza e bom humor. Algumas cenas são realmente
hilariantes, como aquela em que Eyal tenta enrolar um baseado ou outra quando
Zooler “toca” uma guitarra imaginária ao som de um rock pesado. “Shivá” foi
exibido pela primeira vez no Festival de Cannes 2016, conquistando o Prêmio Gan
Fundation de Distribuição na 55ª Semaine de La Critique. Também foi sucesso em
outros festivais, conquistando 8 prêmios e mais 14 indicações internacionais.
Realmente, um filme bastante interessante por sair da mesmice habitual. Por isso,
merece ser conferido por quem gosta de curtir novidades.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
“A
ESPOSA” (“THE WIFE”), 2017, Suécia/EUA, direção de Björn Runge e
roteiro de Jane Anderson, responsável pela adaptação do romance “The Wife”, da
escritora norte-americana Meg Wolitzer. A trama é sobre uma mulher que sempre viveu à sombra da fama do marido escritor e que um dia se cansa do seu papel secundário. A história é centralizada no casal Joseph
Castleman (Jonathan Price) e Joan (Glenn Close). Eles estão casados há mais de
40 anos, ele um escritor famoso e ela uma esposa e mãe exemplar. Eles têm um filho,
David (Max Irons), que pretende ser escritor, mas vive em conflito pessoal por
não mostrar muito talento. Joseph é escolhido para receber o Prêmio Nobel de
Literatura e os três vão a Estocolmo participar da solenidade de premiação.
Pouco antes do evento, uma revelação surpreendente e inesperada ligada ao
passado irá causar desavenças entre o casal. O elenco conta ainda com Elizabeth
McGovern (uma das minhas antigas musas da tela, agora, infelizmente, bastante envelhecida), Annie
Starke (Joan jovem), Harry Lloyd (Joseph jovem) e Christian Slater como um escritor de biografias sem escrúpulos. O filme é
muito bom, com diálogos inteligentes e uma história bastante interessante. Os veteranos Glenn Close e Janathan Price dão um
verdadeiro show de interpretação. Gleen, inclusive, é cotada para uma indicação
ao Oscar/2019 de Melhor Atriz. Ela está realmente sensacional. Imperdível!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
“EUFORIA”
(“EUPHORIA”), 2017, Inglaterra, 1h44, escrito e dirigido por
Lisa Langseth. Drama destinado a um final "chororô" cujo pano de fundo é a
eutanásia. Duas irmãs se reencontram após vários anos de separação e combinam
viajar juntas. Emille (Eva Green) cuida do roteiro, cujo destino é uma casa de
campo para hospedar doentes terminais. Começa o filme e a gente logo percebe
que Ines (Alicia Vikander) não está muito à vontade com Emille. Ou seja, não se
davam muito bem. Ines não sabe o motivo pelo qual Emille escolheu aquele local
para passar alguns dias, mas logo fica sabendo. Durante os dias em que ficarão
juntas, as irmãs recordarão alguns episódios da infância e o relacionamento com
os pais. Sobre os motivos que levaram as duas irmãs a se distanciarem, o filme
deixa a resposta no ar. Como é previsível desde o início, o filme caminha para
um desfecho de lágrimas. Destaque para a participação da veterana atriz
Charlotte Rampling como a gerente do estabelecimento, situado num belo cenário
dos Alpes Suíços. “Euforia” foi o primeiro filme falado em inglês da diretora
sueca Lisa Langseth, que já havia dirigido a também sueca Alicia Vikander em “Pure”
e “Hotel Terapêutico”. O veterano ator inglês Charles Dance também está no
elenco.
domingo, 2 de dezembro de 2018
Suspense, tensão de
arrepiar os pelos da nuca e muitos sustos são alguns dos ingredientes que fazem um bom filme de terror. Eles estão em profusão no terror “A FREIRA” (“The Nun”),
2018, EUA, segundo longa-metragem dirigido por Corin Hardy (“A Maldição da
Floresta” foi o primeiro), com roteiro de James Wan e Gary Dauberman. A história
é ambientada em 1952 num convento isolado na Romênia e, segundo o material de divulgação,
inspirada em fatos reais. Claro que os roteiristas acrescentaram muita coisa.
Nesse tal convento, uma freira se suicida e a notícia chega ao Vaticano, que
convoca o padre Burke (o ator mexicano Demian Buchir) e a Irmã Irene (Taissa
Farmiga), prestes a se tornar freira, para investigarem os motivos que levaram
a freira a cometer suicídio. Com a ajuda de um rapaz (Jonas Bloquet) habitante
de uma aldeia próxima, padre Burke e a Irmã Irene chegam ao convento e logo se
darão conta de que a situação é grave, que o mal está instalado por lá e não vai dar trégua. E
dá-lhe sustos, um atrás do outro. O filme faz parte da saga “Invocação do Mal”,
que teve duas versões, a primeira em 2013 e a mais recente em 2016, ambas
dirigidos pelo malasiano James Wan, um dos roteiristas de “A Freira”. Aliás,
Taissa Farmiga é a irmã mais nova da também atriz Vera Farmiga, que atuou nos
dois “Invocação do Mal”. Para quem gosta do gênero terror – e mesmo quem não
gosta – vai adorar “A Freira”. Tensão garantida na frente da telinha.
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