“UMA PROMESSA” (“Une Promesse”), 2013, é um drama francês dirigido por Patrice Leconte. É falado em
inglês e tem nos principais papéis os ingleses Alan Rickman e Rebbeca Hall,
além do ator escocês Richard Madden. Para reforçar ainda mais o contexto
globalizado, a trama é baseada em romance do grande escritor austríaco Stefan
Zweig. Ambientada na Alemanha de 1912, a história começa com a chegada do jovem
Friedrich Zeitz (Madden) para trabalhar na usina siderúrgica de propriedade do empresário
Karl Hoffmeinster (Rickman). Com seu conhecimento do processo de produção e sua
visão arrojada, Friedrich logo cai nas graças de Karl, que promove o jovem a
seu consultor e secretário particular. Essa aproximação levará Friedrich a
conhecer Lotte (Rebecca Hall), pela qual se apaixona perdidamente. E o
sentimento é recíproco. Só que o empresário transfere Friedrich para o México
para cuidar de um novo negócio. Dessa forma, o jovem e a mulher casada se
separam e prometem renovar o amor dali a dois anos, quando Friedrich deveria
voltar à Alemanha. Esta é a promessa estabelecida no título. Com a eclosão da
Primeira Guerra Mundial, porém, ele não consegue voltar e acaba se estabelecendo
no México. Será que o destino irá uní-los novamente? Tchan, tchan, tchan,
tchan... Para um drama romântico, até
que o filme funciona, mas o desfecho repentino decepciona. Uma coisa não se
pode negar: Rebecca Hall, além de linda, é uma ótima atriz.
sábado, 18 de abril de 2015
“O
ANO MAIS VIOLENTO” (“A Most Violent Year”), 2014, é um drama ambientado em Nova
Iorque em 1981, um dos anos de maior índice de criminalidade da história
daquela cidade norte-americana. Daí o título do filme. Nesse contexto de
extrema violência, o empresário Abel Morales (Oscar Isaac), imigrante
colombiano, tenta alavancar os negócios de sua empresa ligada à atividade de distribuição
de combustíveis. Para isso, está negociando a compra de um local para construir
um centro de armazenamento e precisa, urgentemente, de uma montanha de
dinheiro. Enquanto sai atrás de empréstimos, Abel sofre uma enorme pressão por
parte dos concorrentes, grupo que inclui desde empresários desonestos até a
máfia italiana, que roubam suas cargas e espancam seus motoristas. Como se não
bastasse, Abel ainda enfrenta um procurador corrupto, Lawrence (David Oylowo,
de “Selma”), que o ameaça com a aplicação das mais variadas e injustas multas. Com
a ajuda da esposa Anna (Jessica Chastain), Abel tenta aguentar toda essa
pressão, o que não será muito fácil num ano tão violento. O enredo é meio
complicado e a gente só começa a entender o que está acontecendo lá pela metade
do filme. Como já tinha feito em “Margin Call – O Dia Antes do Fim”, o diretor
J.C. Chandor não dá nada mastigado para o espectador. O filme comprova o talento
do ator guatemalteco Oscar Isaac, cuja semelhança com o ator Al Pacino dos
tempos de “O Poderoso Chefão” é impressionante. Outro trunfo desse excelente
drama é a fotografia em tons sombrios de Branford Young. Quase uma obra de
arte. A caracterização de época também é excelente, com destaque para os
figurinos. Jessica Chastain, por exemplo, veste as roupas da coleção Vintage
Armani de 1981. Resumindo, um filme de muita qualidade.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Em
1995, a norte-americana Cheryl Strayed, então com 26 anos de idade, resolveu
encarar uma aventura daquelas: percorrer a pé e sozinha a trilha conhecida como
“Pacific Crest Trail”, ou seja, 1.100 milhas (4.200 km), da fronteira do México
até o Canadá pela Cost a do Oceano Pacífico. Para contar a aventura, Cheryl
escreveu o livro “A Jornada de uma Mulher em Busca do Recomeço”, que depois, em
2014, virou o filme “LIVRE” (“Wild”),
com a atriz Reese Witherspoon como a
jovem aventureira. Ao contrário de tantos malucos que encaram desafios perigosos
para superar seus limites e virar celebridade, Cheryl tinha como objetivo expurgar
alguns fatos do seu passado recente, como seu divórcio, a morte da mãe, Bobbi
(Laura Dern), e, principalmente, se livrar do sexo promíscuo que praticava e do
vício das drogas pesadas. Enfim, refletir sobre sua vida de fracassos e, quem
sabe, dar a volta por cima. O filme, dirigido pelo canadense Jean-Marc Vallée, acompanha
a trajetória da viagem de Cheryl, além de relembrar, em flashbacks, sua infância, o relacionamento com a mãe, o pai bêbado
e violento e as orgias regadas a sexo e drogas. Witherspoon foi indicada ao Oscar
como Melhor Atriz e Laura Dern como Melhor Atriz Coadjuvante, mas não ganharam.
O filme é bastante reflexivo, o que justifica seu ritmo um tanto lento, mas é
bem feito e merece ser visto, principalmente pelo fato de contar uma incrível história
real, o que valoriza qualquer produção.
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