sábado, 18 de abril de 2015


“O ANO MAIS VIOLENTO” (“A Most Violent Year”), 2014, é um drama ambientado em Nova Iorque em 1981, um dos anos de maior índice de criminalidade da história daquela cidade norte-americana. Daí o título do filme. Nesse contexto de extrema violência, o empresário Abel Morales (Oscar Isaac), imigrante colombiano, tenta alavancar os negócios de sua empresa ligada à atividade de distribuição de combustíveis. Para isso, está negociando a compra de um local para construir um centro de armazenamento e precisa, urgentemente, de uma montanha de dinheiro. Enquanto sai atrás de empréstimos, Abel sofre uma enorme pressão por parte dos concorrentes, grupo que inclui desde empresários desonestos até a máfia italiana, que roubam suas cargas e espancam seus motoristas. Como se não bastasse, Abel ainda enfrenta um procurador corrupto, Lawrence (David Oylowo, de “Selma”), que o ameaça com a aplicação das mais variadas e injustas multas. Com a ajuda da esposa Anna (Jessica Chastain), Abel tenta aguentar toda essa pressão, o que não será muito fácil num ano tão violento. O enredo é meio complicado e a gente só começa a entender o que está acontecendo lá pela metade do filme. Como já tinha feito em “Margin Call – O Dia Antes do Fim”, o diretor J.C. Chandor não dá nada mastigado para o espectador. O filme comprova o talento do ator guatemalteco Oscar Isaac, cuja semelhança com o ator Al Pacino dos tempos de “O Poderoso Chefão” é impressionante. Outro trunfo desse excelente drama é a fotografia em tons sombrios de Branford Young. Quase uma obra de arte. A caracterização de época também é excelente, com destaque para os figurinos. Jessica Chastain, por exemplo, veste as roupas da coleção Vintage Armani de 1981. Resumindo, um filme de muita qualidade. 


                                                                                                                                                        

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