Em
1995, a norte-americana Cheryl Strayed, então com 26 anos de idade, resolveu
encarar uma aventura daquelas: percorrer a pé e sozinha a trilha conhecida como
“Pacific Crest Trail”, ou seja, 1.100 milhas (4.200 km), da fronteira do México
até o Canadá pela Cost a do Oceano Pacífico. Para contar a aventura, Cheryl
escreveu o livro “A Jornada de uma Mulher em Busca do Recomeço”, que depois, em
2014, virou o filme “LIVRE” (“Wild”),
com a atriz Reese Witherspoon como a
jovem aventureira. Ao contrário de tantos malucos que encaram desafios perigosos
para superar seus limites e virar celebridade, Cheryl tinha como objetivo expurgar
alguns fatos do seu passado recente, como seu divórcio, a morte da mãe, Bobbi
(Laura Dern), e, principalmente, se livrar do sexo promíscuo que praticava e do
vício das drogas pesadas. Enfim, refletir sobre sua vida de fracassos e, quem
sabe, dar a volta por cima. O filme, dirigido pelo canadense Jean-Marc Vallée, acompanha
a trajetória da viagem de Cheryl, além de relembrar, em flashbacks, sua infância, o relacionamento com a mãe, o pai bêbado
e violento e as orgias regadas a sexo e drogas. Witherspoon foi indicada ao Oscar
como Melhor Atriz e Laura Dern como Melhor Atriz Coadjuvante, mas não ganharam.
O filme é bastante reflexivo, o que justifica seu ritmo um tanto lento, mas é
bem feito e merece ser visto, principalmente pelo fato de contar uma incrível história
real, o que valoriza qualquer produção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário