sábado, 7 de novembro de 2020

 

Se você for daquelas pessoas com estômago fraco, não gosta de ver na telinha muita violência, pancadarias e sangue jorrando, não assista “IMPLACÁVEL” (“AVENGEMENT”), filme inglês de 2019 agora disponível na Netflix. Mas se você gosta do gênero “filme pra macho”, não deixe de ver, pois é um dos filmes de ação mais violentos do momento. A direção é de Jesse V. Johnson, que também assina o roteiro com a colaboração de Stu Small. A história toda é centrada no lutador de MMA Cain Burgess (Scott Adkins). Ao vencer uma luta que havia concordado em perder, Cain caiu em desgraça com a quadrilha do poderoso traficante Lincoln Burgess (Craig Fairbrass), justamente seu irmão e o apostador principal na derrota que não aconteceu. Para pagar essa dívida, Cain topa realizar um roubo que não dá certo. Ele fica preso por sete anos numa penitenciária cujos detentos são de alta periculosidade. Resumo da história: alguns presos receberam uma grana alta para matá-lo e quase todo dia ele enfrenta uma briga, muitas vezes contra vários oponentes. Como resultado, tem a face queimada por napalm, perde os dentes da frente e ganha uma enorme cicatriz no rosto. Numa saída para velar a mãe morta, Cain consegue escapar e vai atrás daqueles que o traíram, inclusive seu irmão. Como afirmei no começo, o filme tem inúmeras cenas de violência explícita, muito sangue jorrando e ossos esmigalhados. Mas uma coisa é certa: as cenas de luta são ótimas, realistas e muito bem coreografadas. Nesse ponto, destaco o desempenho do ator Scott Adkins, especialista em artes marciais. Aos 19 anos ele já era faixa preta de Taekwondo e depois ainda se especializou em Kick Boxing, Ninjutsu, Caratê, Wusho, Jiu Jitsu, Krav Maga, Muay Thai e até Capoeira. Ou seja, só armado com um canhão para enfrentar o cara. Créditos maiores, porém, devem ser dados ao diretor Jesse V. Johnson, um craque em filmes de ação, como “O Cobrador de Dívidas”, “O Mercenário”, “Cão Selvagem e “Entrega Mortal, entre outros. Resumo da ópera: para quem gosta de violência e pancadaria, “Implacável” é simplesmente...implacável.     

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

 

“NATAL EM EL CAMINO” (“EL CAMINHO CHRISTMAS”), 2017, Estados Unidos, 1h39m (disponível na plataforma Netflix), direção de David E. Talbert, seguindo roteiro escrito por Theodore Melfi e Christopher Wehner. Segundo o que foi divulgado pela produção do filme, “Natal em El Camino” seria uma comédia. Sem tê-lo assistido, muitos críticos e sites de cinema acreditaram na sinopse e também o rotularam como comédia. Talvez a presença do comediante Tim Allen no elenco tenha provocado o engano. Trata-se, na verdade, de um drama não muito pesado, mas bem longe de provocar risadas. Talvez um ou outro sorriso amarelo. E só. A história começa com o jovem Eric Rooth (Luke Grimes) chegando à pequena cidade de El Camino com o objetivo de conhecer o pai biológico, cujo endereço descobriu ao encontrar cartas antigas destinadas à sua mãe falecida. Como acontece em quase toda cidade pequena nos Estados Unidos, a polícia pega no pé do recém-chegado, desconfiando até mesmo que ele pode estar envolvido com o tráfico de drogas. Ele é detido e depois solto, indo parar numa loja de conveniência – um mercadinho, na verdade. Aqui se encontram, além de Eric, o proprietário, a funcionária com seu filho e um velho bêbado. Tudo está calmo até a chegada de um policial e é aí que começa toda a confusão. Resumindo: a polícia é mobilizada porque acha que Rooth está mantendo reféns na loja. Uma repórter de TV passa pelo local e descobre o que está acontecendo, fazendo a cobertura para a rede nacional. Dessa forma, o suposto sequestro se transforma no principal assunto dos telejornais. O ritmo do filme cai um pouco a partir do momento em que os personagens que estão dentro da loja conversam entre si sobre seus problemas pessoais e suas histórias de vida, até chegar a uma surpreendente revelação. Como é véspera de Natal, o filme termina com neve caindo, uma jogada do roteiro para amenizar o final trágico. Além de Luke Grimes e Tim Allen, estão no elenco Jessica Alba, Vincente D’Onofrio, Dax Shepard, Michelle Myletr e Kurtwood Smith. Como podem ver, o elenco até que é bom, mas o resultado final não é dos melhores.    

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

 

Sabe aquelas comédias juvenis tipo “American Pie”, com muita baixaria, palavrões e aquele humor escatológico? Pois é, tudo isso está em “NÃO VAI DAR” (“BLOCKERS”), 2018, Estados Unidos, 1h42m, disponível na plataforma Netflix. A única diferença está no fato do diretor ser uma mulher, no caso Kay Cannon, mais conhecida até agora como roteirista. Aliás, o roteiro foi escrito por uma equipe: Jon Hurwitz, Brian Kehoe, Jim Kehoe, Eben Russell e Hayden Scholossberg. Tanta gente para um resultado tão pífio. O filme acompanha três adolescentes amigas de infância que decidem, num pacto secreto, perderem a virgindade na noite do baile de formatura. Os respectivos pais, sem querer, descobrem num computador de uma delas os termos do pacto e ficam totalmente enlouquecidos. Só que o baile já tinha começado. Eles saem correndo em busca das donzelas, enfrentando um turbilhão de situações desastrosas, incluindo um acidente de carro no caminho. Enfim, entrando na madrugada eles tentarão evitar que suas filhas percam a “pureza”. Como escrevi no começo, tudo o que acontece no filme é baseado na baixaria. O pano de fundo é o sexo, só se fala nisso, com diálogos recheados de palavrões, termos chulos e frases de duplo sentido, além de cenas no mínimo repugnantes, como o nu frontal de um homem de meia idade, jorros de vômito e até ingestão de bebida pelo ânus, além de muito álcool e drogas. Quer mais? Então assista. Anote o elenco: o péssimo John Cena, Leslie Mann (a única que se salva), Ike Barinholtz, Kathryn Newton, Gina Gershon, Gary Cole, Geraldine Viswanathan e Gideon Adlon, só para citar os mais conhecidos. Desde a tradução do título para o português (“Não vai Dar”), tudo no filme é apelação generalizada. Tudo bem, tem gente que gosta. Mas avisa quem amigo é: se você tem algo parecido com inteligência, fuja a galope!       

terça-feira, 3 de novembro de 2020

 

“HOMEM AO MAR” (“OVERBOARD”), 2018, Estados Unidos, roteiro e direção de Rob Greenberg. Trata-se de um remake da comédia romântica “Um Salto Para a Felicidade”, de 1987, que teve como dupla central Goldie Hawn e Kurt Russell, dirigidos por Garry Marshall. Em “Homem ao Mar”, a dupla é composta por dois bons comediantes: a norte-americana Anna Faris (da série “Todo Mundo em Pânico”) e o mexicano Eugenio Derbez (“Como se Tornar um Conquistador”). Vamos à história. Kate (Faris) é mãe solteira de três filhas, trabalha em dois empregos, entregadora de pizza e faxineira. Dinheiro curto, endividada até o pescoço, está prestes a ser despejada. Ao realizar uma limpeza no iate luxuoso do milionário mexicano Leonardo “Leo” Montenegro (Derbiz), cuja família é proprietária de uma grande empresa de construção, Kate é humilhada pelo arrogante “Leo” e acaba demitida do emprego. Ela promete vingança, e a oportunidade surge depois que ele sofre um acidente que o deixa sem memória. Incentivada por sua amiga Theresa (Eva Longoria), Kate bola um plano maquiavélico: já que “Leo” perdeu a memória e sua família o dá como morto, Kate apresenta-se no hospital como a esposa dele. Dessa forma, consegue levá-lo para sua casa e colocar em prática a vingança planejada. A crítica especializada não gostou do filme e só elogiou o trabalho da atriz Anna Faris, realmente uma ótima comediante. Não achei o filme tão ruim, dá para assistir e até se divertir, apesar do final altamente previsível. Também estão no elenco Cecília Suárez, Mariana Treviño e John Hannah. “Homem ao Mar” é ideal para uma sessão da tarde com pipoca e sem compromisso com os neurônios.   

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

 

“BRONX”, 2020, França, 1h56m, roteiro e direção de Olivier Marchal, produção e distribuição da Gaumont, disponível desde o dia 20 de outubro de 2020 na plataforma Netflix. É o mais recente filme do cineasta Marchal, que mantém o seu estilo caracterizado por boas histórias, muita violência e ação, tudo o que os fãs do gênero policial mais apreciam – confira no final deste comentário alguns dos melhores filmes de Marchal. O “Bronx” do título é um bairro de Marselha, considerada uma das cidades mais violentas da Europa. Um grupo de policiais de elite da Brigada Anti Gangues recebe como missão intervir no submundo criminoso de Marselha, dominado por duas poderosas gangues que estão em guerra, os clãs Bastiani e Orsolini. Como na maioria dos filmes de Marchal, a corrupção no meio da polícia é um dos elementos mais presentes em “Bronx”. Tudo começa com um atentado na solenidade de posse do novo comissário de polícia Ange Leonetti (Jean Reno). Uma testemunha-chave é levada sob custódia e acaba assassinada na delegacia. Só que a vítima pertence a uma das famílias mafiosas. A partir daí começa a guerra generalizada, gangue contra gangue, gangues contra a polícia, polícia contra polícia, enfim, matança que não acaba mais, com muita violência e sangue jorrando. Além de Reno, fazem parte do elenco Lannick Gautry, Stanislas Merhar, Catherine Marchal (esposa do diretor), Moussa Maaskri, Gérard Lanvin e Kaaris. A diva Claudia Cardinale, aos 82 anos, tem uma participação especial como a chefona do clã Bastiani. Para você comprovar o talento do diretor Marchal, aí vai uma lista de alguns de seus filmes mais conhecidos: “Un P’tit Gars de Ménil Montant”, “Carbon”, “Borderline”, 36th Delegacia”, “Diamante 13”, “Pacto de Sangue”, “MR 73 e o clássico “Não Conte a Ninguém”. Incluo "Bronx" nesta relação como mais um filme de Marchal a ser recomendado.