quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
terça-feira, 16 de janeiro de 2024
“SALTBURN”, 2023, Inglaterra, 2h07m, em cartaz no Prime Vídeo, roteiro e direção de Emerald Fennell. Este é o segundo filme na direção da atriz Emerald (o primeiro foi “Promising Young Woman”, de 2020). “Saltburn” conta a história de uma amizade entre dois estudantes da Universidade de Oxford, Oliver Quick (o ator irlandês Barry Keoghan), pobre e feio, e Felix Catton (Jacob Elordi), rico e bonito. Um determinado dia, Felix convida Oliver para passar alguns dias na mansão de sua família. Chamada de “Saltburn”, a casa de campo é mais do que uma mansão, um verdadeiro palácio. É lá que residem os pais e a irmã de Felix, além de outros agregados. Gente muito esquisita, antipática, esnobe, bizarra. No primeiro contato, Oliver é paparicado pela família Catton, mas aos poucos se revelará como uma pessoa inconveniente, manipuladora, envolvendo todos em sua trama macabra. Embora exaltado por alguns críticos, achei o filme bastante desagradável, metido a cinema de arte, com algumas cenas fortes de sexo homossexual feitas para chocar a plateia. O que não se pode negar é sua qualidade estética, proporcionada por uma fotografia realmente deslumbrante, digna de prêmios - vamos aguardar as indicações ao Oscar 2024. O elenco conta ainda com Rosamund Pike, Richard E. Grant, Alison Oliver, Carey Mulligan (numa aparição surpreendentemente rápida), Paul Rhys e Archie Madekwe. Concluirei meu comentário lembrando que a Emerald Fennel, a diretora, trabalhou em inúmeros filmes como atriz, inclusive nos recentes “Barbie”, e “A Garota Dinamarquesa”, além da série “The Crown”. Tomando como exemplo “Saltburn”, acho que prefiro Emerald como atriz.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
“MARSELHA EM PERIGO” (“PAX
MASSILIA”), 2023, França, minissérie da Netflix em 6 episódios
(1ª temporada), direção de Olivier Marchal, que também assina o roteiro
juntamente com Kamel Guemra e Edgar Marie. Este é mais um exemplo de que o
cinema francês está cada vez melhor quando se trata de filmes de ação do gênero
policial, consagrando mais uma vez um especialistta no gênero, o diretor Olivier Marchal. Nesta minissérie, os protagonistas principais são cinco policiais da
delegacia de combate ao narcotráfico em Marselha, uma das cidades mais
violentas da Europa. Essa equipe é comandada pelo capitão Lyès Benamar (Tewfik
Jallab), um cara durão que conhece como poucos o lado obscuro do tráfico de drogas. Dois
poderosos traficantes resolvem se enfrentar para ter o domínio dos negócios na
cidade: Franck Murillo (Nicolas Duvauchelle) e Ali Saidi (Samir Boitard). Para
tentar evitar um banho de sangue na cidade, os policiais de Benamar precisam
intervir com o objetivo de prender os dois. Murillo é o mais perigoso, pois
conta com um capanga violento e sanguinário, Tarek Hamadi (Moussa Maaskri),
também conhecido como “Índio”, pois usa uma trança atrás da cabeça. Não
bastasse ter de enfrentar os marginais, Benamar e seus comandados são perseguidos por um policial da
corregedoria que não lhes dá trégua. A minissérie não economiza na violência e
em cenas de jorrar sangue. Tudo dentro do contexto normal que a gente vê hoje
no Rio de Janeiro ou em São Paulo. No caso da França, o perigo está nas
periferias, dominadas pelos imigrantes árabes e africanos, gente da pesada.
Também estão no elenco Lani Sagoyou, Jeanne Goursaud (talvez a atriz mais
bonita do cinema francês atual), Idir Azougli, Florence Thomassin, Diouc Koma e
Olivier Barthelemy. A minissérie é ótima e certamente terá uma segunda
temporada. Imperdível!