quinta-feira, 18 de janeiro de 2024


“LIFT – ROUBO NAS ALTURAS” (“LIFT”), 2023, Estados Unidos, 1h44m, produção original e distribuição Netflix, direção de F. Gary Gray (“Código de Conduta”), que também assina o roteiro com Daniel Kunka. É um filme de ação com bastante humor. Para não ser preso juntamente com sua quadrilha de criminosos internacionais, Cyrus Whitaker (Kevin Hart), se associa à CIA e à Interpol para planejar e executar uma missão inusitada: roubar, em pleno voo, US$ 500 milhões em barras de ouro que serão transportadas por um Boing 777 durante o trajeto de Londres a Zurique. As barras de ouro destinam-se a um terrorista psicopata (redundância?), responsável por várias ações trágicas na Europa. Além de Kevin Hart, estão no elenco Gugu Mbatha-Raw, Sam Worthington, Vincent D’Onofrio, a atriz espanhola Úrsula Corberó, Billy Magnussen, Viveik Kalra e a atriz chinesa NS Yoon-g. Trocando em miúdos, com exceção de algumas boas cenas de ação, como a da perseguição de lanchas pelos canais de Veneza e o roubo nas alturas, “Lift” é apenas mais um bom filme de ação para curtir numa sessão da tarde.     

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

 

“SALTBURN”, 2023, Inglaterra, 2h07m, em cartaz no Prime Vídeo, roteiro e direção de Emerald Fennell. Este é o segundo filme na direção da atriz Emerald (o primeiro foi “Promising Young Woman”, de 2020). “Saltburn” conta a história de uma amizade entre dois estudantes da Universidade de Oxford, Oliver Quick (o ator irlandês Barry Keoghan), pobre e feio, e Felix Catton (Jacob Elordi), rico e bonito. Um determinado dia, Felix convida Oliver para passar alguns dias na mansão de sua família. Chamada de “Saltburn”, a casa de campo é mais do que uma mansão, um verdadeiro palácio. É lá que residem os pais e a irmã de Felix, além de outros agregados. Gente muito esquisita, antipática, esnobe, bizarra. No primeiro contato, Oliver é paparicado pela família Catton, mas aos poucos se revelará como uma pessoa inconveniente, manipuladora, envolvendo todos em sua trama macabra. Embora exaltado por alguns críticos, achei o filme bastante desagradável, metido a cinema de arte, com algumas cenas fortes de sexo homossexual feitas para chocar a plateia. O que não se pode negar é sua qualidade estética, proporcionada por uma fotografia realmente deslumbrante, digna de prêmios - vamos aguardar as indicações ao Oscar 2024. O elenco conta ainda com Rosamund Pike, Richard E. Grant, Alison Oliver, Carey Mulligan (numa aparição surpreendentemente rápida), Paul Rhys e Archie Madekwe. Concluirei meu comentário lembrando que a Emerald Fennel, a diretora, trabalhou em inúmeros filmes como atriz, inclusive nos recentes “Barbie”, e “A Garota Dinamarquesa”, além da série “The Crown”. Tomando como exemplo “Saltburn”, acho que prefiro Emerald como atriz.   

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

 

“MARSELHA EM PERIGO” (“PAX MASSILIA”), 2023, França, minissérie da Netflix em 6 episódios (1ª temporada), direção de Olivier Marchal, que também assina o roteiro juntamente com Kamel Guemra e Edgar Marie. Este é mais um exemplo de que o cinema francês está cada vez melhor quando se trata de filmes de ação do gênero policial, consagrando mais uma vez um especialistta no gênero, o diretor Olivier Marchal. Nesta minissérie, os protagonistas principais são cinco policiais da delegacia de combate ao narcotráfico em Marselha, uma das cidades mais violentas da Europa. Essa equipe é comandada pelo capitão Lyès Benamar (Tewfik Jallab), um cara durão que conhece como poucos o lado obscuro do tráfico de drogas. Dois poderosos traficantes resolvem se enfrentar para ter o domínio dos negócios na cidade: Franck Murillo (Nicolas Duvauchelle) e Ali Saidi (Samir Boitard). Para tentar evitar um banho de sangue na cidade, os policiais de Benamar precisam intervir com o objetivo de prender os dois. Murillo é o mais perigoso, pois conta com um capanga violento e sanguinário, Tarek Hamadi (Moussa Maaskri), também conhecido como “Índio”, pois usa uma trança atrás da cabeça. Não bastasse ter de enfrentar os marginais, Benamar e seus comandados são perseguidos por um policial da corregedoria que não lhes dá trégua. A minissérie não economiza na violência e em cenas de jorrar sangue. Tudo dentro do contexto normal que a gente vê hoje no Rio de Janeiro ou em São Paulo. No caso da França, o perigo está nas periferias, dominadas pelos imigrantes árabes e africanos, gente da pesada. Também estão no elenco Lani Sagoyou, Jeanne Goursaud (talvez a atriz mais bonita do cinema francês atual), Idir Azougli, Florence Thomassin, Diouc Koma e Olivier Barthelemy. A minissérie é ótima e certamente terá uma segunda temporada. Imperdível!