quinta-feira, 2 de março de 2023
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
“O HOMEM DE TORONTO” (“THE MAN
FROM TORONTO”), 2022, Estados Unidos, em cartaz na Netflix, 1h52m,
direção de Patrick Hughes (“Dupla Explosiva”, “Os Mercenários 3”) e roteiro por
Robbie Fox, Chris Bremner e Jason Blumenthal. Passou meio despercebido por aqui
esta comédia besteirol, bastante engraçada e com muita ação. O personagem central é
Teddy (Kevin Hart), o funcionário trapalhão de uma academia de ginástica. É tão
atrapalhado que confeccionou um folheto para divulgar a academia sem colocar o endereço nem
o telefone. Mesmo prestes a ser demitido, ele resolve fazer uma surpresa para
comemorar o aniversário de sua esposa Lori (Jasmine Mathews). Ele aluga um
chalé para um final de semana romântico, mas confunde o endereço e vai parar em
outro chalé cujos ocupantes esperam a chegada do “Homem de Toronto” (Woody
Harrelson), um assassino profissional e torturador especialista em obter
confissões na base da crueldade, além de ser mestre em 23 lutas marciais. Trocando
em miúdos, o trapalhão Teddy é confundido com o “Homem de Toronto” e terá que
fazer o impossível para garantir a fama do outro e não morrer. A confusão só
aumenta quando o verdadeiro assassino aparece e acaba fazendo parceria com
Teddy para enfrentar uma poderosa gangue - a química entre os atores é um dos trunfos do filme. O ritmo é alucinante do começo ao fim,
ótimas cenas de ação e muito humor. Também estão no elenco Kaley Cuoco, Pierson
Fodé, Ellen Barkin, Lela Loren, Kate Drummond e Tomohisa Yamashita. Enfim,
diversão garantida!
domingo, 26 de fevereiro de 2023
“BEAUTY”,
2022, Estados Unidos, produção original e distribuição Netflix, 1h40m, direção
do cineasta nigeriano radicado nos EUA Andrew Dosunmu (“Where Is Kira?”, “Mother
of George”), seguindo roteiro assinado por Lena Waithe. Trata-se de um drama
centrado na jovem aspirante a cantora Beauty (a estreante Gracie Marie Bradley), sua relação tumultuada com a família, sua dependência de drogas (maconha,
cocaína e LSD) na juventude e o conturbado namoro com a jovem Jasmine (Aleyse Shannon), jamais
aceita pelos seus pais e irmãos. Aos 15 anos, Beauty cantava no coral da igreja
e logo obteve destaque com sua poderosa voz. Incentivada pelo pai (Giancarlo
Esposito) e pela mãe (Niecy Nash), uma ex-cantora que só conseguiu se destacar
como backing vocal em estúdios de gravação, Beauty acabou nas mãos
de uma famosa empresária (Sharon Stone), que afirmava em entrevistas que “A
garota tem o talento capaz de mudar os rumos da indústria musical
norte-americana.” O filme acompanha os passos iniciais de Beauty até se transformar
em um grande sucesso, a partir de 1983. Como constatado por fãs e críticos musicais, “Beauty”
nada mais é do que a cinebiografia não-autorizada da cantora Whitney Houston (1963-2012),
considerada por muitos como a melhor de todos os tempos. Não apenas por isso, “Beauty”
é um projeto bastante ousado, inovador, a começar pelo fato de que os
principais personagens – a cantora, a empresária, os pais – não serem
identificados por nomes. Por se tratar de um drama musical, é estranho verificar também que
Beauty não canta em nenhum momento do filme. Os números musicais são de vídeos antigos
de cantoras consagradas, entre as quais Ella Fitzgerald, uma das grandes
influências de Beauty. Um filme, sem dúvida, muito interessante que merece ser
conferido.