
sexta-feira, 22 de novembro de 2019

quinta-feira, 21 de novembro de 2019
“PARADISE BEACH”, 2019,
França, 1h33m, roteiro e direção de Xavier Durringer. O filme começa em preto e
branco, mostrando um assalto a banco em Paris, a chegada da polícia, um tiroteio,
um policial morto e um assaltante ferido – os outros cinco fugiram com o dinheiro.
Aliás, com uma quantia bem volumosa. Quinze anos depois, Mehdi (Sami Bouajila), o tal
bandido ferido, sai da cadeia e ruma para a Tailândia, onde seus comparsas se
estabeleceram investindo o dinheiro roubado. Todos moram na cidade de Pucket,
também conhecida por Paradise Beach. Realmente, uma praia paradisíaca – os cenários
do filme são deslumbrantes. Mais do que matar a saudade dos amigos – um deles
seu irmão, Hicham (Tewfik Jallab) -, Mehdi quer, na verdade, a sua parte da
grana roubada. Aí a coisa fica feia, pois todos alegam que gastaram todo o
dinheiro. Em meio a esse conflito de interesses, uma gangue de imigrantes
africanos “roubam” algumas strippers da boate de Franck (Hugo Becker).
Para proteger o amigo, Mehdi inicia uma guerra sanguinolenta contra a turma de afrodescendentes.
E por aí vai a história, Mehdi tentando se salvar dos inimigos e, ao mesmo
tempo, recuperar sua parte no dinheiro do assalto. Ao comentar sobre “Paradise
Beach”, alguns críticos de cinema o elegeram como “o pior filme já produzido pela
Netflix”. Eu não chegaria a tanto, mas concordo que o filme é bem ruizinho. A
começar pelo elenco. Com exceção de Sami Bouajila, ator experiente do cinema
francês, o restante do elenco é muito fraco. Outro detalhe: como um filme que se
diz de ação consegue ser tão monótono?
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
“ANNA – O PERIGO TEM NOME”
(“ANNA”), 2019, França, roteiro e direção de Luc Besson, 1h59m. Entretenimento
dos melhores, muita ação, tiros, perseguições, suspense e, principalmente, uma
mulher linda como protagonista principal. A história é ambientada nos anos 80,
quando a Guerra Fria ainda era quente. Anna (a atriz e ex-modelo russa Sasha
Luss) é uma modelo internacional que transita por vários países desfilando para
os principais estilistas da moda. Por onde passa, porém, deixa um rastro de
mortes e destruição. Anna utiliza sua fachada como modelo para servir à KGB, que
a treinou como espiã especialista em artes marciais e no manuseio das mais
diferentes armas de tiro. Sua mentora e chefe é Olga (Helen Mirren), ambas
subordinadas ao poderoso Vassiliev (Eric Godon), chefão da KGB. E seu parceiro
em algumas missões é Alex Tchenkov (Luke Evans) – incomoda, a mim pelo menos,
dois atores ingleses (Mirren e Evans) falando em inglês e tentando imitar o
sotaque russo; por que não utilizaram atores russos falando russo? Numa de suas
missões mais importantes, Anna é desmascarada pelo agente norte-americano Lenny Miller (Cillian
Murphy), da CIA, que, em troca de mantê-la viva, obriga-a a se tornar uma espiã
também da CIA. E uma de suas primeiras missões para o “outro lado” é assassinar
justamente o chefão Vassiliev. Muitas reviravoltas acontecerão até o desfecho,
valorizando ainda mais este ótimo filme de espionagem e ação. Dessa forma, "Anna" comprova a competência do cineasta francês Luc Besson em escrever e dirigir filmes de ação, que já tinha em seu currículo excelentes produções do gênero, como “Nikita – Criada para Matar”, “Lucy”,
“O Quinto Elemento”, “Imensidão Azul” e “O Profissional”, este último revelando
a ainda adolescente Natalie Portman. E foi Besson também o responsável por
revelar para o cinema a modelo e agora atriz Sasha Luss, que estreou em “Valerian
e a Cidade dos Mil Planetas”, de 2017, também de Besson. “Anna” é mais um gol de placa do
cineasta francês. Se você gosta de filmes de ação, não perca!
terça-feira, 19 de novembro de 2019
“O SEGREDO DE NORA” (“ANIMALES
SIN COLLAR”), 2018, suspense, produção espanhola da Netflix,
1h40m, filme de estreia no roteiro e na direção de Jota Linares, cineasta mais
conhecido por documentários. O filme começa com um grupo de amigos no fim de
uma balada regada a muita bebida e drogas. Um deles, porém, sofre uma overdose
e é praticamente jogado na porta de um hospital. A história é retomada anos
depois, quando Nora (Natalia de Molina) está casada com Abel (Daniel Grao), um
político de sucesso prestes a concorrer a um cargo no alto escalão do governo
espanhol. Nora e Abel estavam naquele grupo. Abel, por sinal, era irmão do
rapaz que morreu de overdose. Até aí ninguém ficara sabendo o que tinha
acontecido e o segredo deveria ser preservado para não prejudicar as ambições
políticas de Abel. Sem o marido saber, Nora estava sendo chantageada por um
outro amigo, Víctor (Ignacio Mateos), que presenciara o trágico acontecimento daquela
fatídica noite. No meio da história, surge Virgínia (Natalia Mateo), outro
personagem que participou da farra daquela noite. Não há para o
seu misterioso retorno. Aliás, o filme deixa várias pontas soltas, sem
explicação. Achei a história mal contada. Afinal, qual o segredo de Nora, a
chantagem ou o que aconteceu naquela noite. Terminou o filme e fiquei sem
saber. Se há um atrativo que mereça uma visita a este filme é a presença da
bela e competente atriz Natalia de Molina, que ficou ainda mais bonita com os cabelos loiros.
Enfim, um filme para quem gosta de decifrar mistérios e sair do cinema (ou de
frente da telinha) com uma grande dúvida: valeu a pena assistir?
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
“UMA GUERRA PESSOAL” (“A
Private War”), 2018, coprodução EUA/Inglaterra, direção de
Matthew Heineman – é o seu primeiro longa-metragem. O roteiro foi escrito por
Arash Amel, baseado no artigo “Marie Colvin’s Private War”, da jornalista Marie
Brenner e publicado na Revista Vanity Fair, meses após a morte da sua colega de
profissão Marie Colvin, personagem principal dessa história. A norte-americana
Colvin (1956/2012) foi uma das jornalistas mais famosas e corajosas,
responsável por coberturas memoráveis em países em guerra como correspondente
do jornal inglês The Sunday Times. Ela esteve na frente de batalha no Zimbábue,
Somália, Tunísia, Iraque, Palestina, Chechênia, Kosovo, Líbia, Timor Leste e em
outros países em conflito. Durante a cobertura da guerra civil no Sri Lanka, em
2001, ela perdeu o olho esquerdo devido a estilhaços de uma granada. A partir
de então, passou a usar um tapa-olho, que foi sua marca registrada até 2012,
quando morreu na Síria, vítima de um míssil enviado pelo exército do ditador
Assad diretamente ao edifício onde estavam os jornalistas. “Uma Guerra Pessoal”
conta toda essa história e mostra que Colvin sofria do tal estresse
pós-traumático, o mesmo que acomete os soldados quando voltam para casa. Traumatizada
com as lembranças das áreas de conflito, Colvin começou a beber e nos anos
finais de sua vida já era alcoólatra. O filme também mostra sua amizade com o companheiro
de muitas coberturas, o fotógrafo Paul Conroy (Jamie Dornan, de “50 Tons de
Cinza”), que também morreu na Síria, e seu relacionamento com editor-chefe do
The Sunday Times (Tom Hollander). A atriz inglesa Rosemund Pike, que interpreta
a jornalista, foi indicada para o Globo de Ouro de 2019, mas não ganhou, e nem
ao menos recebeu indicação ao Oscar. Seu trabalho em “Uma Guerra Pessoal” é fantástico, melhor do que as cinco atrizes indicadas juntas. Mais uma grande
injustiça do Oscar, talvez a maior dos últimos anos. Além da história pessoal
de Marie Colvin, “Uma Guerra Pessoal”, que tem como um dos produtores a atriz
Charlize Theron, mostra com bastante realismo e muitas cenas de ação como é a cobertura dos
correspondentes de guerra e a coragem e o sangue-frio que precisam ter para
enfrentar os perigos nas zonas de combate. O filme é excelente e a história melhor ainda, pois apresenta uma mulher com a coragem que muitos homens não teriam. IMPERDÍVEL!
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