quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017



“JACK REACHER: SEM RETORNO” (“Jack Reacher: Never Go Back”), EUA, 2016, roteiro e direção de Edward Zwick (“O Último Samurai” e “Diamante de Sangue”), traz de volta o astro Tom Cruise no segundo filme protagonizado pelo personagem dos livros do escritor britânico Lee Child – o primeiro filme, “Jack Reacher: O Último Tiro”, foi produzido em 2012. Embora não tenha o tamanho “armário” dos brucutus Jason Statham ou Steven Seagal, Cruise não nega fogo em filmes de ação e pancadaria, como já demonstrou nos filmes da série “Missão Impossível” e agora com Jack Reacher. Aos 54 anos, Cruise ainda está em grande forma física e enfrenta sem problemas as mais arriscadas e movimentadas cenas de ação. Neste segundo filme em que interpreta Jack Reacher, ele sai em defesa da major Susan Turner (a bela e competente atriz canadense Cobie Smulders), acusada e presa por um crime que não cometeu. Reacher vai tentar resgatar Turner da prisão e provar sua inocência. Os vilões tentarão impedir a ação de Reacher, o que inclui sequestrar sua filha. É ação do começo ao fim, para alegria dos fãs do gênero. O mocinho (Cruise) apanha bastante, mas não o suficiente para desfigurar o seu rosto recheado de botox. Enfim, como o primeiro filme da série, um ótimo programa para uma sessão da tarde com pipoca.                                                

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017


Com 8 indicações ao Oscar 2017, entre as quais Melhor Filme, Diretor e Atriz Coadjuvante (Naomie Harris), além de ter vencido o Globo de Ouro como Melhor Filme de Drama, “MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR” (Moonlight”) é um filme de grande impacto. A história é baseada na peça “In Moonlight Black Boys look Blue”, do dramaturgo Tarell Alvin McCraney, adaptada pelo roteirista e diretor Barryt Jenkins. O filme acompanha a trajetória de Chiro (interpretado por Alex Hibbert na infância, Ashton Sanders na adolescência e por Trevante Rhodes na fase adulta), um menino criado na perigosa periferia de Miami, convivendo com traficantes e viciados. Sua mãe Paula (Naomie Harris) se prostitui para comprar drogas. Por seu jeito tímido, Chiro é chamado de bicha pelos colegas no colégio. Seu único amigo e protetor é Juan (Mahershala Ali), justamente o traficante que fornece drogas para sua mãe. Ao chegar à adolescência, Chiro passa a enfrentar os desafios de raça e sexualidade. Quando chega à fase adulta, torna-se um importante traficante chamado Black. A trajetória de Chiro e sua jornada de autoconhecimento são os fios condutores da história. O elenco, só de negros – nem os figurantes são brancos -, é excelente, especialmente Naomie Harris como a mãe drogada. Aposto nela como ganhadora de Melhor Atriz Coadjuvante na premiação do Oscar. O filme é muito bom e não será nenhuma surpresa se vencer outros prêmios da Academia.                                               


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

“ÚLTIMO TÁXI PARA DARWIN” (“Last Cab to Darwin”), Austrália, 2015, direção de Jeremy Sims. Trata-se de um drama baseado na peça de teatro homônima escrita em 2003 por Reg Cribb. O próprio Cribb, juntamente com Sims, escreveu o roteiro. A história é centrada em Rex (Michael Caton), de 70 anos, motorista de táxi em Broken Hill (Nova Gales do Sul), bem no interior do continente australiano. Há muitos anos que sua rotina inclui, além de dirigir o táxi, passar algumas noites entre os lençóis com sua vizinha aborígene Polly (a ótima Ningali Lawford) e se embebedar e jogar conversa fora com os amigos num bar da cidade. Diagnosticado com um câncer de estômago em estágio terminal, Rex resolve viajar até a cidade de Darwin, onde a dra. Nicole Farmer (Jacki Weaver) está recrutando voluntários para um projeto pioneiro e ainda não aprovado de Eutanásia. A distância até Darwin é enorme: 3.000 km. Mesmo bastante enfraquecido por causa da doença, Rex resolve encarar o desafio e pega a estrada com seu táxi. Aí o filme entra na fase road-movie pelas estradas poeirentas do extenso deserto australiano. Durante o trajeto, Rex faz amizade com Tilly (Mark Coles Smith), um jovem aborígene irresponsável, e com a doce Julie (Emma Hamilton), uma enfermeira que o acompanhará até o destino final. Embora baseado numa peça de teatro, o filme é bastante movimentado e tem seus momentos sensíveis, embora no geral seja um tanto triste e melancólico. O filme não chegou ao nosso circuito comercial. Somente foi exibido na Mostra de Filmes da Austrália/2016, em São Paulo.