“O ASSASSINO” (“THE KILLER”), 2023,
Estados Unidos, 1h58m, em cartaz na Netflix, direção de David Fincher, seguindo
roteiro assinado por Andrew Kevin Walker. Nos materiais de divulgação, os
títulos foram grafados de forma esquisita, por exemplo “O Assass__.no” ou, no
original, “The K__.ller”. O que isso quer dizer, não tenho a mínima ideia. Vamos
ao filme. Trata-se de um policial neo-noir adaptado da série francesa de
quadrinhos escrita por Alexis Nolent sob o pseudônimo de Matz. O personagem
principal é um assassino profissional (Michael Fassbender) solitário, frio,
impiedoso e meticuloso. A história começa e lá está ele em Paris tentando matar
um bilionário. Sua missão fracassa e, a partir daí, ele é perseguido pela
própria organização que o contratou. Depois que sua namorada Magdala (a
brasileira Sophie Charlotte) é espancada e torturada, o assassino passa de
perseguido a perseguidor, indo atrás dos responsáveis pela violência aplicada
na sua namorada. Também estão no elenco Tilda Swinton, Monique Ganderton,
Arliss Howard, Charles Parnell e Kerry O’Malley. Aviso que o filme não é muito
fácil de digerir, começando pela narração em off durante a qual o assassino
reflete sobre sua profissão, a maneira como gosta de agir e até explica ao
espectador seus próximos passos. “O Assassino” é um filme sombrio, que mistura
suspense com algumas (poucas) cenas de ação, mas não deixa de ser interessante
pela estética adotada, embora um tanto cansativa e enfadonha. Cabe lembrar que o cineasta David Fincher é responsável
por alguns clássicos do gênero suspense, tais como “Seven – Os Sete Pecados
Capitais”, “Clube da Luta”, “Zodíaco” e “Garota Exemplar”.