“RUSTIN”, 2023,
Estados Unidos, 1h48m, em cartaz na Netflix, direção de George C. Wolfe (“A Voz
Suprema do Blues”), seguindo roteiro assinado por Julian Breece e Dustin Lance
Black. Trata-se da cinebiografia de Bayard Rustin, um dos mais importantes
ativistas dos direitos civis nos Estados Unidos, que ficou famoso – não tão
quanto Martin Luther King ou Malcolm X – por planejar a Marcha Sobre Washington
por Trabalho e Liberdade, em 1963, evento que reuniu mais de 250 mil ativistas.
Produzido, entre outros, pelo ex-presidente Barack Obama, o filme conta a
incrível história dos bastidores dessa grande manifestação, organizada em
apenas dois meses e que mobilizou todo o país. Rustin conseguiu agregar várias
tendências da sociedade, incluindo pastores de diversas igrejas, políticos,
policiais, mulheres influentes, contando ainda com a ajuda de Martin Luther
King, que liderou a marcha. Não foi fácil convencer tanta gente a participar,
principalmente pelo fato de que Bayard Rustin era homossexual assumido, numa
época em que essa opção era bastante discriminada. O filme mostra todo o
esforço de Rustin e de sua equipe na organização da marcha. O ator Colman
Domingo, que interpreta o ativista, já é um dos favoritos à indicação ao Oscar
2024 de Melhor Ator. Também estão no elenco Chris Rock, Audra McDonald, Glynn
Turman, Aml Ameen, Jeffrey Wright, Gus Halper e Johnny Ramey. O filme é um
primor de roteiro e recriação de época, principalmente nas cenas urbanas. Trocando
em miúdos, “Rustin” é excelente, sem dúvida um dos melhores lançamentos do ano
da Netflix.
Nenhum comentário:
Postar um comentário