“BLACKOUT”, 2022,
Estados Unidos, 1h35m, em cartaz na Netflix, direção de Sam Macaroni, seguindo
roteiro assinado por Van B. Nguyen. Trata-se de um suspense policial, repleto
de ação, muita pancadaria e tiros, mas sem conteúdo. Começa o filme e um homem
com uma maleta é perseguido na estrada e sofre um acidente. Ele acaba no
hospital sem saber quem é – o espectador sabe que ele se chama John Cain (Josh
Duhamel), que pode ser um agente infiltrado da DEA (Departamento Antigrogas dos
EUA) ou um traficante. A dúvida permanecerá até o desfecho e depois dele
também. O hospital é invadido por uma
gangue pertencente a um poderoso cartel mexicano de drogas, que faz inúmeros
reféns, entre eles, pacientes, enfermeiros e médicos. Uma bagunça infernal.
Enquanto isso, John Cain foge da cama com a ajuda da misteriosa Anna (Abbie
Cornish), que também pode ser uma policial ou uma traficante. Ou seja, é tudo
muito confuso. O filme garante muita ação, o ritmo é frenético, mas o roteiro é
simplesmente ridículo e complicado, com destaque para os diálogos nada mais do
que lamentáveis. O elenco conta ainda com o acabado Nick Nolt e um time de
figurantes de dar dó, de tão ruins. Se o filme todo é muito fraco, o desfecho é
a cereja estragada do bolo. Apesar de ter feito algum sucesso na pele do tenente-coronel
William Lennox nos filmes “Transformers”, o ator Josh Duhamel ainda não emplacou.
Resumo da ópera: “Blackout” é um dos lançamentos da Netflix mais fracos deste
ano.