Já foi o tempo em que Bruce Willis era o grande astro dos
filmes de ação – quem não se lembra da série “Duro de Matar”? Mas o tempo
passou e o astro norte-americano envelheceu e já não consegue papeis que
correspondam ao seu carisma e à sua competência como ator. Em seu mais recente filme,
o suspense “CAÇADA BRUTAL” (“FIRST KILL”),
2017, direção de Steven C. Miller com roteiro de Nick Gordon, Willis aparece
somente no começo, apresentado como o chefe de polícia da cidade, e depois no
final, num tiroteio que marca o desfecho da história. Quem trabalha o tempo
inteiro é Hayden Christensen (o ator canadense conhecido como o Anakin Skywalker
de “Star Wars”), que leva o filho de 11 anos para caçar na floresta – mania de
americano achar que um garoto só vira homem depois de dar uns tiros e matar um
animal. Ele presencia a briga de dois homens por causa do dinheiro de um
assalto a banco. Um deles é assassinado e o outro ferido. O que sobreviveu
sequestra o filho de Will (papel de Christensen), o que desencadeia a tal caçada brutal. Haverá algumas reviravoltas, pois quem parecia o
mocinho vira o vilão e vice-versa. Steven Miller já havia dirigido Willis em outros dois filmes: "Assalto ao Poder" e "Operação Resgate", bem melhores do que este. Triste constatar que Willis já não é tão
duro de matar. Filme bem fraquinho, sem chance de ser recomendado.
sábado, 20 de janeiro de 2018
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
O drama dinamarquês “UMA
GUERRA” (“KRIGEN”), 2015, escrito e dirigido por Tobias Lindholm, foi um
dos cinco finalistas na disputa do Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro. Era
o grande favorito, mas acabou perdendo para “O Filho de Saul”. Merecia ganhar.
O filme é centrado na rotina de um pelotão do exército dinamarquês no
Afeganistão, responsável por realizar patrulhas, prender guerrilheiros talibãs
e ajudar a população civil no que for necessário. O grupo é comandado pelo oficial
Claus M. Pedersen (Pilou Asbaek). Numa dessas patrulhas, Pedersen e seus homens
são emboscados por atiradores talibãs e pedem ajuda aérea. Ao informar as
coordenadas de uma casa onde estariam os atiradores para que seja atacada pelo
reforço aéreo, Pedersen comete um trágico engano: na casa havia somente civis,
11 dos quais, incluindo várias crianças, morreram no ataque. Pelo erro,
Pedersen é obrigado a voltar para a Dinamarca para ser submetido a julgamento
por uma corte marcial, acusado de crime de guerra. Entre uma cena e outra de
guerra, o diretor Tobias Lindholm dá destaque também à árdua rotina da esposa
de Pedersen, Maria (Tuva Novotny), que se vira como pode para cuidar dos três
filhos pequenos, um deles causando problemas quase que diários na escola. Maria
e os filhos sentem muita falta de Pedersen. Para Maria, sua casa também é uma
espécie de “campo de batalha”, um aspecto pouco explorado nos outros filmes que
têm uma guerra como pano de fundo. Imperdível!
domingo, 14 de janeiro de 2018
“UM REINO UNIDO” (“A
United Kingdom”), 2016,
Inglaterra/França, terceiro longa-metragem escrito e dirigido por Amma Asante –
o primeiro foi “A Way of Life”, de 2004, e o segundo, “Belle”, de 2013. A
história de “Um Reino Unido” é baseada em fatos reais relatados no livro “Colour
Bar”, de Susan Williams, lançado em 2006. No final dos anos 40, o príncipe
Seretse Khama (David Oyelowo), herdeiro do trono de Bechuanalândia (mais tarde
Botswana), estudava Direito em Londres quando conhece a britânica Ruth
Williams. Os dois curtiam dançar e ouvir jazz. E, claro, acabam se apaixonando
e casando, provocando uma série de protestos por parte da família real de
Bechuanalândia, na época um protetorado britânico, e das autoridades inglesas, que
apoiavam a política do apartheid
implementada pela vizinha África do Sul. Seretse Khama e Ruth Williams resolveram
enfrentar todas as dificuldades, lutando contra o preconceito e as fortes ingerências
políticas - imagine um casamento inter-racial naquela época. Depois da independência de Bechuanalândia, em 1966, Seretse Khama
seria eleito o primeiro presidente de Botswana. Uma história de amor muito
bonita, tendo como pano de fundo o contexto político da época envolvendo a
Inglaterra e suas colônias na África. Além de um ótimo filme, uma verdadeira aula de História.
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