O drama dinamarquês “UMA
GUERRA” (“KRIGEN”), 2015, escrito e dirigido por Tobias Lindholm, foi um
dos cinco finalistas na disputa do Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro. Era
o grande favorito, mas acabou perdendo para “O Filho de Saul”. Merecia ganhar.
O filme é centrado na rotina de um pelotão do exército dinamarquês no
Afeganistão, responsável por realizar patrulhas, prender guerrilheiros talibãs
e ajudar a população civil no que for necessário. O grupo é comandado pelo oficial
Claus M. Pedersen (Pilou Asbaek). Numa dessas patrulhas, Pedersen e seus homens
são emboscados por atiradores talibãs e pedem ajuda aérea. Ao informar as
coordenadas de uma casa onde estariam os atiradores para que seja atacada pelo
reforço aéreo, Pedersen comete um trágico engano: na casa havia somente civis,
11 dos quais, incluindo várias crianças, morreram no ataque. Pelo erro,
Pedersen é obrigado a voltar para a Dinamarca para ser submetido a julgamento
por uma corte marcial, acusado de crime de guerra. Entre uma cena e outra de
guerra, o diretor Tobias Lindholm dá destaque também à árdua rotina da esposa
de Pedersen, Maria (Tuva Novotny), que se vira como pode para cuidar dos três
filhos pequenos, um deles causando problemas quase que diários na escola. Maria
e os filhos sentem muita falta de Pedersen. Para Maria, sua casa também é uma
espécie de “campo de batalha”, um aspecto pouco explorado nos outros filmes que
têm uma guerra como pano de fundo. Imperdível!
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