“A BAILARINA” (“BALLERINA”), 2023,
Coreia do Sul, 1h33m, em cartaz na Netflix, roteiro e direção de Lee
Chung-Hyeon (“A Ligação”). Não é de hoje que o cinema sul-coreano tem produzido
excelentes filmes, muitos deles premiados (vide “Parasita”). Os filmes de ação
também são destaque, como este recente lançamento da Netflix. A história começa
com o assassinato da bailarina clássica Min-Hee (Park Yu-Rim). O assassino é
revelado no começo. Trata-se de Choi (Kim
Ji-Hun), um psicopata integrante de uma poderosa máfia que explora a
prostituição e o tráfico de drogas. A bailarina era obrigada a se prostituir, mas quando quis
abandonar o negócio virou alvo e vítima de Choi. É a partir daí que entra na
história a melhor amiga da bailarina, Ok-Ju (Jeon Jong-Seo, esposa do diretor e
que havia atuado sob sua direção em “A Ligação”), uma especialista em artes
marciais e que trabalhava como guarda-costas. Embora franzina, ela briga como
gente grande, batendo com vontade em qualquer marmanjo metido a valente. Disposta
a vingar a morte da amiga, ela vai atrás de Choi e, então, muita
pancadaria vai rolar até o final, sangue jorrando aos borbotões (que palavra mais antiga...). As cenas de ação são muito bem feitas, com
destaque para as coreografias das lutas. Trata-se, portanto, de um filme de
ação feito para quem gosta de pancadaria, mas tem lá seus momentos de reflexão
e alguma sensibilidade. Vale para uma sessão da tarde com pipoca.