“ÂNGELA”,
2023, Brasil, lançamento do Prime Vídeo, direção de Hugo Prata (do ótimo “Elis:
Viver é Melhor que Sonhar”), seguindo roteiro assinado por Duda de Almeida. O
filme relembra um dos casos de feminicídio mais famosos do País. Em 1976, Raul
Fernando do Amaral Street, mais conhecido como “Doca Street”, assassinou a
tiros sua amante, a socialite mineira Ângela Diniz. O crime ocorreu na Praia
dos Ossos, na região de Búzios, e chocou a sociedade e a opinião pública em geral. O filme relembra como
Ângela conheceu Doca Street e a relação conflituosa entre os dois,
principalmente por causa do ciúme doentio do amante. Ficou famosa a frase dita
por Doca a Ângela antes de matá-la, conforme destacou o testemunho da empregada
da casa. Doca teria dito “Se você não vai ser minha, não será de mais ninguém”.
Presença frequente nas colunas sociais e festeira assumida, Ângela era
conhecida como “A Pantera de Minas”, como o colunista Ibrahim Sued a chamava.
Aliás, Ibrahim foi um dos (muitos) namorados de Ângela, que foi casada com um
rico empresário, com o qual teve três filhos e cuja guarda, depois da separação,
ficou com o pai, em troca de uma rica pensão dada a Ângela, interpretada no
filme por Isis Valverde. O papel de Doca Street ficou com Gabriel Braga Nunes.
Também estão no elenco Bianca Bin, Chris Couto, Alice Carvalho, Gustavo Machado
e Emílio Orciollo Netto. Fora a ótima atuação de Isis, pouco há o
que se destacar no filme, que não se aprofundou, como deveria, na prisão e no
julgamento de “Doca Street”, fatos que só foram mencionados em letreiros antes
dos créditos finais. Enfim, fora a história, o filme nada acrescenta para justificar uma indicação entusiasmada.
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