Quando
assinou a direção do longa nacional “Dois Coelhos”, em 2012, o brasileiro
(santista, por sinal) Afonso Poyart
atraiu a atenção do pessoal de Hollywood. Daí surgiu o convite para dirigir o
suspense policial “PRESSÁGIOS DE UM CRIME” (“SOLACE”), com astros do porte de Anthony Hopkins,
Colin Farrell, Jeffrey Dean Morgan e Abbie Cornish, entre outros. A história,
escrita por Ted Griffin, é centrada na caça a um serial killer que está matando um monte de gente. Encarregados da
investigação, os agentes do FBI Joe Merriwether (Dean Morgan) e Khaterine
Cowles (Cornish) não conseguem pistas sobre o criminoso. Joe resolve pedir
ajuda ao Dr. John Clancy (Hopkins), que em outras oportunidades ajudou a
polícia a desvendar vários crimes utilizando seus poderes de vidente. Imagens
fantasmagóricas, aparições repentinas, alucinações. Tudo muito fantasioso para
o meu gosto. Não posso deixar de destacar, porém, o clima de tensão que acompanha
o filme do começo ao fim, além das cenas de ação, muito bem feitas, tudo num ritmo bastante acelerado, uma marca do diretor. Uma boa
estreia de Poyart, mais um brasileiro que desponta no cenário do cinema
mundial.
sexta-feira, 8 de abril de 2016
quarta-feira, 6 de abril de 2016
O
drama grego “MISS VIOLENCE”,
2012, é um dos filmes mais perturbadores dos últimos anos. Não recomendo aos espectadores
mais sensíveis. Escrito e dirigido por Alexandros Avranas, o filme acompanha o
cotidiano de uma família constituída de avô e avó, filhas e netos. A história
já começa de maneira trágica: durante a comemoração do seu aniversário de 11
anos, Aggelikie (Chloe Bolota) se mata pulando do apartamento. A partir daí, o
espectador é levado a querer descobrir os motivos que levaram a menina ao
suicídio. A polícia e assistência social também querem saber o que de fato
aconteceu. Aos poucos, o filme vai relevando o que se passa de sórdido naquela
família. Não faltam cenas de tortura psicológica, agressões verbais, tabefes
familiares, incesto, estupro, situações que tornam o filme ainda mais
desagradável e incômodo. A cada cena, o clima claustrofóbico e de tensão vai aumentando de forma constante, o que
revela o bom trabalho do diretor Avranas. Apesar de todo o contexto
desconfortável para o espectador, o filme é muito bom e o elenco melhor ainda,
com destaque para o trabalho do ator Themis Panou, o avô e vilão da história. No
Festival de Veneza 2013, quando foi exibido pela primeira vez, o filme recebeu os
prêmios de Melhor Diretor (Avranas) e Melhor Ator (Panou). Recomendo, mas
apenas para quem tem estômago forte.
segunda-feira, 4 de abril de 2016
O
drama “O BENFEITOR” (“The Benefactor”), EUA, 2015, direção de Andrew Renzi, traz Richard Gere como Franny, um ricaço
presidente de uma fundação que administra um grande hospital. Cinco anos depois
de provocar um acidente de trânsito que ocasionou na morte de um casal de
amigos, Franny, além de um grave ferimento na perna, que o obriga a andar de bengala
e tomar morfina, ainda carrega o trauma pela perda dos amigos. Ele se transformou
num homem irascível, prepotente e manipulador. Pior: viciado em morfina. Ele se
acha responsável pela vida da filha dos falecidos, Olivia (Dakota Fanning), que
está prestes a se casar com Luke (Theo James). Franny tentará comandar a vida
do jovem casal, interferindo nas suas decisões, o que acabará gerando conflitos e
desavenças. O astro Gere está bastante envelhecido e já provou ser um bom ator,
mas fez mais uma escolha infeliz, assim como aconteceu com seus dois filmes
anteriores, os fracos “O Encontro” (“Time Out of Mind”), onde interpreta um
morador de rua, e “O Exótico Hotel Marigold 2”. Em “O Benfeitor”, Gere tenta alcançar o tom dramático
exigido para o papel, mas sua atuação ficou forçada demais. Claro que a legião
de fãs do astro não deve perder o filme, relevando sua qualidade duvidosa.
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