“INTRUSÃO” (“INTRUSION”),
2021, Estados Unidos, 1h33m, disponível na plataforma Netflix, direção de Adam
Salky, seguindo roteiro assinado por Chris Sparling. Trata-se de um thriller
bastante tenso cuja história é centrada em um casal que resolve se mudar de
Boston (Massachusetts) para Corrales, no Novo México, praticamente do outro
lado do país. Não há muita explicação para essa mudança radical, a não ser
começar uma nova vida sem o estresse de uma grande cidade, mas tão longe assim? Henry Parsons (Logan
Marshall-Green) é um renomado arquiteto e seu sonho sempre foi construir uma
casa enorme, aquela que resolveu morar com a esposa Meera (Freida Pinto) em
Corrales. Meera é terapeuta juvenil e em poucos meses já atendia em seu consultório
na nova cidade. Uma noite, quando chegam em casa, percebem que alguém entrou e
revirou tudo, roubando apenas um laptop e um celular. Eles avisam a polícia,
que registra a ocorrência e promete investigar. O detetive Stephen Morse
(Robert John Burke) estranha que a casa não tenha alarme ou câmeras de
vigilância. Mais estranho ainda acontece dias depois, quando a casa é novamente
invadida por três homens, mas desta vez Henry e Meera estão presentes. Com uma
pistola que mantinha enterrada em um vaso, Henry consegue matar dois e mandar
um para o hospital em estado grave. No meio de toda essa confusão, a polícia
descobre que uma jovem está desaparecida. Ela é filha de um homem que trabalhou
na construção da casa. Para acrescentar uma dose a mais de mistério, Meera
começa a desconfiar que o marido está escondendo algum segredo, depois que viu
algumas fotos tiradas durante as obras. Além de garantir um clima bastante
tenso e alguns bons sustos, o filme conta ainda com uma trilha sonora das mais
eficientes, principalmente nos momentos de maior tensão. A atriz Freida Pinto, embora
nascida na Índia, é muito requisitada pelo cinema norte-americano e europeu, revelando-se
muito competente. Resumo da ópera, “Intrusão” é um bom programa para quem
curte filmes de suspense, garante dois ou três bons sustos e muita tensão até o
desfecho. E não como negar: Freida é uma gata.
sábado, 27 de agosto de 2022
quinta-feira, 25 de agosto de 2022
terça-feira, 23 de agosto de 2022
O famoso serial killer Ted Bundy, que nos anos 70 do século passado, sequestrou, estuprou e matou mais de 30 mulheres nos EUA, já foi personagem principal de vários filmes, séries e documentários. Agora, acaba de chegar à Netflix “TED BUNDY: A CONFISSÃO FINAL” (“NO MAN OF GOD”), 2021, Estados Unidos, direção de Amber Sealey, seguindo roteiro escrito por Kit Lesser. Este também é baseado em fatos reais, ou seja, as entrevistas que o agente e psicólogo do FBI Bill Hagmaier (Elijah Wood) fez com o assassino (Luke Kirby) ao longo dos anos 80 no corredor da morte – Ted foi executado em 1989. A missão de Hagmaier era entrar na mente de Bundy, delinear seu perfil psicológico e arrancar mais confissões. O filme destaca todas essas conversas, que se prestam mais a estudantes de psicologia do que a nós, espectadores normais. É um pouco cansativo acompanhar esses diálogos, mas a competência dos dois atores principais consegue diminuir um transcorrer entediante. Além de bom ator, Luke Kirby tem uma semelhança física incrível com o verdadeiro Ted Bundy. Não gostei da escolha de Elijah Wood para o papel do agente do FBI. Aos 40 anos, Wood continua com a mesma carinha infantil de Frodo, o seu personagem em “Senhor dos Anéis”. Além disso, é baixinho e, provavelmente, não teria passado em um critério físico para ser agente do FBI. Completam o elenco, entre outros, Robert Patrick, Aleksa Palladino, Jessica Lynn Skinner, Rachel Tysior, Christian Clemenson, W. Earl Brown, Tom Virtue, Mac Brandt e Hugo Armstrong. O filme é interessante. Não mais do que isso.
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
“ENTERRADO” (“ZELAZNY MOST”), 2019,
Polônia, disponível na plataforma Amazon Prime Video, 1h25m, longa-metragem de estreia
no roteiro e direção de Monika Jordan-Mlodzianowska, até então mais conhecida
como documentarista. E que ótima estreia. Monika realizou um drama que mistura romance,
suspense, traição, culpa e arrependimento. Kacper (Barlomiej Topa) é o melhor
amigo de Oskar (Lukasz Simlat). Trabalham juntos há anos em uma mina, saem
juntos para beber e Kacper, solteiro, frequenta a casa de Oskar, que é casado
com a bela Magda (Julia Kijowska). Numa noite de música e movidos a muita
vodka, Kacper e Magda acabam transando, enquanto Oskar curte um bêbado sono. Dessa
forma, começa o triângulo amoroso que resultará em uma tragédia. Apaixonado por
Magda, Kacper quer se livrar de Oskar (mui amigo esse Kacper). Com essa intenção,
Kacper, que é chefe de Oskar, o envia para um local perigoso da mina. Não dá
outra. Acontece um desmoronamento e Oskar fica soterrado. Logo em seguida é
iniciada uma grande operação de resgate, o que resultará em momentos de muita
angústia e tensão. Este é mais um excelente exemplar da nova safra de filmes do
moderno cinema polonês, que já nos contemplou recentemente com “Polônia à Flor
da Pele”, “Morte às Seis da Tarde”, “Entre Frestas”, Rede de Ódio”, “Interrompemos
a Programação” e “Como Me Apaixonei por um Gângster”, entre outros. “Enterrado”
também é de grande qualidade, tanto que conquistou o prêmio de Melhor Filme no
Winchester Film Festival 2021 (Inglaterra) e indicado para o prêmio “Golden
Lions” de Melhor filme no Polish Film Festival. A tradução do título para o
português não foi a melhor opção, já que o título original quer dizer “Ponte de
Ferro”. Cabe aqui destacar como um dos trunfos do filme a atuação da bela atriz
Julia Kijowska (“Nina”, de 2018). “Zelazny Most” é daqueles filmes que merecem ser
descobertos. É cinema de muita qualidade. Não perca!