BUSCA
SEM LIMITES (“COLLIDE”), 2016, coprodução Alemanha/Estados Unidos/Inglaterra, disponível
na plataforma Netflix, 1h39m, roteiro e direção de Eran Creevy. A história é
centrada no norte-americano Casey Stein (Nicholas Hoult), que resolveu se refugiar na Alemanha depois de se envolver em atividades ilícitas em seu país.
Na cidade de Colônia, Casey continuou no crime, vendendo drogas nas baladas
para o traficante turco Geran (Ben Kingsley), que por sua vez tem como sócio o mafioso
Hagen Kaal (Anthony Hopkins), um poderoso empresário do setor de transportes,
também envolvido com o tráfico – seus caminhões transportam as drogas. Quando
conhece a garçonete Juliette (Felicity Jones), Casey se apaixona e resolve
abandonar o crime. Só que Juliette revela que sofre de uma doença grave e
precisa urgentemente de um transplante de rim, mas não tem dinheiro para pagar a
operação. Diante disso, para conseguir a grana e salvar a vida da namorada, Casey
resolve realizar um último trabalho para Geran, na verdade um golpe contra
Hagen. O filme tem bastante ação e o maior destaque fica por conta das perseguições
nas ruas e estradas ao redor de Colônia, nas quais o diretor Creevy utiliza
carrões de marcas famosas, entre as quais Jaguar, Aston Martin e Mercedes. São
sequências muito bem realizadas, algumas de tirar o fôlego. Não há dúvida de
que a presença de astros como Anthony Hopkins e Ben Kingsley, além dos novatos
Nicholas Hoult (“Castelo de Areia”) e Felicity Jones (“A Teoria de Tudo”), serviu
para valorizar o filme, mas não a ponto de justificar uma recomendação
entusiasmada. De qualquer forma, como filme de ação, “Busca sem Limites” até que
é um bom entretenimento.
sexta-feira, 17 de julho de 2020
quarta-feira, 15 de julho de 2020
“ATÔMICA”
(“ATOMIC BLONDE”),
2017, Estados Unidos, 1h55m, direção de David Leitch. Trata-se de um filme de
ação e espionagem inspirado na HQ “Atomic – The Coldest City”, de Antony Johnston
e Sam Hart, que o roteirista Kurt Johnstead adaptou para o cinema. A história é
toda centrada em Lorraine Broughton (Charlize Theron), agente secreta do M16
(Serviço Secreto Britânico). Às vésperas da queda do muro de Berlim, em 1989,
Lorraine recebe a missão de viajar até a capital alemã para investigar a morte
de um agente inglês e descobrir o paradeiro de uma lista de espiões duplos que
forneciam informações para os russos durante a Guerra Fria. Só que a tal lista
também é disputada, além da Inglaterra, por agentes secretos da Rússia, França,
Estados Unidos e Alemanha. Imaginem a confusão em que Lorraine irá se meter,
mas ela briga bem e não tem medo de marmanjo. “Atômica” garante muitas
sequências empolgantes de ação. Nesse ponto, há que se destacar o trabalho da
atriz sul-africana Charlize Theron, que nesse filme está mais bonita do que
nunca. Ela não nega fogo somente com os inimigos, mas também entre os lençóis,
em cenas muito calientes com a atriz argelina Sofia Boutella. Além da beleza e
competência como atriz, o diretor David Leitch soube explorar de Charlize um
olhar fatal capaz de trincar vidros blindados. Resumindo, a atriz carrega o
filme nas costas, embora acompanhada por um excelente elenco: James McAvoy,
John Goodman, Eddie Marsan, Toby Jones e Till Schweiger. A trilha sonora, de
muito bom gosto, também apresenta papel fundamental na história: New Order,
David Bowie, Public Enemy, The Clash, George Michael e Queen, só para citar os
mais conhecidos. Há que se ressaltar também o ótimo trabalho na direção de
David Leitch, um especialista em filmes de ação, como comprovam “John Wick: De
Volta ao Jogo”, “Dead Pool 2” e Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw”,
entre outros. Produzido com um orçamento de US$ 30 milhões, “Atômica” rendeu
mais de US$ 90 milhões nas bilheterias, ou seja, um grande sucesso. Vale a
pena só por Charlize, mas os complementos também são ótimos. Imperdível!
segunda-feira, 13 de julho de 2020
“OLHOS
QUE CONDENAM” (“WHEN THEY SEE US”), 2019, Estados Unidos, minissérie em quatro
capítulos da Netflix, roteiro e direção de Ava DuVernay (do excelente “Selma”).
A história é baseada em fatos reais. Na noite do dia 19 de abril de 1989, um
grupo de mais de 30 adolescentes do Harlem resolveu tumultuar o ambiente
familiar do Central Park, assediando mulheres, xingando ciclistas e provocando
quem por ali passava. Ao mesmo tempo, perto dali, uma jovem corredora seria estuprada
e morta. No meio de toda aquela confusão, a polícia prendeu cinco adolescentes,
acusando-os do assassinato. Detalhe: a vítima era branca e os cinco rapazes
afrodescendentes, entre os 14 e 16 anos de idade. O caso, de grande repercussão
em todo o país, foi a julgamento e os jovens acabaram condenados, até que em
2002 aconteceria uma reviravolta (não vou entrar em detalhes para não estragar a
surpresa). A minissérie carrega no drama dos garotos, mostra como funcionaram os interrogatórios abusivos
da polícia, com muita tortura psicológica, o sofrimento das famílias, o
julgamento e o destino de cada um dos acusados. Nessa época, aliás, um tal de
Donald Trump, magnata do ramo imobiliário de Nova Iorque, fazia campanha para a
volta da pena de morte no Estado. Vamos ao excelente elenco: primeiro, os cinco
rapazes – Jharrel Jerome, Caleel Harris/Jovan Adepo (jovem/adulto), Marquis
Rodriguez/Freddy Miyares, Ethan Herisse/Chris Chalk, Asante Blackk/Justin
Cunningham; Vera Farmiga, Kylie Bunbury, Annjanue Ellis, Marsha Stephanie
Blake, Felicity Huffman, Michael K. Williams, William Sadler e Felicity
Huffman. Lembro ainda que entre os produtores estão Oprah Winfrey e Robert De
Niro. Nas primeiras semanas após sua estreia, dia 31 de maio de 2019, a minissérie
foi vista por 23 milhões de espectadores em todo mundo, ou seja, mais um grande
sucesso da Netflix. E vale todos os elogios, pois é excelente, forte e
impactante. Imperdível!
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