VIDA DUPLA (DOUBLE LIFE),
2023, Canadá, 1h29m, lançado recentemente pela Prime Vídeo, direção de Martin
Wood, seguindo roteiro assinado por Michael Hurst e Chris Sivertson. Este
suspense conta a história de uma viúva cujo marido, Mark Setter (Niall Matter),
um importante empresário, morre de forma misteriosa. Sharon Setter (Pascale
Hutton), a viúva, afirma à polícia que desconfia de um possível assassinato. O
mesmo pensamento passa por Jo Creuzot (Javicia Leslie), a fogosa amante do
falecido, que diz ter visto o amante negociar com um conhecido pilantra no bar
em que é atendente. Por um capricho do destino, viúva e a amante do morto
reunirão forças para descobrir o que de fato aconteceu, o que acaba complicando
o trabalho da detetive Traxler (Carmen Moore), encarregada de investigar o
caso. Como um dos clichês mais utilizados pelo cinema, vários suspeitos
atravessam o caminho das duas mulheres, que acabam se tornando amigas. Até
chegar o desfecho, elas correrão muito perigo. Completam o elenco John Cassini
e Vincent Gale. O motivo disso tudo é um pen drive que conteria informações
ligando um mafioso a um promotor público. O problema é que o roteiro não explica
com clareza esse envolvimento do falecido com o tal pen drive. As cenas
de ação são poucas, limitando-se às habilidades de luta de Jo, a amante de
Mark, uma morena que impõe respeito não apenas por ser boa de briga (a morenaça Javicia Leslie arrasa). Quem não exigir muito de qualidade cinematográfica pode curtir este suspense canadense sem culpa,
pois não chega a ofender nossa inteligência. Resumo da ópera, o resultado final chega perto de decepcionar.