BELFAST, 2021,
coprodução Inglaterra/Irlanda do Norte, 1h38m, disponível no Prime Vídeo, roteiro
e direção de Kenneth Branagh. Não me conformo, como cinéfilo amador, ter deixado de assistir a esta
pequena joia do cinema inglês quando de seu lançamento e superpremiado em vários festivais mundo afora. Baseado
nas suas recordações de infância, Kenneth Branagh criou um filme nostálgico,
dramático e, ao mesmo tempo, encantador, sensível e bem humorado. Toda a história é contada
sob a perspectiva de Buddy (Jude Hill), um garoto esperto de 8 anos que vive com a
família, pais e um irmão, em um bairro de trabalhadores de Belfast, capital da
Irlanda do Norte. Estamos em 1969, ano tumultuado para os irlandeses do norte,
principalmente devido aos conflitos constantes entre católicos e protestantes.
Buddy acompanha tudo com aquele interesse infantil aguçado, vivendo seu
cotidiano com a mãe (Caitriona Balfe) e o irmão adolescente (o pai trabalha na
Inglaterra e só retorna a Belfast duas ou três vezes por mês). O garoto mantém
uma ligação forte com o avô (Ciarán Hinds) e com a avó (Judi Dench), relacionamento
feito de diálogos delicados e sensíveis. Destaque para o desempenho dos atores
principais, o talentoso estreante Jude Hill, a maravilhosa Caitriona Balfe,
Jamie Dornan e os veteranos Judi Dench e Ciarán Hinds, todos ótimos em seus papéis.
Filmado em preto e branco, com uma fotografia exuberante do cipriota Haris
Zambaploukos, “Belfast” pode ser considerado uma crônica familiar e,
certamente, o filme mais pessoal do ator e diretor Kenneth Branagh. Indicado a
sete categorias no Oscar 2022, conquistou a estatueta com o prêmio de Melhor Roteiro Original.
Também conquistou o prêmio BAFTA de Melhor Filme Britânico e ainda o prêmio
People’s Choice Award (“Escolha do Público”) no Festival de Cinema de Toronto. Enfim,
um filme que merece ser visto por qualquer público. Imperdível!
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