Se você
gosta de um bom suspense, daqueles de tirar o fôlego e eriçar os pelos da nuca,
não perca de jeito nenhum “FRATURA” (“FRACTURED”), 2019, Estados Unidos,
1h40m, disponível na Netflix, direção de Brad Anderson, seguindo roteiro de
Alan B. McElroy. Começa o filme e você já começa a se contorcer na poltrona. A
caminho da casa de parentes para passar o Dia de Ação de Graças, Ray Monroe
(Sam Worthington), sua esposa Joanne (Lily Rabe) e filha Peri (Lucy Capri)
param num posto para comprar pilhas. A menina desce do carro para brincar
quando aparece um cachorro que a ameaça. Assustada, ela perde o equilíbrio e
cai num buraco, assim como o pai ao tentar segurá-la. Aparentemente nada de
grave aconteceu, mas Peri se queixa de dor no braço. Os pais a levam ao
hospital mais próximo. Aí sim que a situação vai virar um verdadeiro inferno, a
começar pelo péssimo atendimento na recepção. Enquanto a menina, acompanhada pela mãe,
é encaminhada ao setor de tomografia, Ray pega no sono na sala de espera e
quando acorda, horas depois, volta à recepção para saber notícias da filha e da
esposa. Ninguém sabe informar. Ray se revolta com a situação, fica agressivo e
acaba detido pelo segurança do hospital. Médicos, enfermeiras e até uma psiquiatra
são mobilizados para cuidar do caso. E todos acreditam que o rapaz está louco,
pois não encontraram nenhuma ficha referente à entrada da sua esposa e da
filha. E por aí vai o martírio de Ray até o desfecho surpreendente, mas até lá muita coisa
vai acontecer, inclusive várias reviravoltas. O ritmo do filme é intenso,
alucinante, não dá tempo de respirar. Méritos para o diretor Brad Anderson,
especialista no gênero suspense, como provou em “Refúgio do Medo”, “Beirute” e no
ótimo “Chamada de Emergência”, entre tantos outros. Portanto, recomendo que você não perca “Fratura”,
outro filmaço.