quinta-feira, 30 de junho de 2022

 

“SOBREVIVA AO JOGO” (“SURVIVE THE GAME”), 2021, Estados Unidos, disponível na plataforma Amazon Prime Video, 1h36m, direção de James Cullen Bressack, seguindo roteiro de Ross Peacock. Trata-se de um filme policial cuja história começa quando dois detetives tentam dar um flagrante numa gangue de traficantes. A estratégia não dá certo, os traficantes fogem levando como refém um dos policiais feridos na ação, o detetive David (Bruce Willis). O outro policial, Cal (Swen Temmel), sai em perseguição aos traficantes, que acabam invadindo uma fazenda, de propriedade do ex-soldado do exército Eric (Chad Michael Murray), cuja esposa e filha faleceram recentemente em um acidente. Com a ajuda de Eric, o detetive Cal tentará libertar o parceiro David e prender a quadrilha. Também estão no elenco Donna D’Errico, Kate Katzman, Sarah Roemer, Kristos Andrews, Sean Kanan e Michael Sirow. Mais uma enorme bobagem cinematográfica, talvez o pior filme deste século, mas com certeza deste ano. É um dos últimos filmes com o astro Bruce Willys, que recentemente anunciou o fim de sua carreira por motivos médicos – ele sofre de Afasia. Apesar de somar alguns créditos, Willys se despede de forma melancólica do cinema, pois nos últimos anos só fez porcaria, incluindo este “Sobreviva ao Jogo” e mais “Meia-Noite no Switchgrass”, “Ameaça no Espaço” e “Sobreviver à Noite”, entre tantos outros. “Sobreviva ao Jogo” realmente é o pior. Tudo é lamentável, desde o roteiro, o péssimo elenco e cenas de ação que lembram os filmes dos Trapalhões. Fuja a galope!     

terça-feira, 28 de junho de 2022

 

“VERDADE E JUSTIÇA” (“TÕDE JÁ ÕIGUS”), 2020, Estônia, 2h45m, disponível na plataforma Amazon Prime Video, primeiro longa escrito e dirigido por Tanel Toom, mais conhecido como diretor de curtas. A história é baseada no livro homônimo do romancista Anton Hansen Tammsaare (1878-1940), considerado um dos mais importantes escritores da literatura estoniana. Elogiadíssimo pela crítica, o filme representou a ex-república soviética na disputa do Globo de Ouro e do Oscar 2021. Trata-se de um grande clássico épico, que acompanha a família de Andres (Priit Loog) durante 24 anos a partir de 1872. Disposto a se aventurar pelo interior do país, Andres compra, a prestação, uma fazenda numa região inóspita e pantanosa conhecida curiosamente como “Ascensão do Ladrão”, antes chamada de “Campo dos Abetos”. Andres chega com a jovem esposa Krööt (Maiken Schmidt), que está grávida. O casal enfrentará inúmeros desafios pela frente, principalmente muito trabalho,  além de um vizinho bêbado e encrenqueiro, Pearu (Priiit Võigemast). Os dois vivem às turras e acabam sempre no tribunal do vilarejo. O desafio maior, porém, são os filhos gerados por Krõõt, seis em poucos anos. A história acompanha a trajetória de muitos sacrifícios dessa família, gerando um drama muito pesado e triste, mas poderoso ao extremo. Além da história e do excelente elenco, a fotografia, de Rein Kotov – o mesmo do ótimo “Tangerinas”, de 2013 – é outro trunfo do filme, explorando ambientes internos e os cenários selvagens que permeiam a região. O filme é bastante lento, o que levou um crítico de mau humor a afirmar que se trata de “forte candidato ao maior ansiolítico cinematográfico de 2020”. Realmente, é lento demais, mas com muita qualidade. Filmaço!