“CRUZANDO A LINHA” (“THE
GATEWAY”),
2022, Estados Unidos, disponível na plataforma Netflix, 1h31m, segundo longa-metragem
dirigido pelo cineasta italiano Michele Civetta (o primeiro foi “The Executrix”,
em 2020), que também assina o roteiro com a colaboração de Alex Felix Bendaña e
Andrew Levitas. A história é centrada no assistente social Parker Jode (Shea
Whigham), que leva muito a sério sua profissão, cuidando de famílias
desestruturadas em Saint Louis. Uma delas é a de Dhalia (Olivia Munn), mãe solteira de Ashley
(Taegen Burns) e cujo namorado Mike (Zach Avery) sai da prisão depois de
cumprir uma pena de quatro anos. Ele volta para casa e, cheio de ciúmes por
Dhalia ter arrumado um namorado, acaba retornando à rotina de espancar Dhalia
na frente da filha. Além disso, Mike também volta para a gangue chefiada por
Duke (Frank Grillo) e se envolve no roubo de uma carga de cocaína. No meio de
toda essa agitação, Parker tenta proteger Dhalia, o que lhe acarreta muitos
problemas. Também estão no elenco Bruce Dern, Alexander Wraith, Mark Boone Jr.,
Taryn Manning e Keit David. Em sua concepção, “Cruzando a Linha” adotou o clima
dos filmes policiais noir dos anos 80, carregando na atmosfera pesada e no baixo-astral. O personagem Parker é o maior exemplo. Vive depressivo, fuma e
bebe sem parar, frequenta bares de segunda e não dá um sorriso. Trocando em
miúdos, achei o filme muito bom e recomendo.