“SAYEN”, 2023,
Chile, 1h36m, produção original e distribuição Prime Video, direção de
Alexander Witt (“Resident Evil 2: Apocalipse”), seguindo roteiro assinado por
Patricio Lynch, Julio Rojas e Carla Stagno. Este talvez seja o primeiro filme
de ação feito pelo cinema chileno. Não me lembro de outro. O tema da
história está em grande evidência há anos: a exploração dos indígenas pelos
homens brancos. No caso de “Sayen”, os brancos representam uma grande
corporação internacional que almeja comprar terras ao sul do Chile, nas florestas da Araucanía, para
exploração de cobalto. Só que nelas vivem os índios Mapuche, que ser recusam a vendê-las
e muito menos deixar que a explorem. Uma grande empresa sediada na Espanha
resolve conquistar as terras à força, utilizando mercenários violentos. Quando Ilwen
Lemunko (Teresa Ramos), proprietária de uma parte dessas terras, é assassinada
ao se negar a vendê-las, sua neta Sayen (Rallen Montenegro) parte para a
vingança. Aí ninguém segura a índia vingativa, que se aproveita da vivência nas
florestas para ir atrás dos assassinos de sua avó. Entre as cenas de ação, o
roteiro destaca mensagens contra os invasores de terras indígenas e ainda
coloca em discussão as atitudes que afetam o meio ambiente. Completam o elenco
Arón Piper, Roberto García Ruiz, Loreto Aravena, e Enrique Arce. O filme é
bastante interessante e esclarecedor, tem boas cenas de ação e um roteiro bem
elaborado. Recomento, principalmente, para o público ligado à proteção do meio
ambiente.