“ÁGUAS
QUE CORROEM” (“RUST CREEK”), 2018, Estados Unidos, 1h48m, direção de Jen
McGowan, seguindo roteiro de Julie Lipson e Stu Pollard. Trata-se de um
suspense policial independente, produzido com poucos recursos e com atores não
muito conhecidos. A história começa quando a jovem Sawyer Scott (Hermione Corfield)
recebe um telefonema convocando-a para uma entrevista de emprego em Washington,
justamente na semana do feriado prolongado do Dia de Ação de Graças. Pouco
depois de ingressar na estrada principal, ela recebe a informação do GPS de que
mais adiante há um congestionamento. Ela então prefere arriscar uma estrada
vicinal e, mesmo com a ajuda do GPS, acaba se perdendo. Quando estaciona no acostamento
para examinar um mapa, ela é surpreendida por dois sujeitos mal-encarados, que,
depois descobriremos, são os irmãos Hollister (Micah Hauptman) e Buck (Daniel
R. Hill). A dupla logo se mostra agressiva com a garota, tentando agarrá-la e, certamente,
estuprá-la. Só que Sawyer é esperta e consegue se livrar deles, abandonando o
carro e se embrenhando na floresta. Os irmãos saem em seu encalço e ela terá
que se esconder para não ser capturada. Ela acaba sendo achada no meio da mata,
machucada e com fome, pelo morador de um trailer, um tal de Lowell (Jay
Paulson), traficante de drogas e, pior, primo de Hollister e Buck. E assim, até
o desfecho, a garota enfrentará uma perseguição desenfreada, que mais tarde
incluirá até mesmo um xerife corrupto. O destaque negativo do filme fica por
conta de uma aula bastante didática de como produzir anfetamina, o que não deve
ter agradado em nada as autoridades norte-americanas antidrogas, muito menos os
pais que têm filhos adolescentes. Portanto, se você for um deles, tome muito
cuidado ao assistir. Trocando em miúdos, trata-se de um suspense que prende a
atenção até o final. Não é nenhuma Brastemp, mas também não chega a ser uma
geladeira de isopor.