domingo, 8 de agosto de 2021

 

“TERAPIA DO MEDO”, 2021, Brasil, produção Globo Filmes, distribuição Netflix, 1h24m, roteiro e direção de Roberto Moreira. Produzido em 2017, seu lançamento atrasou e sua estreia nos cinemas ficou para 2020, mas em razão da pandemia de Covid/19 saiu direto para a Netflix (estreou dia 4 de agosto de 2021). Trata-se de um terror psicológico na base de vozes do além, alguns sustos, possessão e a aparição de espíritos mal resolvidos. Apesar da maioria das críticas ser desfavorável, não achei tão ruim. Pelo contrário, dá para assistir numa boa. Vamos à história. Clara e Fernanda são irmãs gêmeas idênticas (ambas interpretadas por Cléo Pires, filha da Glória). Elas formam uma dupla campeã de vôlei de praia – uma grande forçada de barra do roteiro, já que Cléo tem apenas 1m60. Clara se tratava com o dr. Bruno, um psicoterapeuta especializado em hipnose e regressão. Quando ela sofre um grave acidente de moto que matou o seu namorado e técnico, Clara entra em depressão profunda e acaba numa cadeira de rodas, completamente catatônica, sem responder a qualquer tipo de estímulo. Diante desse quadro, sua irmã Fernanda volta a procurar o dr. Bruno. Ao examinar Clara, ele decide levá-la para sua casa de praia, um enorme casarão onde seu pai, Dr. Afonso (Kiko Bertholini), também psicoterapeuta, tratava antigamente de alguns pacientes graves, utilizando métodos alternativos de terapia. Dr. Bruno acredita que pode ajudar Clara com a mesma forma de tratamento. Como logo seria descoberto, Clara estava possuída pelo espírito de uma menina, uma tal de Lúcia. Aos poucos, o roteiro vai explicando de quem eram aqueles espíritos e o que aconteceu para ficarem tão vingativos, terminando com uma surpreendente revelação. Trocando em miúdos, “Terapia do Medo”, embora tenha uma narrativa bastante arrastada e lenta, prende a atenção e ainda oferece de quebra alguns bons momentos de suspense. Embora o papel duplo seja bastante difícil, fica evidente que Cléo Pires não tem o talento da mãe, Glória. No mais, devo destacar o trabalho da atriz Andressa Cabral como Ingrid, mãe do Dr. Bruno, personagem que terá papel relevante na história.      

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