quinta-feira, 12 de agosto de 2021

 

“O DIVINO BAGGIO” (“IL DIVIN CODINO”), 2021, Itália, 1h32m, direção de Letizia Lamartire, seguindo roteiro assinado por Ludovica Rampoldi e Stefano Sardo. Trata-se de um drama biográfico que explora os bastidores da carreira e a vida pessoal do jogador de futebol italiano Roberto Baggio, que se transformou em grande ídolo em seu país em 22 anos de carreira. Disputou três Copas do Mundo pela seleção italiana e ganhou a Bola de Ouro em 1993. Começou a carreira no Vicenza, da 2ª Divisão, e logo chegou à Fiorentina. Depois, ainda jogou na Juventus, Milan, Bologna, Internazionale e no Brescia. Aqui no Brasil, ele ficou mais conhecido depois que perdeu aquele pênalti na final da Copa do Mundo contra a nossa seleção em 1994. Aliás, esse trauma o atormentaria pelo resto de sua carreira. O filme destaca aspectos importantes da sua vida pessoal e esportiva, como a relação difícil com o pai, as lesões que sofreu, a conversão ao budismo e, principalmente, os conflitos com seus principais treinadores, em especial com Arrigo Sacchi. Além daquele pênalti fatídico contra o Brasil, Baggio, chamado de “Roby” pelos mais íntimos, também sofreu uma grande decepção quando não foi convocado para a Copa de 2002 no Japão e na Coreia do Sul. Ele queria enfrentar o Brasil novamente e apagar aquela imagem do pênalti perdido. Baggio é interpretado pelo ator Andrea Arcangeli, cuja caracterização como o craque italiano é o ponto alto do filme. Também estão no elenco Valentina Bellè, como sua esposa Andreina Fabbi; Antonio Zavatteri como o técnico Arrigo Sacchi; e Andrea Pennacchi como Florindo, seu pai. É evidente que “O Divino Baggio” é destinado ao público masculino que gosta de futebol. E, por isso, o filme seria muito melhor se mostrasse algumas cenas dos lances do craque no campo, comprovando o seu talento. Essa ausência acabou prejudicando demais o resultado final.       

Nenhum comentário: