“O
DIVINO BAGGIO” (“IL DIVIN CODINO”), 2021, Itália, 1h32m, direção de Letizia
Lamartire, seguindo roteiro assinado por Ludovica Rampoldi e Stefano Sardo.
Trata-se de um drama biográfico que explora os bastidores da carreira e a vida
pessoal do jogador de futebol italiano Roberto Baggio, que se transformou em
grande ídolo em seu país em 22 anos de carreira. Disputou três Copas do Mundo
pela seleção italiana e ganhou a Bola de Ouro em 1993. Começou a carreira no
Vicenza, da 2ª Divisão, e logo chegou à Fiorentina. Depois, ainda jogou na
Juventus, Milan, Bologna, Internazionale e no Brescia. Aqui no Brasil, ele
ficou mais conhecido depois que perdeu aquele pênalti na final da Copa do Mundo
contra a nossa seleção em 1994. Aliás, esse trauma o atormentaria pelo resto de
sua carreira. O filme destaca aspectos importantes da sua vida pessoal e esportiva, como a
relação difícil com o pai, as lesões que sofreu, a conversão ao budismo e,
principalmente, os conflitos com seus principais treinadores, em especial com
Arrigo Sacchi. Além daquele pênalti fatídico contra o Brasil, Baggio, chamado de
“Roby” pelos mais íntimos, também sofreu uma grande decepção quando não foi convocado
para a Copa de 2002 no Japão e na Coreia do Sul. Ele queria enfrentar o Brasil
novamente e apagar aquela imagem do pênalti perdido. Baggio é interpretado pelo ator Andrea Arcangeli, cuja
caracterização como o craque italiano é o ponto alto do filme. Também estão no
elenco Valentina Bellè, como sua esposa Andreina Fabbi; Antonio Zavatteri como o
técnico Arrigo Sacchi; e Andrea Pennacchi como Florindo, seu pai. É
evidente que “O Divino Baggio” é destinado ao público masculino que gosta de
futebol. E, por isso, o filme seria muito melhor se mostrasse algumas cenas dos
lances do craque no campo, comprovando o seu talento. Essa ausência acabou
prejudicando demais o resultado final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário