“O
GUIA DA FAMÍLIA PERFEITA” (“LE GUIDE DE LA FAMILLE PARFAITE”), 2021, Canadá, 1h42m, direção
de Ricardo Trogi, que também assina o roteiro com a colaboração de François
Avard, Jean-François Léger e Louis Morissette, este último o ator principal do
filme. Drama familiar cujo pano de fundo lembra aquela velha frase que diz “Filho
não vem com manual de instrução”. O roteiro trabalha com a expectativa dos pais
em relação à educação e ao futuro dos filhos. Com pitadas de humor, diálogos
afiados e muita psicologia, o filme retrata os problemas da relação do casal
Martin (Louis Morissette) e Marie (Catherine Chabot) com seus filhos, a
adolescente Rose (Émile Bierre) e o pirralho Mathis (Xavier Lebel). A mais
problemática é Rose, de 16 anos, filha do primeiro casamento de Martin com
Caroline (Isabelle Guérard). Típica rebelde sem causa, Rose apronta no colégio,
enfrenta o pai e a madrasta e se recusa a seguir as regras da casa. Ela se
sente pressionada pelo pai, que exige notas altas e que seja a melhor no time
de hóquei no gelo. Mathis é um menino na faixa dos quatro anos, muito
mal-educado e mimado. Quando não gosta da comida, joga o prato longe e não
recebe nenhuma bronca. E, pior, sempre aparece no quarto dos pais quando eles
tentam começar uma transa – o famoso empata. A falta de bronca no menino é uma
das causas de revolta de Rose, que exige uma punição ao menino. O ponto central do filme
é realmente a relação direta entre pai e filha. Falado em francês, o filme é
uma produção original da Netflix, uma opção bem light especialmente dedicada
aos pais que têm dificuldade de lidar com os filhos – o que é geral no mundo de
hoje, assim como era ontem e continuará sendo sempre. Como diz o velho
ditado, “Quem tem filhos têm cadilhos”. O filme canadense é ótimo, merece ser
conferido.
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