“UMA MÃE CONTRA UM PAÍS” (“MRS.
CHATTERIEE VS NORWAY”), 2023, Índia, em cartaz na Netflix, 2h13m,
direção da cineasta Ashima Chibber, que também assina o roteiro juntamente com Rahul
Handa e Sameer Satija. Drama para fazer chorar os espectadores mais sensíveis,
principalmente as mães. Baseada em fatos reais, a história é centrada em Debika
Chatterjee (Rani Mukerji), uma imigrante indiana vivendo na Noruega com o
marido Aniruddha Chatterjee (Anirban Bhattacharya) e dois filhos pequenos.
Desde que chegaram ao novo país, a família era continuamente visitada por
assistentes sociais que verificavam as condições em que eles viviam.
Demonstrando uma acentuada xenofobia, as assistentes relatavam que a situação na
casa dos Chatterjee não era condizente com os costumes locais, o que revela um grande choque cultural. Por exemplo,
relatavam que eles comiam com a mão e o pai não ajudava a mulher em casa, além
da desconfiança dele bater na esposa. Resumindo, o governo norueguês retirou a
guarda dos filhos, doando-os a uma família norueguesa. A partir daí, Debika
lutará com unhas e dentes, corpo e alma, pelos filhos, chegando até mesmo a
sequestrá-los. O caso cresceu quando chegou às cortes norueguesas e, depois,
aos tribunais indianos. O drama é recheado daquelas cantorias irritantes comuns
aos filmes de Bollywood, mas, nesse caso, pelo menos as letras têm tudo a ver
com a história. A luta dessa mãe guerreira emociona. Nos créditos
finais, a verdadeira mãe – Sagarina Chakraborty – aparece em fotos juntamente com
os filhos.