sábado, 6 de setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
“BELLE”, 2013, dirigido por Amma Asante, é um
drama inglês de época ambientado na segunda metade do Século XIII na
Inglaterra. A história, verídica, é baseada na vida de Dido Elizabeth “Belle”, uma
mulata filha de um Capitão da Marinha e uma escrava. O pano de fundo do filme é
justamente o início de uma campanha na Inglaterra para abolir a escravidão. O filme
começa com o capitão John Lindsay (Matthew Goode) indo buscar “Belle” para levá-la
aos cuidados do tio, Lord Mansfield (Tom Wilkinson), e da tia, Lady Mansfield
(Emily Watson), que muito a contragosto acolhem a menina, que vai crescer ao
lado da prima branca Elizabeth Murray (Sara Gadon). “Belle” é finalmente aceita
pela família e até começa a chamar os Mansfield de pai e mãe. Ela recebe a
melhor educação possível, mas é discriminada nos almoços e jantares quando há
convidados. Segundo a etiqueta da época, é uma ofensa que uma pessoa de cor desfrute
da companhia de convidados numa mesa. A situação de “Belle” e outros fatos
ligados à questão escravagista influenciarão as futuras decisões de Lord
Mansfield, na ocasião o mais importante magistrado da Inglaterra. Apesar desse
pano de fundo, vamos dizer sério, o filme dá muito destaque aos flertes de
jovens, intenções casamenteiras das famílias e muito blá-blá-blá do tipo “olha
como ele é simpático”, naquela fala empolada da época. Isso tudo deixa o filme
com cara de novela, o que tira um pouco do seu mérito. Mas não o descarte. Além
da história em si, o filme vale pelos cenários suntuosos, pelos figurinos e
pela espetacular reconstituição de época.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
“CONGELADO” (“FREEZER”),
2013, EUA, é um drama de suspense dirigido por Mikael Solomon. A história: o
mecânico Robert Saunders (Dylan McDermott) acorda dentro de um contêiner/frigorífico
com peças de carne. Não sabe por que está ali. A única certeza é de que está um
frio bárbaro e, se não sair logo, morrerá congelado. Ou seja, entrou literalmente
numa grande fria. Um tempo depois, dois homens e uma mulher, todos russos, entram
no frigorífico e querem saber de Saunders onde estão os 8 milhões de dólares
que ele roubou do chefão Oleg. Ele diz que não tem nada a ver com isso, que
eles pegaram o carro errado. Saunders leva uma surra, é ameaçado de morte e continua
congelando. Mesmo assim, consegue fazer piadinhas sobre a sua situação. O filme
continua com o entra e sai dos russos no contêiner e as tentativas de Saunders
de fugir dali. O roteiro absurdo ainda abre espaço para o surgimento de um
policial ferido escondido no contêiner. Uma reviravolta - pra lá de ridícula - no
desfecho consagra a mediocridade desse filme, que termina sem explicar como
tudo aconteceu ou começou. Tirando uma ou outra piadinha de Saunders e a beleza
da atriz russa Yuliya Snigir, nada se aproveita desse abacaxi. No final, a
conclusão mais do que óbvia: na realidade, quem entrou numa fria foi você.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014


segunda-feira, 1 de setembro de 2014
“ACONTECEU EM SAINT-TROPEZ” (“Des
Gens qui S’Embrassent”), 2013, é uma comédia francesa dirigida por Danièle
Thompson. A história gira em torno de dois irmãos judeus, o milionário Ronie
(Kad Merad) e o violinista clássico Zef (Eric Elmosnino). Ronie mora em Paris e
Zef está em turnê por Nova Iorque. Começa o filme com Ronie e sua esposa
Giovanna (a musa Monica Bellucci) às voltas com os preparativos da festa de
casamento da filha Melita (Clara Ponsot). Dois dias antes do casório, porém, a
esposa de Zef morre atropelada em Nova Iorque. Como a família dela também é
francesa, o corpo deve ser removido para Paris. Como conciliar uma festa de
casamento com um velório no mesmo dia, para os quais os convidados são os mesmos?
Paralelamente a esta situação inusitada, várias outras surgem no meio do
caminho, como as peripécias do velho Aron (Ivry Gitlis), chefe do clã, que está com
Alzheimer, a traição do noivo com outra integrante da família e por aí vai filme
adentro com uma incontável série de divertidas confusões. O filme tem locações em
Nova Iorque, Londres, Paris e Saint-Tropez. Se não bastasse ser bastante
engraçado, o filme ainda apresenta, como atração adicional, a presença de três belas
e competentes atrizes: Monica Bellucci, é claro, Lou de Laâge e Clara Ponsot.

domingo, 31 de agosto de 2014
Tudo leva a crer que é um filme de Woody Allen. Os cenários destacam Nova
Iorque, mais especificamente o bairro judeu do Brooklyn, a trilha é feita de
jazz anos 30/40, tem piadas com judeus e os diálogos são construídos com aquela
ironia característica do grande diretor. Com o transcorrer do filme, porém,
você vai descobrir que “AMANTE A
DOMICÍLIO” (“Fading Gigolô”), 2013, não é um Allen genuíno, e sim uma imitação,
reforçada pela presença do próprio Woody Allen no elenco. Na verdade, o filme
foi escrito e dirigido por John Turturro, que também é o protagonista principal.
Ele é Fioravante, funcionário de uma floricultura. Seu amigo Murray (Allen) está
sem dinheiro e não sabe o que fazer. Até surgir a ideia de ser o gigolô de um “garoto
de programa”, justamente Fioravante. A primeira “cliente” é a dra. Parker
(Sharon Stone, ainda em grande forma), seguindo-se a socialite Selemina (a
vulcânica atriz colombiana Sofia Vergara) e Avigal (Vanessa Paradis), viúva de
um rabino. Com seu jeito tímido, Fioravante cai nas graças da clientela. Mesmo anunciado como comédia, o humor
do filme é morno e a história não engrena. Resumo da ópera, ou melhor, do
filme: Turturro não é Allen.
Assinar:
Postagens (Atom)