“SAYEN: A ROTA SECA” (“SAYEN: LA RUTA SECA”), 2023, Chile, 1h33m, em cartaz no Prime Vídeo,
direção de Alexander Witt, seguindo roteiro assinado por Leticia Akel, Julio
Rojas e Paula Del Fierro. Este é o segundo filme com a mesma heroína, a índia
Sayen (Rallen Montenegro), da tribo Mapuche. No primeiro, também dirigido por
Witt, ela resolve se vingar de um empresário que queria comprar as terras da
família de Sayen e, diante da recusa, mataram a avó dela. Neste segundo, a
índia, treinada para ser uma guerreira weichave, resolve lutar contra uma
empresa multinacional que quer explorar o deserto de Atacama à procura de
lítio, elemento químico de alto valor utilizado, principalmente, pelas
indústrias farmacêuticas para a fabricação de remédios. Com a ajuda de Quimal
(Katalina Sánchez) e de um traficante, Gaspar (Jorge López), Sayen tentará provar
e denunciar o esquema de corrupção entre o empresário Máximo Torres (Enrique
Arce), o vilão do primeiro filme, e o senador Salazar (Alfredo Castro, o grande
astro chileno). Torres é o presidente de uma corporação internacional que está
destruindo as terras e devastando os ecossistemas no Chile. Embora o pano de
fundo seja político, o filme é repleto de cenas de ação, com muitas
perseguições e pancadaria – Sayen é boa de briga. Somando os prós e os contras,
o filme tem mais prós, principalmente por ser um inusitado filme de ação
chileno, gênero não muito explorado pelo cinema daquele país.