sexta-feira, 27 de outubro de 2023

 

“SAYEN: A ROTA SECA” (“SAYEN: LA RUTA SECA”), 2023, Chile, 1h33m, em cartaz no Prime Vídeo, direção de Alexander Witt, seguindo roteiro assinado por Leticia Akel, Julio Rojas e Paula Del Fierro. Este é o segundo filme com a mesma heroína, a índia Sayen (Rallen Montenegro), da tribo Mapuche. No primeiro, também dirigido por Witt, ela resolve se vingar de um empresário que queria comprar as terras da família de Sayen e, diante da recusa, mataram a avó dela. Neste segundo, a índia, treinada para ser uma guerreira weichave, resolve lutar contra uma empresa multinacional que quer explorar o deserto de Atacama à procura de lítio, elemento químico de alto valor utilizado, principalmente, pelas indústrias farmacêuticas para a fabricação de remédios. Com a ajuda de Quimal (Katalina Sánchez) e de um traficante, Gaspar (Jorge López), Sayen tentará provar e denunciar o esquema de corrupção entre o empresário Máximo Torres (Enrique Arce), o vilão do primeiro filme, e o senador Salazar (Alfredo Castro, o grande astro chileno). Torres é o presidente de uma corporação internacional que está destruindo as terras e devastando os ecossistemas no Chile. Embora o pano de fundo seja político, o filme é repleto de cenas de ação, com muitas perseguições e pancadaria – Sayen é boa de briga. Somando os prós e os contras, o filme tem mais prós, principalmente por ser um inusitado filme de ação chileno, gênero não muito explorado pelo cinema daquele país.         

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

 

“MISSÃO DE SOBREVIVÊNCIA” (“KANDAHAR”), 2023, lançamento Prime Vídeo, coprodução Estados Unidos/Arábia Saudita, 1h59m, direção de Ric Roman Waugh, com roteiro assinado por Mitchell Lafortune. Mais um filme de ação com o ator escocês Gerard Butler, que já havia trabalhado com o diretor Waugh em “Invasão ao Serviço Secreto” e “Destruição Final: O Último Refúgio”. Em “Missão de Sobrevivência”, Butler é o agente secreto Tom Harris, emprestado à CIA pelo serviço secreto inglês (MI6) para explodir uma fábrica de armas nucleares no Irã. Logo depois, o agente seria contratado para uma missão no Afeganistão, só que sua identidade foi descoberta e, a partir daí, ele passa a ser perseguido por talibãs, integrantes do Estado Islâmico, jihadistas paquistaneses e por um assassino contratado pelas autoridades iranianas. Para se livrar dos seus perseguidores, Tom precisa chegar rápido a uma base aérea de resgate em Kandahar. Para ajudá-lo, ele contrata um intérprete afegão, Mohammad “Mo” Doud (Navid Negahban). Daí pra frente é só perseguição pelo deserto e muita ação, explosões e tiroteios, tudo filmado com muita competência (as filmagens aconteceram no deserto e em cidades da Arábia Saudita). Completam o elenco Travis Fimmel, Ali Fazal, Tom Rhys Harries, Olivia-Mai Barrett e Nina Toussaint-White. Para escrever o roteiro, Mitchell Lafortune colocou no papel suas lembranças do tempo em que serviu em missões no Afeganistão como oficial da Inteligência de Defesa. Trocando em miúdos, este é mais um mais bom filme de ação para assistir comendo pipoca.           

domingo, 22 de outubro de 2023

 

“CIDADE PERDIDA” (“THE LOST CITY”), 2022, Estados Unidos, 1h52m, em cartaz na Netflix, direção dos irmãos Aaron e Adam Nee, seguindo roteiro escrito por Oren Uziel e Dana Fox. Comédia romântica e de aventura com um elenco de primeira (Sandra Bullock, Channing Tatum, Daniel Radcliffe e Brad Pitt, este último numa rápida participação especial). A escritora Loretta Sage (Bullock), especialista em romances de aventura na linha Indiana Jones, é sequestrada durante o lançamento do seu último livro. O responsável pelo sequestro é o bilionário excêntrico Abigail Fairfax (Radcliffe), que acredita ser de verdade a cidade perdida descrita no romance e que oculta preciosos tesouros. O aspirante a ator e modelo Dash McMahon (Tatum), que aparece com destaque nas capas dos livros de Loretta, resolve ir atrás da escritora e tentar libertá-la do bilionário maluco. Para isso, junta-se a um ex-soldado mercenário (Brad Pitt). Realmente a tal cidade perdida existe e para lá vão o bilionário e sua gangue, além de Loretta e Dash. Mesmo que Bullock tente ser engraçada, seu personagem não passa de uma figura patética. Pior é Channing Tatum, cujo papel é de um herói aparentemente com deficiência mental – papel certo para um péssimo ator. Completam o elenco Da'Vine Joy Randolph, Patti Harrison, Stephen Lang e Oscar Nuñez. Os diálogos são lamentáveis, para não dizer ridículos. A não ser pelas cenas de ação com Brad Pitt, o restante não colabora em nada com algo perto do bom senso. Desta vez, Hollywood pisou na bola, com um filme que ofende nossa inteligência e não traz nada de emocionante ou engraçado, como se espera de um filme de aventura. Se Ibrahim Sued fosse vivo e crítico de cinema, escreveria “Bomba, Bomba, Bomba!”. Eu acrescentaria: “Nuclear”.