sábado, 8 de abril de 2017

                                               

“ALIADOS” (“Allied”), 2016, EUA, roteiro de Steven Knight e direção do veterano Robert Zemeckis (“O Voo”, “Náufrago”). Ambientado no início dos anos 40 em plena Segunda Guerra Mundial, conta a história do oficial canadense Max Vatan (Brad Pitt) e da militante da resistência francesa Marianne Beausejour (Marion Cotillard), recrutados como espiões e com a missão de assassinar um embaixador alemão em Casablanca, no Marrocos. Eles fingem ser casados, mas, claro, acabam se apaixonando. Após a missão cumprida, eles se casam de verdade e vão morar na Inglaterra. Felizes para sempre? Ledo engano! O serviço secreto inglês começa a desconfiar que Marianne é, na verdade, uma espiã a serviço dos nazistas. Aí o caldo engrossa e Max é obrigado a vigiar a patroa e, se for o caso, assassiná-la. Há algumas referências claras ao clássico “Casablanca”: a pianista que toca “A Marselhesa” num bar repleto de alemães, a cena final em meio aos aviões e, principalmente, os figurinos usados pelos principais protagonistas. O filme, aliás, disputou o Oscar 2017 na categoria “Melhor Figurino”, sua única indicação. A atriz francesa Marion Cotillard, que já havia conquistado um Oscar de “Melhor Atriz” por “Piaf – Um Hino ao Amor”, dá conta do recado, mas Brad Pitt atua no piloto automático, comprovando mais uma vez não ser um grande ator. Segundo os fofoqueiros de plantão, Marion e Pitt tiveram um caso durante as filmagens, o que resultou na separação entre o ator e Angelina Jolie. Não acredito, pois a atriz francesa estava grávida e, além disso, é casada. Será que foi uma jogada de marketing para promover o filme? De qualquer forma, trata-se de uma história bastante interessante e cheia de suspense.    

segunda-feira, 3 de abril de 2017

“MANCHESTER À BEIRA-MAR” (“MANCHESTER BY THE SEA”) teve seis indicações ao Oscar 2017, inclusive de Melhor Filme (perdeu para “Moonlight”), mas conseguiu que Casey Affleck (irmão mais moço do Ben) ganhasse o prêmio de Melhor Ator. Trata-se de um filme altamente depressivo, repleto de tragédias, e quem sofre mais é justamente Lee Chandler, o personagem interpretado por Affleck. Para explicar porque ele se transformou num homem  triste e melancólico, o roteirista e diretor Kenneth Lonergan (“Conte Comigo”) recorreu a inúmeros flashbacks que se alternam com a ação do presente até o desfecho. O filme começa e mostra Lee Chandler morando em Boston, onde trabalha como zelador de dois edifícios. Vive isolado e deprimido. Para piorar, recebe a notícia de que seu irmão Joe Chandler (Kyle Chandler) acabara de morrer, deixando órfão seu filho adolescente Patrick (Lucas Hedges). A situação provoca o retorno de Lee à sua cidade natal Manchester, onde terá de se confrontar com a ex-esposa Randi (Michelle Williams) e remoer uma tragédia do passado. Mas é o relacionamento difícil e conflituoso com o sobrinho Patrick que garante ao filme as melhores cenas e os diálogos mais afiados. Um bom filme que merece ser visto, sem dúvida valorizado pelo ótimo desempenho de Casey Affleck.