segunda-feira, 3 de abril de 2017

“MANCHESTER À BEIRA-MAR” (“MANCHESTER BY THE SEA”) teve seis indicações ao Oscar 2017, inclusive de Melhor Filme (perdeu para “Moonlight”), mas conseguiu que Casey Affleck (irmão mais moço do Ben) ganhasse o prêmio de Melhor Ator. Trata-se de um filme altamente depressivo, repleto de tragédias, e quem sofre mais é justamente Lee Chandler, o personagem interpretado por Affleck. Para explicar porque ele se transformou num homem  triste e melancólico, o roteirista e diretor Kenneth Lonergan (“Conte Comigo”) recorreu a inúmeros flashbacks que se alternam com a ação do presente até o desfecho. O filme começa e mostra Lee Chandler morando em Boston, onde trabalha como zelador de dois edifícios. Vive isolado e deprimido. Para piorar, recebe a notícia de que seu irmão Joe Chandler (Kyle Chandler) acabara de morrer, deixando órfão seu filho adolescente Patrick (Lucas Hedges). A situação provoca o retorno de Lee à sua cidade natal Manchester, onde terá de se confrontar com a ex-esposa Randi (Michelle Williams) e remoer uma tragédia do passado. Mas é o relacionamento difícil e conflituoso com o sobrinho Patrick que garante ao filme as melhores cenas e os diálogos mais afiados. Um bom filme que merece ser visto, sem dúvida valorizado pelo ótimo desempenho de Casey Affleck.      


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