sábado, 30 de maio de 2015

Em 2008, quando ainda eram ilustres desconhecidos, Kristen Stewart e Eddie Redmayne participaram do drama “O LENÇO AMARELO” (“The Yellow Handkerchief”), também traduzido por “OS CAMINHOS DO AMOR”. Stewart ficaria famosa logo depois, quando apareceu na saga “Crepúsculo”, e Redmayne mais recentemente, quando atuou em “Teoria da Vida”, pelo qual ganhou o Oscar/2015 de Melhor Ator. O filme conta a história dos jovens Martine (Stewart) e Gordy (Redmayne), que resolveram pegar estrada e sair sem rumo de sua cidadezinha. No caminho, dão carona para um estranho, Brett Hanson (William Hurt), que depois se revelaria um ex-presidiário recentemente saído da cadeia depois de cumprir pena por assassinato. Papo vai, papo vem, Hanson relembra que esteve envolvido com uma mulher chamada May (Maria Bello), pela qual se apaixonou e ainda está apaixonado. O filme é um road-movie pelos cenários um tanto tristes e pantanosos da Louisiana. Os atores são ótimos, mas o drama é meio arrastado, monótono, culpa do diretor indiano Udayan Prasad. O desfecho deve agradar os espectadores mais românticos. De qualquer forma, trata-se de uma opção interessante, principalmente por dar a oportunidade de conferir o trabalho de Kristen Stewart e o ator inglês Eddie Redmayne em início de carreira, ambos já bastante talentosos.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Não li e nem tive vontade de ler o livro, certo de que se tratava de literatura de segunda classe, mas fiz questão de conferir o filme, o que comprovou o que eu já pensava sobre o livro. “CINQUENTA TONS DE CINZA” (“Fifty Shades of Grey”), 2013, não passa de um drama romântico erótico, baseado no romance homônimo escrito por E.L. James e que virou um best-seller mundial. Pelo tom erótico, o filme lembra um pouco “Nove e Meia Semanas de Amor”, de 1986 (tem até a cena do gelinho). Só que Dakota Johnson não chega nem perto do mulherão que era – e ainda é – Kim Basinger, nem o ator irlandês Jamie Dornan lembra o machão “pegador” Mickey Rourke. Mais parece um garoto mimado, o queridinho da mamãe. A direção é da inglesa Sam Taylor-Johnson (do ótimo “O Garoto de Liverpool”, sobre a juventude de John Lennon). Resumo da história: Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma estudante que um dia vai entrevistar o poderoso e jovem empresário Christian Grey (Jamie Dornan) para um trabalho da faculdade. Esquisitão e cheio de manias, Grey acaba se apaixonando por Anastasia. E vice-versa. O filme não dá uma explicação convincente sobre a razão pela qual Grey se transformou numa pessoa doente, um sádico sexual. Como o cara é rico, bonito e poderoso, a mulherada deixa se convencer e cai nas garras do jovem sedutor, submetendo-se às suas fantasias sexuais. O que acontece também com Anastasia. As cenas de sexo são bem feitas e nada apelativas. Apenas eróticas. Enfim, um filme apenas mediano, que não merecia todo a alarde que teve quando foi lançado, em 2014.        

terça-feira, 26 de maio de 2015

O drama australiano “PROMESSAS DE GUERRA” (“The Water Divine”), 2014, marca a estreia do ator Russel Crowe na direção de longas. A história, baseada em fatos reais, é muito bonita. Durante a I Guerra Mundial (1914-18), soldados australianos participaram das forças aliadas que ajudaram a Inglaterra a combater o império otomano em acirradas e sangrentas batalhas na Turquia. Entre os soldados estavam os três jovens filhos do fazendeiro Joshua Connor (Crowe), desaparecidos e, quatro anos depois, finalmente dados como mortos em batalha. Desesperada, a esposa de Joshua comete suicídio, mas antes pede a ele que vá para a Turquia resgatar os corpos para enterrá-los em solo sagrado, ou seja, na terra natal, Austrália. O filme conta a aventura de Joshua na Turquia para encontrar os restos mortais dos filhos. Joshua ficará frente a frente com o oficial turco (Yilmaz Erdogan) comandante do batalhão que matou seus filhos. A aventura de Joshua também incluirá ajudar os turcos a se livrar dos invasores gregos, o que garante alguns momentos ao estilo “Indiana Jones”. Como estreante na direção, Crowe até que não compromete. Tudo bem que exagerou um pouco no tom novelesco, pretendendo fechar a história com um chororô, mas não conseguiu. Tentou romancear o enredo, incluindo um flerte de Joshua com Ayshe (a atriz ucraniana Olga Kurylenko). Ficou no platônico. Um destaque positivo é a bonita fotografia, tanto dos cenários australianos quanto dos cenários na Turquia. Resumindo: o filme poderia ser muito melhor, fazendo jus à bela história por ele contada.   

segunda-feira, 25 de maio de 2015

“PAS SON GENRE” (traduzido para o inglês como “Not My Type”, ainda não traduzido por aqui, mas algo como “Não é meu Tipo”), 2014, co-produção França/Bélgica, com direção de Lucas Belvaux. Trata-se de uma comédia romântica baseada na novela homônima escrita por Philippe Vilain. O professor de Filosofia Clément (Loïc Corbery) é transferido de Paris para dar aulas na Universidade de Arras - cidade ao norte da França. Ele conhece Jennifer (Émilie Dequenne), uma cabeleireira, e juntos vão viver um caso de amor. É claro que um dia a diferença cultural entre os dois vai pesar no romance. Além disso, o professor é calado, introspectivo, e só fala em Filosofia. Jennifer é expansiva, alegre, adora cantar e dançar. Tudo isso cria um abismo entre o casal. Só vendo o filme para ver como termina. O importante é destacar o trabalho da belga Émilie Dequenne, atriz que exala simpatia e muito charme. O feioso ator francês Loïc Corbery também não compromete, apesar de passar longe de um galã tradicional. O filme destaca também alguns lugares turísticos de Arras, realmente uma bela cidade. É um filme apenas simpático e que pode agradar ao espectador pouco exigente e que esteja a fim apenas de uma diversão sem compromisso com o intelecto.