Em
2008, quando ainda eram ilustres desconhecidos, Kristen Stewart e Eddie
Redmayne participaram do drama “O LENÇO AMARELO” (“The Yellow Handkerchief”), também
traduzido por “OS CAMINHOS DO AMOR”. Stewart ficaria famosa logo depois, quando
apareceu na saga “Crepúsculo”, e Redmayne mais recentemente, quando atuou em “Teoria
da Vida”, pelo qual ganhou o Oscar/2015 de Melhor Ator. O filme conta a
história dos jovens Martine (Stewart) e Gordy (Redmayne), que resolveram pegar
estrada e sair sem rumo de sua cidadezinha. No caminho, dão carona para um
estranho, Brett Hanson (William Hurt), que depois se revelaria um ex-presidiário
recentemente saído da cadeia depois de cumprir pena por assassinato. Papo vai,
papo vem, Hanson relembra que esteve envolvido com uma mulher chamada May
(Maria Bello), pela qual se apaixonou e ainda está apaixonado. O filme é um road-movie pelos cenários um tanto tristes e pantanosos da Louisiana.
Os atores são ótimos, mas o drama é meio arrastado, monótono, culpa do diretor
indiano Udayan Prasad. O desfecho deve agradar os espectadores mais românticos. De qualquer forma, trata-se de uma opção interessante,
principalmente por dar a oportunidade de conferir o trabalho de Kristen Stewart
e o ator inglês Eddie Redmayne em início de carreira, ambos já bastante
talentosos.
sábado, 30 de maio de 2015
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Não li e nem tive vontade
de ler o livro, certo de que se tratava de literatura de segunda classe, mas
fiz questão de conferir o filme, o que comprovou o que eu já pensava sobre o
livro. “CINQUENTA TONS DE CINZA” (“Fifty
Shades of Grey”), 2013, não passa de um drama romântico erótico, baseado
no romance homônimo escrito por E.L. James e que virou um best-seller mundial. Pelo tom erótico, o filme lembra um
pouco “Nove e Meia Semanas de Amor”, de 1986 (tem até a cena do gelinho). Só
que Dakota Johnson não chega nem perto do mulherão que era – e ainda é – Kim Basinger,
nem o ator irlandês Jamie Dornan lembra o machão “pegador” Mickey Rourke. Mais
parece um garoto mimado, o queridinho da mamãe. A direção é da inglesa Sam
Taylor-Johnson (do ótimo “O Garoto de Liverpool”, sobre a juventude de John
Lennon). Resumo da história: Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma estudante
que um dia vai entrevistar o poderoso e jovem empresário Christian Grey (Jamie
Dornan) para um trabalho da faculdade. Esquisitão e cheio de manias, Grey acaba
se apaixonando por Anastasia. E vice-versa. O filme não dá uma explicação convincente sobre a razão pela
qual Grey se transformou numa pessoa doente, um sádico sexual. Como o cara é
rico, bonito e poderoso, a mulherada deixa se convencer e cai nas garras do
jovem sedutor, submetendo-se às suas fantasias sexuais. O que acontece também
com Anastasia. As cenas de sexo são bem feitas e nada apelativas. Apenas
eróticas. Enfim, um filme apenas mediano, que não merecia todo a alarde que
teve quando foi lançado, em 2014.
terça-feira, 26 de maio de 2015
O
drama australiano “PROMESSAS DE GUERRA” (“The Water Divine”), 2014, marca a estreia do ator Russel Crowe
na direção de longas. A história, baseada em fatos reais, é muito bonita. Durante
a I Guerra Mundial (1914-18), soldados australianos participaram das forças
aliadas que ajudaram a Inglaterra a combater o império otomano em acirradas e
sangrentas batalhas na Turquia. Entre os soldados estavam os três jovens filhos
do fazendeiro Joshua Connor (Crowe), desaparecidos e, quatro anos depois, finalmente
dados como mortos em batalha. Desesperada, a esposa de Joshua comete suicídio,
mas antes pede a ele que vá para a Turquia resgatar os corpos para enterrá-los
em solo sagrado, ou seja, na terra natal, Austrália. O filme conta a aventura
de Joshua na Turquia para encontrar os restos mortais dos filhos. Joshua ficará
frente a frente com o oficial turco (Yilmaz Erdogan) comandante do batalhão que
matou seus filhos. A aventura de Joshua também incluirá ajudar os turcos a se
livrar dos invasores gregos, o que garante alguns momentos ao estilo “Indiana Jones”. Como estreante na direção, Crowe até que não
compromete. Tudo bem que exagerou um pouco no tom novelesco, pretendendo fechar
a história com um chororô, mas não conseguiu. Tentou romancear o enredo,
incluindo um flerte de Joshua com Ayshe (a atriz ucraniana Olga Kurylenko). Ficou
no platônico. Um destaque positivo é a bonita fotografia, tanto dos cenários
australianos quanto dos cenários na Turquia. Resumindo: o filme poderia ser muito
melhor, fazendo jus à bela história por ele contada.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
“PAS SON GENRE”
(traduzido para o inglês como “Not My Type”, ainda não traduzido por aqui, mas
algo como “Não é meu Tipo”), 2014, co-produção França/Bélgica, com direção de
Lucas Belvaux. Trata-se de uma comédia romântica baseada na novela homônima
escrita por Philippe Vilain. O professor de Filosofia Clément (Loïc Corbery) é
transferido de Paris para dar aulas na Universidade de Arras - cidade ao norte
da França. Ele conhece Jennifer (Émilie Dequenne), uma cabeleireira, e juntos
vão viver um caso de amor. É claro que um dia a diferença cultural entre os
dois vai pesar no romance. Além disso, o professor é calado, introspectivo, e
só fala em Filosofia. Jennifer é expansiva, alegre, adora cantar e dançar. Tudo
isso cria um abismo entre o casal. Só vendo o filme para ver como termina. O
importante é destacar o trabalho da belga Émilie Dequenne, atriz que exala
simpatia e muito charme. O feioso ator francês Loïc Corbery também não
compromete, apesar de passar longe de um galã tradicional. O filme destaca
também alguns lugares turísticos de Arras, realmente uma bela cidade. É um
filme apenas simpático e que pode agradar ao espectador pouco exigente e que
esteja a fim apenas de uma diversão sem compromisso com o intelecto.
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