Difícil
de encontrar uma comédia romântica de qualidade. Na verdade, uma raridade. De
vez em quando surge alguma que merece ser recomendada, como é o caso de “SIMPLESMENTE
ACONTECE” (“Love, Rosie”), Inglaterra, 2014.
Tudo funciona bem, a começar pelos atores que fazem os protagonistas principais, Lily
Collins e Sam Claflin, bonitos, charmosos e simpáticos. O filme não apresenta o
chororô habitual do gênero, tem humor na dose certa e romance sem pieguice.
Tudo bem que não dá para fugir dos clichês que caracterizam o gênero, mas é um filme bastante agradável,
entretenimento garantido. Rosie (Collins) e Alex (Claflin) são amigos desde a
infância. Amigos inseparáveis. Em nome dessa amizade, eles mantiveram a paixão
enrustida por muitos anos. Cada um levou sua vida – Alex foi morar nos EUA -,
casaram com outros pares e seguiram em frente, pouco sabendo um do outro. É
claro que, um dia, voltarão a se ver e
você vai torcer para ficarem definitivamente juntos. A história é baseada no
romance “Onde Terminam os Arco-Íris”, escrito pela irlandesa Cecelia Ahern e publicado em
2004. No livro, a história percorre um período de 45 anos. No filme, foi reduzido para 12 anos. A direção é do alemão Christian Ditter. Informação adicional: Lily Collins é filha do cantor e compositor Phil Collins.
sábado, 13 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
“INSENSÍVEIS” (“Insensible”), Espanha/França, 2014, é um drama bem pesado com pitadas de terror gótico
e algumas doses de trash. A trama se
desenrola com duas histórias distintas que vão se alternando até o final,
quando acontece a ligação. No início dos anos 30, a comunidade científica
mundial é convocada para um internato localizado numa montanha dos Pirineus, em
território espanhol, para presenciar uma descoberta incrível: crianças imunes à
dor. A notícia chega à Alemanha e Hitler envia o dr. Holzmann (Derek de Lint)
para estudar o assunto. Já pensou um exército nazista com soldados que não
sentem dor? Além disso, algumas crianças têm poder sobrenatural, a ponto de realizar
cirurgias em cães – pasmem, a sangue-frio! O asilo servirá como pano de fundo
para o diretor Juan Carlos Medina, também autor do roteiro, abordar fatos
históricos envolvendo a Espanha, como a Guerra Civil Espanhola, a Segunda
Guerra Mundial e a Ditadura de Franco. A história que segue em paralelo apresenta, nos dias atuais, o dilema do renomado neurocirurgião David Martel (Àlex
Brendemühl), que sofre de câncer e precisa com urgência de um transplante de
medula óssea. Na busca dos pais biológicos que poderão servir de doadores, o
médico vai descobrir a história do tal asilo. É quando haverá a ligação das
duas histórias. Pena que o desfecho é fantasioso demais e acaba destoando do
restante do filme, que, aliás, é mais interessante do que bom. Recomendo sem muito entusiasmo.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
O
drama “O FALSIFICADOR” (“The Forger”), 2014, EUA, direção de Philip Martin, traz John Travolta como o ex-presidiário
Ray Cutter, um pai que sempre foi ausente para o filho adolescente Will (Tye
Sheridan), situação que só piorou com a temporada na prisão. Tye sofre de uma
doença incurável e, pelo jeito, não tem muito tempo de vida. Cutter ainda terá
que cumprir 10 meses de pena, mas recorre ao pessoal do crime para soltá-lo
antes em condicional. Cutter quer passar mais tempo com o filho. Um juiz recebe propina para soltá-lo. Para pagar a
dívida, Cutter terá de realizar a falsificação do quadro “Mulher com Sombrinha”,
do pintor impressionista Claude Monet, e roubar o original, exposto num museu
de Boston. Para executar o plano, Cutter recorre ao pai Joseph Cutter
(Christopher Plummer) e ao próprio filho. Em meio aos preparativos, Cutter
ainda tem de atender aos últimos desejos de Will, o que inclui conhecer a mãe
biológica Kim (Jennifer Ehle) e fazer sexo com uma prostituta. O melhor do
filme é realmente a retomada da relação do pai com o filho, capaz de gerar bons e até divertidos diálogos. As cenas mostrando Cutter pintando a falsificação são bastante interessantes. Fora isso, o filme
não tem atrativos suficientes para ser recomendado. Nem mesmo a presença de Travolta e de Plummer. Completam o elenco Abigail Spencer e Anson Mount.
Nos
últimos anos, a Suécia tem revelado ótimos escritores de romances policiais.
Tão bons quanto os seus congêneres norte-americanos. Muitos desses livros foram
adaptados para o cinema, como, por exemplo, a Série Milleniumm, do jornalista
Stieg Larsson. “O HIPNOTISTA”
(“Hypnotisoren”), Suécia, 2012, é mais
um filme inspirado num romance policial, desta vez escrito por Lars Kepler. Uma
família inteira é assassinada nos arredores de Estocolmo. Só sobrou o jovem
Josef (Jonatan Bökman), levado ainda vivo ao hospital, mas num estado bastante
grave, inconsciente. Encarregado da investigação, o policial Joona Linna (Tobias
Zilliacus) pede ao dr. Erik Maria Bark (Mikael Persbrandt) que faça algumas sessões
de hipnose com o rapaz para tentar descobrir alguma pista. O assassino fica
sabendo e vai atrás da família de Erik. Com exceção da cena final, muito bem
feita e de um suspense de entortar os braços da poltrona, o filme não tem muita
ação e o suspense é mais psicológico. O filme merece ser conferido, ainda mais que
o diretor é o consagrado Lasse Hallström, dos ótimos “Sempre ao Seu Lado”, com
Richard Gere, e “A 100 Passos de um Sonho”, entre tantos outros. A atriz Lena
Olin, casada na vida real com o diretor, também está no elenco, como Simone, a
esposa de Erik.
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