sábado, 13 de junho de 2015

Difícil de encontrar uma comédia romântica de qualidade. Na verdade, uma raridade. De vez em quando surge alguma que merece ser recomendada, como é o caso de “SIMPLESMENTE ACONTECE” (“Love, Rosie”), Inglaterra, 2014. Tudo funciona bem, a começar pelos atores que fazem os protagonistas principais, Lily Collins e Sam Claflin, bonitos, charmosos e simpáticos. O filme não apresenta o chororô habitual do gênero, tem humor na dose certa e romance sem pieguice. Tudo bem que não dá para fugir dos clichês que caracterizam o gênero, mas é um filme bastante agradável, entretenimento garantido. Rosie (Collins) e Alex (Claflin) são amigos desde a infância. Amigos inseparáveis. Em nome dessa amizade, eles mantiveram a paixão enrustida por muitos anos. Cada um levou sua vida – Alex foi morar nos EUA -, casaram com outros pares e seguiram em frente, pouco sabendo um do outro. É claro que, um dia,  voltarão a se ver e você vai torcer para ficarem definitivamente juntos. A história é baseada no romance “Onde Terminam os Arco-Íris”, escrito pela irlandesa Cecelia Ahern e publicado em 2004. No livro, a história percorre um período de 45 anos. No filme, foi reduzido para 12 anos. A direção é do alemão Christian Ditter. Informação adicional: Lily Collins é filha do cantor e compositor Phil Collins. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

“INSENSÍVEIS” (“Insensible”), Espanha/França, 2014, é um drama bem pesado com pitadas de terror gótico e algumas doses de trash. A trama se desenrola com duas histórias distintas que vão se alternando até o final, quando acontece a ligação. No início dos anos 30, a comunidade científica mundial é convocada para um internato localizado numa montanha dos Pirineus, em território espanhol, para presenciar uma descoberta incrível: crianças imunes à dor. A notícia chega à Alemanha e Hitler envia o dr. Holzmann (Derek de Lint) para estudar o assunto. Já pensou um exército nazista com soldados que não sentem dor? Além disso, algumas crianças têm poder sobrenatural, a ponto de realizar cirurgias em cães – pasmem, a sangue-frio! O asilo servirá como pano de fundo para o diretor Juan Carlos Medina, também autor do roteiro, abordar fatos históricos envolvendo a Espanha, como a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial e a Ditadura de Franco. A história que segue em paralelo apresenta, nos dias atuais, o dilema do renomado neurocirurgião David Martel (Àlex Brendemühl), que sofre de câncer e precisa com urgência de um transplante de medula óssea. Na busca dos pais biológicos que poderão servir de doadores, o médico vai descobrir a história do tal asilo. É quando haverá a ligação das duas histórias. Pena que o desfecho é fantasioso demais e acaba destoando do restante do filme, que, aliás, é mais interessante do que bom. Recomendo sem muito entusiasmo. 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O drama “O FALSIFICADOR” (“The Forger”), 2014, EUA, direção de Philip Martin, traz John Travolta como o ex-presidiário Ray Cutter, um pai que sempre foi ausente para o filho adolescente Will (Tye Sheridan), situação que só piorou com a temporada na prisão. Tye sofre de uma doença incurável e, pelo jeito, não tem muito tempo de vida. Cutter ainda terá que cumprir 10 meses de pena, mas recorre ao pessoal do crime para soltá-lo antes em condicional. Cutter quer passar mais tempo com o filho. Um juiz recebe propina para soltá-lo. Para pagar a dívida, Cutter terá de realizar a falsificação do quadro “Mulher com Sombrinha”, do pintor impressionista Claude Monet, e roubar o original, exposto num museu de Boston. Para executar o plano, Cutter recorre ao pai Joseph Cutter (Christopher Plummer) e ao próprio filho. Em meio aos preparativos, Cutter ainda tem de atender aos últimos desejos de Will, o que inclui conhecer a mãe biológica Kim (Jennifer Ehle) e fazer sexo com uma prostituta. O melhor do filme é realmente a retomada da relação do pai com o filho, capaz de gerar bons e até divertidos diálogos. As cenas mostrando Cutter pintando a falsificação são bastante interessantes. Fora isso, o filme não tem atrativos suficientes para ser recomendado. Nem mesmo a presença de Travolta e de Plummer. Completam o elenco Abigail Spencer e Anson Mount.    
Nos últimos anos, a Suécia tem revelado ótimos escritores de romances policiais. Tão bons quanto os seus congêneres norte-americanos. Muitos desses livros foram adaptados para o cinema, como, por exemplo, a Série Milleniumm, do jornalista Stieg Larsson. “O HIPNOTISTA” (“Hypnotisoren”), Suécia, 2012, é mais um filme inspirado num romance policial, desta vez escrito por Lars Kepler. Uma família inteira é assassinada nos arredores de Estocolmo. Só sobrou o jovem Josef (Jonatan Bökman), levado ainda vivo ao hospital, mas num estado bastante grave, inconsciente. Encarregado da investigação, o policial Joona Linna (Tobias Zilliacus) pede ao dr. Erik Maria Bark (Mikael Persbrandt) que faça algumas sessões de hipnose com o rapaz para tentar descobrir alguma pista. O assassino fica sabendo e vai atrás da família de Erik. Com exceção da cena final, muito bem feita e de um suspense de entortar os braços da poltrona, o filme não tem muita ação e o suspense é mais psicológico. O filme merece ser conferido, ainda mais que o diretor é o consagrado Lasse Hallström, dos ótimos “Sempre ao Seu Lado”, com Richard Gere, e “A 100 Passos de um Sonho”, entre tantos outros. A atriz Lena Olin, casada na vida real com o diretor, também está no elenco, como Simone, a esposa de Erik.