“INSENSÍVEIS” (“Insensible”), Espanha/França, 2014, é um drama bem pesado com pitadas de terror gótico
e algumas doses de trash. A trama se
desenrola com duas histórias distintas que vão se alternando até o final,
quando acontece a ligação. No início dos anos 30, a comunidade científica
mundial é convocada para um internato localizado numa montanha dos Pirineus, em
território espanhol, para presenciar uma descoberta incrível: crianças imunes à
dor. A notícia chega à Alemanha e Hitler envia o dr. Holzmann (Derek de Lint)
para estudar o assunto. Já pensou um exército nazista com soldados que não
sentem dor? Além disso, algumas crianças têm poder sobrenatural, a ponto de realizar
cirurgias em cães – pasmem, a sangue-frio! O asilo servirá como pano de fundo
para o diretor Juan Carlos Medina, também autor do roteiro, abordar fatos
históricos envolvendo a Espanha, como a Guerra Civil Espanhola, a Segunda
Guerra Mundial e a Ditadura de Franco. A história que segue em paralelo apresenta, nos dias atuais, o dilema do renomado neurocirurgião David Martel (Àlex
Brendemühl), que sofre de câncer e precisa com urgência de um transplante de
medula óssea. Na busca dos pais biológicos que poderão servir de doadores, o
médico vai descobrir a história do tal asilo. É quando haverá a ligação das
duas histórias. Pena que o desfecho é fantasioso demais e acaba destoando do
restante do filme, que, aliás, é mais interessante do que bom. Recomendo sem muito entusiasmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário