“INSTINTO ASSASSINO” (“DANGEROUS”),
2021,
Estados Unidos, distribuição Netflix, 1h39m, direção de David Hackl, seguindo
roteiro assinado por Christopher Borrelly. Mais uma bobagem cinematográfica
repleta de situações estapafúrdias. Uma delas: o mocinho está trocando tiros
com os bandidos e, no meio do tiroteio, liga para o seu psiquiatra pedindo
conselho. E não para por aí. Até o desfecho, muitas cenas constrangedoras iguais
a esta estarão à sua espera (se você decidir assistir, mesmo depois do meu
comentário). Bem, vamos à história. Dylan Forrester (Scott Eastwood) é um ex-presidiário
em liberdade condicional. Por causa dos seus transtornos mentais que inspiram seu
instinto psicopata, ele está em fase de reabilitação com o psiquiatra Dr.
Anderwood (Mel Gibson), que o trata na base de remédios e muita conversa.
Quando Dylan recebe a notícia da morte de seu irmão Sean, ele viaja para
participar do funeral, em desobediência à condicional, pois a cerimônia
acontece na remota Ilha Guardian (ilha fictícia no litoral de Washington). Chegando
lá, Dylan não é bem recebido por seus familiares, principalmente por sua mãe Linda
(Brenda Bazinet). Enquanto esse mal-estar acontece, chegam à ilha uns sujeitos
violentos chefiados por um tal de Cole (Kevin Durand), cujo objetivo, de
início, não é esclarecido. Eles invadem a casa e fazem reféns os familiares de
Dylan, que naquela hora estava preso na cadeia da ilha por ter infringido a
condicional e por outra acusação de homicídio. Pois é essa ovelha negra da família quem lutará para tentar salvar
os parentes. E dá-lhe tiros, sopapos e facadas, até que o segredo que motivou a
chegada da gangue seja revelado, resultando em um desfecho previsível e
violento. O ator Scott Eastwood é a cara do pai, Clint, mas muito distante da
competência do veterano ator. Scott não consegue convencer como ator nem mesmo quando
tenta fazer aquele olhar que o pai fazia nos antigos filmes de faroeste, com a
inseparável cigarrilha na boca. O restante do elenco também é muito fraco, com
exceção talvez do ator Kevin Durand, o vilão da história. Mel Gibson, então,
nem se fala, com uma interpretação pífia de um personagem patético e de pouca
relevância. Enfim, só uma palavra para definir “Instinto Assassino”: péssimo!