
sábado, 3 de maio de 2014


sexta-feira, 2 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014

quarta-feira, 30 de abril de 2014
“Parada em pleno curso” (“Halt
auf freier Strecke”), 2011, é um drama alemão realista e muito comovente. Começa
o filme com Frank Lange, de 42 anos, ao lado da esposa, Simone, ouvindo o diagnóstico
do médico: tumor maligno na cabeça em local inoperável. Mesmo com radioterapia
e quimioterapia, alguns meses de vida. A partir daí, o filme vai mostrar o dia-a-dia
da família (o casal e dois filhos, um de 14 e outro de 8 anos) e como vão
enfrentar a trágica situação até a morte de Frank. Vai mostrar, por exemplo, a
inocência de uma criança de 8 anos ao ter que lidar com a situação. O garoto
pergunta a Frank se ele vai morrer mesmo. Frank responde que sim. E o filho
pergunta: “Você me dá o seu iPhone?”. O diretor Andreas Dresen faz com que o
espectador tenha a sensação de participar de cada momento angustiante, de
interagir emocionalmente com o doente e sua família. Estamos lá na hora em que
o médico dá o diagnóstico fatal, estamos lá nas consultas com psicólogos, vivenciamos
a visita que o casal faz à empresa de cremação para escolher o caixão e a
trilha sonora (ele escolhe The Cure e Nirvana) e acompanhamos de perto todo o
processo do avanço da doença. Sem dúvida, quem já passou por uma situação
semelhante vai se emocionar ainda mais. Com exceção de Milan Peschel, que vive
Frank, e Steffi Kühnert (Simone), o restante do elenco é formado por amadores. Aliás,
os médicos, psicólogos e enfermeiros que aparecem no filme são os mesmos
profissionais na vida real. Aí você vai compreender a frieza com que o médico
dá o diagnóstico do câncer na cena inicial. Um ator não conseguiria ser tão
frio. O filme estreou no Festival de Cannes em 2011 e ganhou o prêmio “Um Certain
Regard”. Um filme capaz de nos fazer refletir e emocionar.
terça-feira, 29 de abril de 2014

segunda-feira, 28 de abril de 2014
“O último amor de Mr.
Morgan” (“Mr. Morgan’s last Love”) é uma co-produção Bélgica/Alemanha/França/EUA de 2013. O grande Michael Caine faz um professor
aposentado que mora em Paris e está deprimido pela recente morte da esposa. Ele
conhece uma jovem professora de dança (a atriz francesa Clémence Poésy), também
deprimida pela morte do pai. Pronto: juntou a fome com a vontade de comer, esta
última do Mr. Morgan. É um filme simpático e que tem lá seus momentos de humor,
principalmente quando Mr. Morgan vai à academia da moça e ensaia uns passos de
dança.
“Vento do Oeste” (“Westwind”),
2011, Alemanha. O filme até que começa interessante. 1988, portanto um ano
antes da queda do Muro de Berlim. Dooren (Friederick Becht) e Isabel (Luise
Heyer) são irmãs gêmeas, moram na Alemanha Oriental e são duas grandes
promessas do remo. Convocadas por seu treinador, elas viajam para um campo de férias
na Hungria, onde deverão se submeter a um treinamento rigoroso com vistas a uma
importante competição que será realizada em Berlim. Durante a viagem, porém,
elas se atrasam no banheiro de um posto e perdem o ônibus. Ao pedir carona na
beira da estrada, elas conhecem os jovens Arne e Nico, da Alemanha Ocidental,
que estão em férias. A partir da chegada de Isabel e Dooren ao campo de
treinamento, o filme vira uma sessão da tarde ao estilo daquelas produções água
com açúcar da Disney, com direito a namoricos escondidos, alguém tocando violão
para os jovens em volta da fogueira e chiliques de meninas mimadas. Surpresa
verificar que o diretor, Robert Thalheim, é o mesmo do ótimo “À Espera de
Turistas”.
domingo, 27 de abril de 2014
“A Pele de Vênus” (“Venus in Fur”) foi o primeiro longa realizado por Roman Polanski depois de ter ficado preso dois
meses na Suiça no final de 2009. O filme tem apenas dois atores que atuam num
teatro vazio. Vanda (Emmanuelle Seigner) chega atrasada ao teatro para
participar de um teste para protagonista da peça “Venus in Fur”. O diretor
Thomas (Mathieu Amalric) está quase saindo e, muito a contragosto, acaba
concordando em conceder uma audição àquela estranha. A partir daí os diálogos entre
Thomas e Vanda misturam-se aos da peça escrita em 1870 pelo dramaturgo
austríaco Leopold Sacher-Masoch (o termo masoquismo vem do seu sobrenome). Para
surpresa de Thomas, Vanda conhece o texto inteiro e ainda dá sugestões de
iluminação, figurinos e cenário. Como na peça de Masoch, o filme explora o tema da dominação,
o que explica a total submissão de Thomas diante de Vanda. Só para relembrar: na
vida real, Emmanuelle Seigner é esposa de Polanski. Não estou insinuando nenhum
tipo de proteção, pois ela sempre foi uma ótima atriz. Recomendo esse filme apenas
para estudantes ou artistas de teatro. As demais categorias, como a minha
(jornalista), vão achar chatérrimo.
“Refém da Paixão” (“Labor
Day”), EUA, 2013, é um drama baseado no livro “Fim de Verão”, de Joyce Maynard,
que situa a ação nos dias que antecedem o feriado do Dia do Trabalho (Labor
Day) na cidade de Holton Mills (New Hampshire), em 1987. Adele (Kate Winslet) e
seu filho Henry (Gattlin Griffith) estão num supermercado fazendo compras quando
um homem, Frank (Josh Brolin), diz que está ferido (ele é um presidiário que
acaba de fugir do hospital) e pede ajuda. Como ele está com as mãos no pescoço
do menino, com um semblante ameaçador, Adele não tem como resistir. Leva-o para
casa. Frank vai provar que não é tão perigoso
quando os noticiários da TV fazem crer, caindo nas graças de mãe e filho. Divorciada,
solitária e infeliz, Adele vê a chegada de Henry como uma companhia adulta para
conversar e até como um complemento à sua vida sentimental frustada. Henry
sente a falta da presença do pai, que só vê aos finais de semana, mas é obrigado
a dividir sua atenção com os meio-irmãos. Frank, porém, dedica toda a sua
atenção ao garoto, ensinando-lhe alguns truques de beisebol, a consertar o
carro e a fazer uma torta de pêssegos. O que se imaginava no início um
sequestro, acaba virando uma cumplicidade familiar e uma paixão entre Adele e
Frank. Como isso tudo vai terminar, só assistindo ao filme. A direção é de Jaison
Reitman (de “Juno” e “Amor sem Escalas”).

“Rolou uma Química” (“Better
Living through Chemistry”), EUA, 2013, é uma comédia dirigida pela dupla Geoff
Moore e David Posamentier. Conta a história de Douglas Varney (Sam Rockwell),
um farmacêutico em crise no casamento com Kara (Michelle Monaghan), que só pensa em sua
academia de ginástica e em participar de provas de ciclismo. Além disso, Varney
enfrenta problemas com o comportamento nada normal do filho pré-adolescente,
que se transformou no terror da escola. Em meio a essa fase turbulenta, Varney
conhece Elizabeth Roberts (Olivia Wilde), uma bela e infeliz dona de casa
viciada em álcool e remédios. Varney também começa a manipular fórmulas de drogas
estimulantes e acaba viciado como Elizabeth. Logo, Varney e Elizabeth começam a
ter um caso, que se torna ainda mais complicado e perigoso quando decidem planejar o
assassinato do marido dela (Ray Liotta). A partir daí, Varney vai se meter em
muitas confusões, o que melhora um pouco o humor do filme, até então motivador de um ou outro sorriso amarelo. Apesar do nome
de Jane Fonda aparecer nos créditos principais, ela tem apenas uma aparição
rápida no final. Se o filme já não é tão bom, pior mesmo é o título que
inventaram em português.
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