domingo, 27 de abril de 2014
“A Pele de Vênus” (“Venus in Fur”) foi o primeiro longa realizado por Roman Polanski depois de ter ficado preso dois
meses na Suiça no final de 2009. O filme tem apenas dois atores que atuam num
teatro vazio. Vanda (Emmanuelle Seigner) chega atrasada ao teatro para
participar de um teste para protagonista da peça “Venus in Fur”. O diretor
Thomas (Mathieu Amalric) está quase saindo e, muito a contragosto, acaba
concordando em conceder uma audição àquela estranha. A partir daí os diálogos entre
Thomas e Vanda misturam-se aos da peça escrita em 1870 pelo dramaturgo
austríaco Leopold Sacher-Masoch (o termo masoquismo vem do seu sobrenome). Para
surpresa de Thomas, Vanda conhece o texto inteiro e ainda dá sugestões de
iluminação, figurinos e cenário. Como na peça de Masoch, o filme explora o tema da dominação,
o que explica a total submissão de Thomas diante de Vanda. Só para relembrar: na
vida real, Emmanuelle Seigner é esposa de Polanski. Não estou insinuando nenhum
tipo de proteção, pois ela sempre foi uma ótima atriz. Recomendo esse filme apenas
para estudantes ou artistas de teatro. As demais categorias, como a minha
(jornalista), vão achar chatérrimo.
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