“Passagem para a Vida” (“The Man on the Train”), Canadá, 2011, é um remake do fran cês
“L’Homme du Train”, de 2002, este último dirigido por Patrice Leconte. Os dois
são ótimos filmes. Se no original havia o grande ator Jean Rochefort fazendo o
personagem do professor de literatura, neste último temos o ótimo Donald
Sutherland. Se no francês o homem misterioso era Johnny Hallyday, no canadense
é Larry Mullen Jr., fundador e baterista da banda U2. Como se vê, ambos ligados
à música. Sutherland é professor aposentado de literatura que dá aulas
particulares numa pequena cidade. O misterioso Mullen chega – de trem, daí o
título – e, ao comprar comprimidos para dor de cabeça numa farmácia, conhece o
professor. Como o hotel da cidade está fechado, o estranho é convidado pelo
professor a ficar em sua casa, uma antiga mansão isolada. O professor acaba
descobrindo que a visita do seu hóspede à cidade não tem, vamos dizer, um objetivo
turístico. Na verdade, ele está envolvido com uma quadrilha que quer roubar o
banco local. O filme tem um ritmo bastante lento e é dirigido por Mary
McGuckian como se fosse uma peça teatral. Seus trunfos são os ótimos diálogos, nos
quais se destacam a erudição e as citações literárias do professor, o desfecho
surpreendente e inesperado, além do trabalho excepcional dos atores, principalmente Sutherland. Um
filme acima da média feito para um público idem.
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