Se
você tem algum tipo de preconceito contra o cinema asiático, deixe-o de lado e
assista “UM DIA DIFÍCIL” (“Kkeutkkaji Ganda”). O filme sul-coreano é diversão
pura. Trata-se de um thriller policial eletrizante, com muita ação, suspense e
humor. E um roteiro bastante inteligente. O detetive Ko Gun-Soo (Lee Sun-Kyun) sai do enterro de sua mãe e, no
caminho, atropela um homem. Como tinha bebido, resolve ficar quieto. E o que
fazer com o cadáver do homem atropelado? Gun-Soo tem a “brilhante” ideia de
escondê-lo no próprio caixão onde está sua mãe. A confusão só está começando. Ele
recebe um telefonema anônimo de alguém que diz ter visto o atropelamento e
começa a chantageá-lo. Em meio a toda essa confusão, Gun-Soo ainda é
investigado pela Corregedoria da Polícia, que descobre em sua mesa dinheiro
proveniente talvez da venda de drogas. As coisas pioram quando ele descobre a identidade do homem atropelado. Gun-Soo corre pra lá e pra cá para
tentar se livrar dos problemas, mas acaba se complicando cada vez vez mais. E o
espectador acompanha tudo muito atento, pois não há espaço para conversa fiada
com tanta ação e suspense, além de uma boa dose de pancadaria. Méritos para o diretor Seong-Hoon Kim, que também
escreveu o roteiro. O filme estreou no Festival de Cannes 2014 e foi bastante elogiado. Portanto, prepare um bom pote de pipoca e curta esse ótimo entretenimento.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
terça-feira, 14 de julho de 2015
“THE EICHMANN SHOW”, 2014, é um drama inglês, baseado em fatos reais, produzido pela BBC,
mostrando os bastidores da cobertura jornalística do julgamento do nazista
Adolf Eichmann, um dos idealizadores e organizadores do extermínio judeu. O
julgamento foi iniciado em abril de 1961 e durou 4 meses. O enfoque principal do
filme é o trabalho de uma equipe de TV autorizada pelo primeiro-ministro David Ben-Gurion,
de Israel, a filmar todo o julgamento (Não ao vivo. As fitas eram enviadas por
avião para o mundo inteiro. Só as emissoras de rádio transmitiram ao vivo). O produtor
Milton Fruchtman (Martin Freeman) reuniu uma equipe de técnicos de TV israelenses
e convidou para comandá-la o diretor norte-americano Leo Hurwitz (Anthony LaPaglia),
na época desempregado por estar na lista negra de Hollywood – acusado de
comunista, assim como outros diretores, roteiristas e artistas. Para não
atrapalhar o andamento do julgamento, as câmeras de filmagem foram instaladas em
paredes construídas poucos dias antes no prédio do tribunal em Jerusalém,
ficando invisíveis para o público. O filme reproduz imagens da época, tanto do
julgamento como dos campos de concentração. As cenas são chocantes. Só para
lembrar, muita gente, na época, não acreditava que o Holocausto realmente existiu.
As imagens dos campos de concentração chocaram o mundo. O filme mostra também a
disputa pela audiência mundial, pois o julgamento de Eichmann concorreu com reportagens
sobre o primeiro astronauta no espaço – o russo Yuri Cagarin – e o desenrolar da
revolução cubana. O julgamento de Eichmann acabou vencendo a partir dos
depoimentos chocantes dos sobreviventes – também mostrados no filme, dirigido
por Paul Andrew Williams (do comovente “Canção para Marion"). Ótimo filme para quem curte os bastidores de fatos históricos.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Jean
Dujardin (de “O Artista”) e Gilles Lellouche, dois dos principais atores
franceses da atualidade, encabeçam o elenco de “A
CONEXÃO” (“Le French”), 2014, filme
policial baseado em fatos reais. A história começa em 1975, quando o juiz
Pierre Michel é designado para Marselha com a missão de combater a French Connection,
como era chamada a organização criminosa que traficava grandes quantidades de
heróina para a Europa e, principalmente, para os Estados Unidos. Durante suas
investigações, o magistrado descobre que o chefão do tráfico é Gartan Zampa
(Gilles Lellouche). Mas não será tão fácil obter provas para condenar o poderoso
traficante, tendo ainda que lidar com policiais e políticos corruptos. O
trabalho dura anos e Pierre Michel não desiste até provar a culpa de Zampa,
trabalho que colocará o juiz e sua família em grande perigo. O filme, dirigido
por Cédric Jimenez, ainda tem no elenco Guilhaume Gouix, Benoit Magimel, Céline
Sallette e Mélanie Doutey. Mais um bom filme do cinema francês.
No
drama inglês “A TEORIA DE TUDO” (“The Theory of Everything”), o ator Eddie Redmayne tem uma das atuações
mais impressionantes da história do cinema. Pelo papel do físico Stephen
Hawking, Redmayne ganhou o Oscar 2015 de Melhor Ator. Escolha incontestável. Ele
está perfeito, a ponto do próprio Hawking, num e-mail enviado ao diretor James
Marsh, dizer que pensou que estava assistindo a si mesmo no filme. A história
começa em 1963, quando Hawking, então com 21 anos, estudava Cosmologia na Universidade
de Cambridge e conhece a estudante de Arte Jane Wide (Felicity Jones), sua
futura esposa. Naquele mesmo ano começam a aparecer os primeiros sintomas da
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O diagnóstico dos médicos não era muito animador:
deram-lhe, no máximo, mais dois anos de vida. Erraram feio, pois o físico está
vivo até hoje, com 72 anos (2015). Jane e Hawking casaram e tiveram 3 filhos. A
história do filme é baseada no livro biográfico escrito pela própria Jane, que
não escondeu o caso com Jonathan (Thomas Cox), com quem passaria a viver depois
de se separar do físico. O filme recebeu 5 indicações para o Oscar 2015 (Filme,
Ator, Atriz, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora). Conquistou apenas o de “Melhor
Ator”, embora a atriz Felicity Jones esteja ótima no papel de Jane. Um drama triste
e comovente que não pode deixar de ser visto.
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