quinta-feira, 21 de setembro de 2023

 

“CAÇA MORTAL” (“THE SILENCING”), 2020, coprodução Estados Unidos/Canadá, 1h33m, em cartaz na Netflix, primeiro filme dirigido pelo cineasta belga Robin Pront nos Estados Unidos, com roteiro de Micah Ranum. Trata-se de um suspense policial centrado na investigação dos assassinatos de garotas adolescentes em uma região montanhosa dos Estados Unidos ou do Canadá – um absurdo o filme não dar referências sobre o local. O tal serial killer sequestra as moças e desaparece com elas. A história começa quando uma das garotas aparece morta dentro de um rio. Quem comanda as investigações é a xerife Alice Gustafson (Annabelle Wallis). O primeiro suspeito que aparece é justamente o irmão da policial, um jovem problemático chamado Brooks (Hero Fiennes Tiffin). Outro que aparece no cenário é Rayburn Swanson (Nikolaj Coster-Waldau), um ex-caçador responsável por uma área de proteção florestal cuja filha de 14 anos desapareceu há 5 anos. É ele quem vê pela primeira vez, através de câmeras instaladas na floresta, o assassino agir, utilizando uma camuflagem cheia de plantas, um disfarce bem ridículo que lembra o Rambo. Seu modus operandi é inusitado: uma arma especial que atira flechas. Nem a reviravolta perto do desfecho salva esse filme, repleto de situações mal explicadas e uma história pra lá de mirabolante. O ator dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau, de “Game of Thrones, é o único que se salva em meio ao elenco um tanto medíocre. Também do lado negativo destaco a fraca atuação da atriz inglesa Annabelle Wallis, que é bonita e frágil demais para uma policial que precisa ser durona no meio de tantos machos valentes. Trocando em miúdos, “Caça Mortal” não é motivo para uma recomendação entusiasmada.               

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

 

“DEPOIS DA CABANA” (“LIEBES KIND”), 2023, Alemanha, minissérie em 6 episódios, produção original da Netflix (estreou no dia 7 de setembro), direção de Jeanette Wagner e Julian Pörksen, seguindo roteiro assinado por Isabel Kleefeld e Kim Riedle. Trata-se de um suspense psicológico cuja história é baseada no best-seller da escritora alemã Romy Hausmann. Depois que uma mulher é atropelada à noite em uma pequena estrada, a polícia quer identificar o atropelador, que não socorreu a vítima, mas teve a decência de solicitar socorro médico. Quando a ambulância chega ao local do acidente, ao lado da vítima está uma menina de 12 anos, identificada mais tarde como Hannah (Naila Schuberth), que seria filha da moça atropelada. Essa ocorrência levou a polícia a acreditar que pode haver uma relação com o desaparecimento misterioso, há 13 anos, de uma moça chamada Lena Beck. A detetive Aida Kurt (Haley Louise Joses) e o agente especial Gerd Bühling (Hans Löw) iniciam as investigações, chegando à conclusão de que um homem estaria sequestrando mulheres, trancando-as com duas crianças em uma casa no meio de um quartel militar abandonado. O cativeiro é descoberto, mas o mistério continuará sem solução até o desfecho. A história realmente prende a atenção, pois apresenta revelações surpreendentes e algumas reviravoltas, resultando numa trama bastante envolvente. Não perca!             

domingo, 17 de setembro de 2023

 

“O REI DAS FUGAS” (“NAJMRO: KOCHA, KREADNIE, SZANUJE”), 2022, Polônia, 1h40m, em cartaz na Netflix, direção de Mateusz Rakowicz (“A Mãe do Ano”, comentado recentemente neste blog), que também assina o roteiro com a colaboração de Lukasz Wieckiewicz. Cinebiografia baseada na história do criminoso polonês Zdzislaw Najmrodzki (1954/1995), que nas décadas de 70 e 80 se notabilizou não apenas pelos seus golpes audaciosos, mas, principalmente, por suas fugas “cinematográficas”. No total, foram 29, incluindo uma pela janela de um tribunal, de um trem, de delegacias e penitenciárias. O filme, ambientado um pouco antes do fim do comunismo e da queda do muro de Berlim, mostra alguns golpes praticados por Zdzislaw (Dawid Ogrodnik) e sua gangue, da qual fazia parte a própria mãe Mira (Dorota Kolok). O investigador-chefe Barski (Robert Wieckiewicz), com seu assistente trapalhão Ujma (Rafal Zawierugha), prendeu o lendário bandido várias vezes. Prendê-lo virou uma obsessão para a dupla de policiais. O roteiro utilizou um tom bem-humorado, perto de uma comédia, para apresentar a trajetória do famoso fujão. O filme é bastante movimentado, divertido e fácil de digerir, tornando-se um ótimo entretenimento. Não perca!