“CAÇA MORTAL” (“THE SILENCING”), 2020,
coprodução Estados Unidos/Canadá, 1h33m, em cartaz na Netflix, primeiro filme
dirigido pelo cineasta belga Robin Pront nos Estados Unidos, com roteiro de Micah Ranum. Trata-se
de um suspense policial centrado na investigação dos assassinatos de garotas adolescentes em uma região montanhosa dos Estados Unidos ou do Canadá – um absurdo
o filme não dar referências sobre o local. O tal serial killer sequestra as
moças e desaparece com elas. A história começa quando uma das garotas aparece
morta dentro de um rio. Quem comanda as investigações é a xerife Alice
Gustafson (Annabelle Wallis). O primeiro suspeito que aparece é justamente o
irmão da policial, um jovem problemático chamado Brooks (Hero Fiennes Tiffin). Outro
que aparece no cenário é Rayburn Swanson (Nikolaj Coster-Waldau), um ex-caçador
responsável por uma área de proteção florestal cuja filha de 14 anos
desapareceu há 5 anos. É ele quem vê pela primeira vez, através de câmeras
instaladas na floresta, o assassino agir, utilizando uma camuflagem cheia de
plantas, um disfarce bem ridículo que lembra o Rambo. Seu modus operandi
é inusitado: uma arma especial que atira flechas. Nem a reviravolta perto do
desfecho salva esse filme, repleto de situações mal explicadas e uma história
pra lá de mirabolante. O ator dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau, de “Game of
Thrones, é o único que se salva em meio ao elenco um tanto medíocre. Também do
lado negativo destaco a fraca atuação da atriz inglesa Annabelle Wallis, que é
bonita e frágil demais para uma policial que precisa ser durona no meio de
tantos machos valentes. Trocando em miúdos, “Caça Mortal” não é motivo para uma
recomendação entusiasmada.