“TODOS
JÁ SABEM” (“Todos Lo Saben”), 2019, Espanha, 2h13m, roteiro e
direção de Asghar Farhadi. Com um elenco de primeira linha, este suspense foi
exibido pela primeira vez no 71º Festival de Cinema de Cannes, em maio de 2018,
não empolgando nem público nem críticos. A história começa com a chegada de
Laura (Penélope Cruz) e seus dois filhos a uma pequena aldeia da Espanha, onde
vivem seus pais e irmãs, para a festa de casamento da irmã mais nova. O marido
de Laura, Alejandro (Ricardo Darín), tinha compromissos na Argentina e não pôde
ir. Durante a comemoração, um apagão acontece e, quando
a luz volta, Irene (Carla Campra), filha mais velha de Laura, desaparece
misteriosamente. Será que a garota fugiu ou foi sequestrada? A dúvida pairou no
início, mas logo depois ficou confirmado que era um caso de sequestro. Por
dinheiro, é claro. O diretor iraniano Farhadi nos conduz a uma espécie de jogo
de adivinhação, fazendo com que o espectador desconfie deste ou daquele
personagem. E são muitos. Não escapam nem o próprio pai da moça, Alejandro, que
está falido, nem mesmo Paco (Javier Bardem, marido de Penélope Cruz na vida
real), um antigo namorado de Laura. Depois de uma revelação bombástica (tudo a
ver com o título “Todos já Sabem”), finalmente é revelado quem está por trás do
sequestro. O diretor iraniano já tinha feito um suspense semelhante – e melhor
-, “A Procura de Elly”, em 2009. Anos depois, Asghar Farhadi se consagraria com
dois Oscars de Melhor Filme Estrangeiro, “A Separação”, de 2011, e “O
Apartamento”, de 2016. O elenco de “Todos já Sabem” ainda conta com Inma
Cuesta, Bárbara Lennie, Eduardo Fernández e Sara Sálamo.
sexta-feira, 15 de março de 2019
segunda-feira, 11 de março de 2019
“PODERIA ME PERDOAR?” (“CAN
YOU EVER FORGIVE ME?”), 2018, EUA, direção de Marielle Heller (“O Diário de uma
Adolescente”), com roteiro adaptado por Nicole Holofcener e Jeff Whitty. Mais
um ótimo filme da safra 2018 de Hollywood, considerado pela National Board of
Review como um dos 10 melhores filmes de 2018. Trata-se da adaptação
cinematográfica do livro de memórias da jornalista e escritora Lee Israel, que,
nos anos 90, endividada e sem emprego, resolveu falsificar cartas atribuídas a
celebridades, entre as quais Dorothy Parker, Tallulah Bankhead e Katharine
Hepburn. Em meio a essa trajetória criminosa, Lee, interpretada magistralmente
pela atriz Melissa McCarthy, faria amizade com o folclórico Jack Hock (o ator
inglês Richard E. Grant), um trambiqueiro gay que se tornaria seu cúmplice nas
picaretagens. Os dois seriam presos mais tarde pelo FBI. Por suas atuações
nesse filme, Melissa concorreu a Melhor Atriz e Richard Grant a Melhor Ator
Coadjuvante. A dupla realmente dá um show, mas é Richard quem rouba as cenas. O
papel de Lee Israel estava acertado para ser de Julianne Moore, demitida logo
após o início das filmagens. A razão não foi divulgada. Enfim, um ótimo filme,
recheado de humor e, de certa forma, bastante sensível. Entretenimento dos
melhores.
domingo, 10 de março de 2019
“LIZZIE”, 2018,
EUA, 1h48m, segundo longa-metragem dirigido por Craig William MacNeill, com
roteiro adaptado por Bryce Kass. O filme relembra o caso que chocou a cidade de
Fall River, Massachusetts, e repercutiu por todo o país norte-americano. O fato gerou inúmeras reportagens, livros e, mais tarde, vários filmes. Em
1892, Andrew Borden (Jamey Sheridan) e sua esposa Abby Borden (Fiona Shaw), figuras
importantes e respeitáveis da sociedade local, foram encontrados mortos,
assassinados a machadadas. As suspeitas da polícia recaíram sobre Lizzie Borden
(Chloë Sevigny), a filha mais nova, e a empregada Bridget Sullivan (Kristen
Stewart). Ao final das investigações e interrogatórios, chegou-se à conclusão
de que Lizzie seria a assassina. Ela foi presa e julgada, sendo absolvida da
acusação. O filme detalha os acontecimentos ocorridos nos seis meses anteriores
ao crime, começando pela chegada de Bridget, a empregada, que sofreria abuso
sexual do patrão e teria um caso lésbico com Lizzie. O diretor Macneill explora
a história adicionando muito suspense, cenas violentas e cenas de sexo, além da
nudez das duas atrizes principais. Choë Sevigny, além de bonita, é uma grande
atriz. Pena que não é tão requisitada pelos grandes estúdios, mais pelo
cinema independente - "Lizzie", por sinal, estreou no Festival de Cinema de Sundance, em 2018. A bela Kristen Stewart está apática demais, sem nenhuma
expressão, mas é boa atriz e tem crédito de sobra. O filme vale a pena ser visto não só
pela história em si, mas pelo excelente desempenho da Sevigny. A mesma história foi tema de outros filmes, um deles "Lizzie Borden Pegou o Machado", produção para a TV com Christina Ricci (também comentado neste blog).
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